Como os OVNIs “explodiram” na visão do público – Informações poucos comentadas sobre os OVNIs que apareceram em Washington
Um dos eventos mais impressionante de avistamentos de OVNIs, testemunhado por inúmeras pessoas, mas que pouco se fala hoje em dia, foi a “invasão de OVNIs” em Washington DC, nos Estados Unidos, que ocorreu em 1952.
Na época, o governo daquele país fez de tudo para acobertar o caso, reportando oficialmente que as luzes teriam sido causadas por um fenômeno natural. Mas é claro, a ridícula explicação do governo só fez com que ele perdesse sua credibilidade quanto ao que reportava sobre os OVNIs, deixando a população ainda mais de olhos nos céus.
Veja:
No início da manhã de 20 de julho de 1952, o Capitão S.C. ‘Casey’ Pierman estava pronto para decolar no Aeroporto Nacional de Washington quando uma luz brilhante passou pelo horizonte e desapareceu.
Ele não pensou muito sobre isto até que ele estava no ar, com destino a Detroit, e um controlador de tráfego aéreo disse-lhe que dois ou três objetos voadores não identificados foram vistos no radar viajando em alta velocidade.
O controlador disse a Pierman para segui-los, disse o piloto aos investigadores do governo na época. Pierman concordou, e se dirigiu para o noroeste do estado da Virgínia Ocidental, onde viu até sete luzes brancas-azuladas que pareciam ‘estrelas cadentes sem cauda’, segundo um relatório de jornal.
O avistamento de seja-lá-o-que-foi que eles detectaram fez manchetes em todo o mundo. E nas décadas seguintes, os OVNIs se tornaram parte do zeitgeist da cultura pop, de “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” até “Arquivos-X”. Em setembro, uma atriz da série de longa duração, Gillian Anderson, aparecerá em ‘UFO‘, um filme sobre um estudante universitário assombrado por avistamentos de discos voadores. Um remake de “Men in Black” (Homens de Preto) está em andamento. E o History Channel planeja divulgar o “Projeto Blue Book”, uma série escrita sobre o programa do governo que estudou se os OVNIs eram uma ameaça nacional.
E o assunto está de volta nas manchetes. No ano passado, o The New York Times escreveu sobre um projeto pouco conhecido, fundado em 2007, o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais, para investigar avistamentos de OVNIs. Uma pesquisa nos arquivos históricos do The Times revela um rico histórico de avistamentos e explicações desde os anos 50. E quem pode esquecer em 2016 quando Hillary Clinton disse que reabriria os arquivos-X reais se fosse presidente?
A filha de Pierman de 68 anos, Faith McClory, disse em uma entrevista no mês passado que seu pai se tornou uma espécie de celebridade, já que relatos como o dele, no verão de 1952, alimentaram o medo de uma invasão alienígena espacial.
“Minha irmã tem lembranças de homens vindo até nossa casa”, disse McClory, que cresceu em Belleville, no estado de Michigan. “As pessoas ficaram encantadas com os discos voadores”, acrescentou ela.
Pesquisadores dizem que autoridades do governo têm procurado desbancar publicamente a existência de evidências alienígenas desde os avistamentos de Washington.
“Objetos voadores não identificados explodiram na consciência pública”, disse Mark Rodeghier, diretor científico do Center for UFO Studies, um grupo de cientistas e pesquisadores que estudam o fenômeno OVNI. “Havia preocupação de forma nunca antes vista.”
Deve-se notar que o termo OVNI, como usado pelo governo, não significa extraterrestres do espaço sideral. Significa qualquer objeto no céu que não tenha sido identificado.
Quando perguntada recentemente sobre os avistamentos de Washington em 1952, Ann Stefanek, chefe de operações de mídia da Força Aérea, escreveu em um e-mail que os objetos não representavam ameaça à segurança nacional.
Na primavera de 1952, porém, numerosos avistamentos misteriosos capturaram a atenção da Força Aérea. Criou-se o “Projeto Livro Azul” em março – o terceiro projeto investigativo estadunidense do gênero e o que durou mais tempo, até 1969.
Os avistamentos de Washington centraram-se em eventos que começaram por volta das 23h40, em 19 de julho, quando os controladores de tráfego aéreo do Aeroporto Nacional de Washington notaram sinais na tela do radar em alta velocidade, perto da Base Aérea de Andrews, de acordo com as relatórios do governo. As aeronaves não identificadas se espalharam, sobrevoando a Casa Branca e o Capitólio dos EUA. Pierman as viu naquela noite.
Elas desapareceram por volta das 5 da manhã.
Foi uma segunda observação uma semana depois, no entanto, que causou a onda de histeria que forçou o governo a falar. Albert Chop, então porta-voz do Pentágono, que foi encarregado de responder a perguntas sobre OVNIs, disse que foi acordado por uma ligação na noite de 26 de julho.
Chop descreveu os eventos verbalmente em 1999 ao Sign Historical Group, uma associação de arquivistas e pesquisadores amadores que realizou um workshop naquele ano para estudar a história dos OVNIs. Ele disse que os novos objetos foram vistos no radar do Aeroporto Nacional de Washington e foi dito a ele para ir para lá imediatamente.
A Força Aérea enviou caças a jato de New Castle, estado de Delaware, para interceptar os objetos voadores. Mas toda vez que um dos jatos se aproximava, eles desapareciam. Quando os jatos recuaram, eles reapareceram.
“Foi assustador”, disse Chop. “Eu acho que todo mundo na sala estava muito apreensivo.”
Em determinado momento, um piloto se viu no meio de quatro aeronaves não identificadas e perguntou o que fazer. “Eu não disse nada”, disse Chop aos entrevistadores. “Ninguém disse nada. De repente, essas coisas começaram a se afastar dele e ele disse: ‘Eles se foram!’
O piloto retornou à sua base.
“Essas coisas ficaram lá por toda a noite”, acrescentou Chop.
No dia seguinte, quase todos os principais jornais escreveram sobre os OVNIs. “‘Objetos’ Outstrip Jets Over Capital” (Objetos Ultrapassam Jatos Sobre a Capital), foi a manchete do The Times.
Pior ainda, ninguém pôde explicar o fenômeno ao presidente Harry Truman, de acordo com a imprensa. Uma teoria promovida pela Força Aérea era que uma camada de ar quente no céu, chamada de inversão de temperatura, fazia com que o radar confundisse um evento climático com objetos voadores. “Ninguém tinha respostas”, disse Chop aos entrevistadores. “É por isso que o general Samford fez a coletiva de imprensa.”
Em 29 de julho de 1952, o major-general (EUA) John Samford, diretor da inteligência da Força Aérea responsável pela investigação, realizou uma coletiva de imprensa no Pentágono para tranquilizar o público. Ele descartou os avistamentos de Washington como uma anomalia de temperatura. Ainda assim, o general admitiu que nem todos os detalhes poderiam ser explicados por causas naturais. Relatos “foram feitos por observadores confiáveis, de coisas relativamente incríveis”, disse ele na época. “É este grupo de observações que agora estamos tentando resolver.”
A coletiva de imprensa foi notícia de primeira página, inclusive no The Times, que publicou a manchete “Air Force Debunks ‘Saucers’ as Just ‘Natural Phenomena’” (Força Aérea Desmascara ‘Discos Voadores’ Como Sendo Somente Fenômeno Natural).
Caso encerrado? Não é bem assim.
“Eu não acho que a inversão de temperatura teve muito a ver com isso, mas a mídia de notícias aceitou essa explicação na época”, disse Kevin Randle, um ex-tenente-coronel do Exército que estudou os eventos de julho de 1952 e é o autor do livro de 2001, ‘Invasion Washington: UFOs Over the Capitol‘ (Invasão Washington: OVNIS Sobre o Capitólio).
Em janeiro de 1953, estimulado pelos avistamentos de Washington, um comitê científico liderado por Howard Robertson, um conhecido matemático e físico, foi formado pelo governo. para explorar o fenômeno. “Uma das conclusões foi que eles precisavam desmascarar os OVNIs”, disse Randle.
O comitê, chamado Painel Robertson, sugeriu em seu relatório que o governo conduzisse uma campanha de educação em massa para “reduzir a ingenuidade atual do público e, consequentemente, sua suscetibilidade à propaganda hostil inteligente”.
A campanha para reeducar os americanos não funcionou – os OVNIs persistiram como um acessório na cultura pop. Além disso, a explicação do governo não era tão convincente assim. McClory, filha de Pierman, disse que seu pai não acreditava que as luzes branco-azuladas que ele viu estivessem relacionadas ao clima.
“Eu não quero usar a palavra ‘acobertamento'”, disse ela, sobre a opinião de seu pai. “Mas foi muito claro. Ele viu isso. Tudo foi visto no radar.
(Fonte)
Colaboração: Lênio
Sem sombra de dúvida, governos tentam esconder a todo custo a verdade sobre os OVNIs, e este é somente um das inúmeras ocasiões que as autoridades mentiram descaradamente.
A questão que fica é: mentem porque não sabem o que os OVNIs são, ou mentem porque sabem?
n3m3