É um momento que já foi retratado inúmeras vezes na ficção científica — mas o que realmente aconteceria se os extraterrestres fizessem contato através de um sinal captado na Terra?
O momento poderá chegar já no final desta década: se os alienígenas receberem sinais enviados pela Deep Space Network (DSN) da NASA para o satélite Pioneer 10 na década de 70, por exemplo.
Quando chegar o momento, é mais provável que o sinal seja recebido por grandes telescópios terrestres, como o FAST na China, o Very Large Array (VLA) no Novo México e o Telescópio Parkes na Austrália, diz o ex-especialista da NASA Sylvester Kaczmarek.
Primeiro dia
Não existe uma regra universalmente acordada sobre como os cientistas ou os governos responderiam – ou sobre questões como se os alienígenas teriam direitos.
Mas organizações focadas em extraterrestres, incluindo a Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI), elaboraram uma estrutura em 2010.
Em vez de anunciar imediatamente a descoberta ao mundo, os cientistas trabalhariam para confirmar que era real – primeiro excluindo interferências da Terra, como satélites e transmissões de rádio.
Descobriu-se que um sinal misterioso no Radiotelescópio Parkes na década de 90 era um forno de micro-ondas na cantina dos funcionários.
Kaczmarek diz:
“Para que um sinal seja considerado potencialmente extraterrestre, os investigadores normalmente necessitariam de múltiplas camadas de confirmação e análise, muitas vezes ao longo de várias semanas ou meses.
O sinal precisaria demonstrar propriedades inconsistentes com fontes astrofísicas naturais e interferências provocadas pelo homem.”
Na ‘Declaração de Princípios Relativos à Conduta da Busca por Inteligência Extraterrestre’ do SETI, publicada em 2010 com a Academia Internacional de Astronáutica (IAA), as diretrizes sugerem que os descobridores colaborem com outras instituições para garantir que o sinal seja real. Nada seria anunciado até ser confirmado, embora os cientistas respondessem às perguntas da mídia se as notícias “vazassem”.
Semana Um (após confirmação)
Os cientistas do observatório notificariam organizações como a Academia Internacional de Astronáutica (IAA) e a União Internacional de Telecomunicações (UIT). Kaczmarek diz que embora organizações como o SETI tenham as suas próprias estratégias para o primeiro contacto em caso de contacto repentino, organizações com experiência em comunicação espacial como a NASA e a ESA quase certamente se envolveriam.
Kaczmarek diz:
“Os governos também se envolveriam rapidamente, especialmente aqueles com programas espaciais avançados ou capacidades de defesa, como a Força Espacial dos EUA ou agências equivalentes.
No entanto, num tal cenário, provavelmente haveria confusão e interesses conflitantes antes que surgisse uma estratégia global unificada.
Esta transparência pode ser adiada dependendo de preocupações geopolíticas ou de segurança, especialmente se governos ou agências de defesa se envolverem.
Mas uma vez revelado o segredo, é inevitável que vaze, pelo que os governos provavelmente tentarão antecipar-se ao pânico e à confusão que seguirão.
Semana Dois
Uma das primeiras coisas que aconteceria seria “proteger” a frequência em que o sinal foi recebido para garantir que mais sinais pudessem ser recebidos.
Os cientistas usariam procedimentos de emergência no âmbito do Conselho Administrativo Mundial de Rádio da União Internacional de Telecomunicações. As diretrizes do SETI sugerem o estabelecimento de um Grupo de Estudo Pós-Detecção para analisar o sinal e iniciar discussões sobre como responder. Neste ponto, é provável que as Nações Unidas se envolvam na decifração do sinal e na definição de como responder.
Kaczmarek afirma:
“Em princípio, as Nações Unidas desempenhariam um papel central em qualquer resposta global coordenada.
O Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA) é o órgão com maior probabilidade de liderar, pois supervisiona o uso pacífico do espaço exterior e tem tratados existentes, como o Tratado do Espaço Exterior de 1967, que cobrem a cooperação internacional no espaço.”
Cientistas e governos trabalhariam juntos neste momento para compreender de onde veio o sinal, o que significa – e se devem ou não responder.
Semana Três
A resposta ao contacto alienígena variaria de acordo com a forma que assumisse: uma visita de uma nave espacial exigiria uma resposta direta, diz Kaczmarek. Mas um sinal recebido das profundezas do espaço exigiria “planejamento a longo prazo” para responder.
É provável que responder a tal sinal seja uma decisão global, de acordo com a Declaração de Princípios Relativos à Conduta da Busca por Inteligência Extraterrestre. Em vez dos cientistas ou qualquer grupo formularem uma resposta, os cientistas procurariam orientação de grupos globais como as Nações Unidas.
O documento diz:
“No caso da detecção confirmada de um sinal, os signatários desta declaração não responderão sem primeiro procurar orientação e consentimento de um órgão internacional amplamente representativo, como as Nações Unidas.”
(Fonte)
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