Um trabalho científico levanta a possibilidade da alma ser um fenômeno quântico que opera em um nível de realidade que a física atual ainda não consegue medir.
A natureza da alma é um mistério fascinante, rodeado de crenças espirituais, filosóficas e religiosas. No entanto, nos últimos anos, alguns cientistas começaram a explorar a possibilidade da alma poder ser explicada de uma perspectiva científica, particularmente utilizando conceitos da física quântica.
Edward W. Kamen, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, e Roger D. Kamen, da Ferris State University, acabam de publicar The Human Soul as a Kind of Quantum Field (A Alma Humana Como Um Tipo de Campo Quântico), onde sugerem a teoria de que o que popularmente chamamos de alma poderia ser, na verdade, uma espécie de ‘campo quântico’ que não interage com a matéria comum. Embora esta ideia permaneça especulativa, ganhou terreno em certos círculos científicos e filosóficos desde que foi inicialmente formulada em outubro de 2023.
Física quântica e a possível existência da alma
O físico Sean Carroll, em seu blog ‘Física e a Imortalidade da Alma’, argumenta que as leis da física que regem a vida cotidiana são bem compreendidas e não deixam espaço para a sobrevivência da informação contida no cérebro após a morte. Carroll levanta questões fundamentais: De que partículas seria feita a alma? Que forças a mantêm unida? Como ela interage com a matéria comum? De acordo com as leis conhecidas da física, estas interações não parecem possíveis.
No entanto, alguns teóricos sustentam que embora as leis da física expliquem o funcionamento do nosso universo, outros domínios poderiam existir além deste universo físico. Neste contexto, os proponentes da teoria quântica da alma sugerem que, se a alma existir, poderá residir num “domínio da alma” onde as leis físicas convencionais não se aplicam. Este domínio hipotético poderia compartilhar algumas características com campos quânticos, como aqueles que vemos em nosso universo.
O Domínio da Alma e os Quase-Campos
Se existem almas humanas, elas devem ter uma origem e retornar a esse lugar após a morte do corpo físico. Stuart Hameroff, médico emérito do Departamento de Anestesiologia e Psicologia da Universidade do Arizona, e seu colega, físico matemático da Universidade de Oxford, Sir Roger Penrose, já propunham anos atrás que a alma não morre, mas sim retorna ao universo.
Agora, Edward e Roger Kamen sugerem que este “domínio da alma” poderia ser composto pelo que chamam de “quase-campos”, que seriam análogos aos campos quânticos do nosso universo, mas com propriedades diferentes. Esses quase-campos gerariam partículas sem massa, como fazem os campos quânticos no universo físico.
Ao contrário das partículas comuns que constituem a matéria no universo, as partículas no domínio da alma seriam completamente diferentes, possivelmente sem massa e com propriedades além da nossa compreensão atual. Segundo esta teoria, a alma seria constituída por um tipo de energia conhecida como ‘energia espiritual’, sugerindo que poderia ter uma natureza semelhante à de um campo quântico, mas sem interagir diretamente com a matéria física.
Questões levantadas
Uma das grandes questões levantadas por esta teoria é como a alma poderia interagir com o mundo físico. Segundo Sean Carroll, para a alma interagir com a matéria, teria que haver algum termo nas equações quânticas, como a equação de Dirac, que descrevesse essa interação. No entanto, até o momento, nenhuma evidência experimental foi encontrada para apoiar esta ideia.
Em resposta a este dilema, alguns teóricos propõem que a alma não interage diretamente com a matéria, mas sim com certos campos do universo físico, como as ondas eletromagnéticas. Isto é apoiado por testemunhos de experiências de quase morte (EQMs), em que pessoas afirmam ter testemunhado acontecimentos enquanto estavam clinicamente mortas, com o seu corpo completamente inativo. Esses testemunhos sugerem que a alma poderia “sentir” ondas eletromagnéticas e, portanto, processar informações de maneira semelhante à forma como os humanos processam luz e som.
A alma como um campo quântico
A interação entre a alma e o campo eletromagnético também abre uma porta para a compreensão de como a alma poderia manter memórias e consciência após a morte. Foi proposto que os campos elétricos gerados pelo cérebro humano, que contêm informações sobre a memória e a consciência, poderiam ser “lidos” pela alma. Isto implicaria que as memórias e a identidade de uma pessoa poderiam sobreviver além da morte física, sendo transferidas para o campo quântico da alma.
Embora não haja nenhuma evidência direta destas interações, esta teoria levanta a intrigante possibilidade de que a alma seja um fenômeno quântico que opera num nível de realidade que a física atual ainda não consegue medir ou compreender.
(Fonte-EM)
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