O universo não tem começo nem fim, diz nova teoria

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Cientistas propuseram uma nova teoria da evolução do Universo, publicada na revista Progress in Physics, segundo a qual o Big Bang pode ser um mito. Mas o Universo não se expande nem se contrai, porque é estático e não tem começo nem fim.

Crédito da imagem ilustrativa: n3m3/playground.com

Imagine que o Big Bang com o qual o Universo começou nunca aconteceu. Com base nisso, o Universo nunca se expandiu a partir de um ponto minúsculo e denso e esteve em um estado estável ao longo de sua história, sem começo nem fim.

É o que sugerem os autores da nova teoria, que afirmam que a teoria do Big Bang não funciona, porque se baseia no efeito Doppler.

O efeito Doppler explica que o aumento ou diminuição percebido na frequência da luz, do som ou de outras ondas depende de como a fonte dessas ondas e o observador se movem um em direção ao outro. No espaço, a luz emitida por diferentes objetos é afetada pelo efeito Doppler.

Se um corpo no espaço se afasta de nós, ele se desloca para a parte vermelha do espectro, ou seja, é um desvio para o vermelho. Se um corpo se aproxima de nós, a luz muda para a parte azul do espectro.

Medições de luz estelar mostraram que todas as galáxias estão com desvio para o vermelho. Ou seja, elas estão se afastando de nós e isso confirma a teoria do Big Bang e o fato de o Universo estar em constante expansão.

Mas os autores do novo estudo duvidam que o desvio para o vermelho signifique movimento. Ou seja, o efeito Doppler na verdade destrói a teoria do Big Bang.

As observações do espaço realizadas pelos cientistas são consistentes com outra hipótese, incompatível com a teoria do Big Bang. É chamada de hipótese do envelhecimento leve.

Esta hipótese remonta a quase 100 anos e explica o desvio para o vermelho do universo dizendo que os fótons, as partículas que compõem a luz, perdem energia à medida que passam pelo espaço.

Portanto, diminuir ou aumentar a energia não significa necessariamente movimento, portanto não pode existir nenhum universo em expansão. Segundo a hipótese, a luz simplesmente perde energia com o tempo, o que significa que o Universo deve ser estático. Os autores da nova teoria sugerem que não houve explosão inicial e que o Universo não tem começo nem fim.

Os cientistas acreditam que o deslocamento das estrelas para o vermelho ou o azul depende da teoria corpuscular da luz de Isaac Newton. De acordo com esta teoria, a luz consiste em pequenas partículas que se movem constantemente em linha reta. Ou seja, o desvio para o azul ou para o vermelho que os astrônomos veem no espaço é resultado do tamanho das partículas.

Se forem maiores, significa azul; se forem menores, significa vermelho. Os autores da teoria afirmam que se a luz não consiste em ondas, então o efeito Doppler não funciona, pois se baseia no fato de que a luz consiste em ondas.

Ao mesmo tempo, o físico Stephen Holler não concorda com tais conclusões, porque o efeito Doppler foi repetidamente testado e confirmado, o que indica que o Big Bang realmente existiu.

O cientista explica que os astrônomos conseguiram igualar a composição química de estrelas e planetas de acordo com as linhas espectrais observadas em produtos químicos na Terra por meio da espectroscopia Doppler.

Ao mesmo tempo, Holler afirma que até agora não foi possível confirmar totalmente a teoria do Big Bang, embora seja a melhor descrição da origem do Universo até hoje. Atualmente não há nada que indique que o Big Bang seja um mito, diz um físico.

(Fonte)



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