Por Josep Guijarro
Funcionários do Ministério da Cultura do Peru interrompem a apresentação de novas evidências sobre múmias tridáctilas.
Há semanas, o jornalista Jaime Maussan anunciava em suas redes que no último dia 4 de abril apresentaria no Peru “a prova definitiva” que demonstra que as chamadas múmias tridáctilas (devido aos três dedos nas extremidades) encontradas em Palpa e Nazca , em 2016, são seres não humanos que merecem a atenção da comunidade científica internacional.
Já haviam experimentado em Los Angeles (Estados Unidos) com pouco sucesso e no evento do dia 4 de abril, em coletiva de imprensa internacional, queriam apresentar um novo exemplar, batizado de Montserrat, que estava em processo de gestação de um corpo (Rafael) com características fetais e tridáctilas em seu útero.
Mas, numa manobra um tanto desajeitada, a conferência de imprensa transmitida ao vivo foi interrompida pela polícia e funcionários do Ministério da Cultura do Peru com a intenção de confiscar este exemplar que erroneamente acreditaram que ali seria exibido.
O pesquisador e jornalista Jois Mantilla falava quando uma funcionária tomou posição e se dirigiu aos presentes nos seguintes termos:
“Desculpem a interrupção, estamos tomando uma ação preventiva inesperada junto ao Ministério da Cultura, junto à Polícia Especializada do Patrimônio Cultural, em relação à exposição das múmias tridáctilas que vocês apontaram nas redes sociais. Você sabe que o Ministério Público, como ação preventiva, protege os bens do patrimônio cultural. Gostaríamos de saber quem é o responsável pelo evento ou quem está guardando este suposto patrimônio cultural.”
Mantilla não conseguiu superar o espanto mas, sem perder a calma, convidou as autoridades a sentarem-se e assistirem ao vídeo de 15 minutos de apresentação. A funcionária recusou e informou que iria fazer um registo do suposto bem do Patrimônio Cultural que o senhor aponta.
Você pode assistir ao vídeo completo abaixo:
[Para instruções de como ativar a legenda em português do(s) vídeo(s) abaixo, embora esta não seja precisa, clique aqui.]
Mas saíram com o rabo entre as pernas porque, espertamente, os promotores do evento não expuseram fisicamente Montserrat, limitando-se a projetar um vídeo que seria posteriormente analisado pelo odontologista forense e professor aposentado da Universidade do Colorado, John McDowell. Ele estava acompanhado na plataforma pelo Dr. William Rodríguez, antropólogo forense e médico legista do estado de Maryland, e pelo Dr. James Caruso, médico legista da cidade e condado de Denver, Colorado. Os três – arriscando a sua reputação, é preciso dizê-lo – concluíram que estes órgãos precisam de mais investigações e ninguém pode alegar que são falsos.
Jois Mantilla refletiu sua indignação nas redes quando, através de sua conta no X (antigo Twitter) escreveu:
“Eles arrombam a porta, invadem uma coletiva de imprensa ‘para apreender múmias’ e percebem que só havia vídeos. Brutalidade e falta de jeito burocrático em sua máxima expressão!”
Desde o início deste caso das Múmias de Nazca, o único órgão oficial que sempre se opôs à natureza extraordinária dos espécimes foi o Ministério da Cultura do Peru, que sustentou que os corpos são bonecos construídos por saqueadores de sepulturas para vender no mercado negro.
Por isso descrevi como falta de jeito a aparição do Ministério da Cultura na apresentação, porque contraria as análises do Ministério Público e dá o benefício da dúvida ao material apresentado. O público em geral não sabe que, em 2022, de acordo com a Resolução Diretorial nº 000001-2022-DGM/MC, foram declarados provisoriamente Patrimônio Cultural da Nação e que Montserrat, assim como María, podem conter ossos de múmias pré-hispânicas.
Como o desbancador Mick West apontou corretamente: “Há muitas razões pelas quais o governo peruano pode querer tomar medidas contra a múmia alienígena de Jamie Maussan. Roubo de túmulo? Transporte ilegal de restos mortais? Contrabando de artefatos arqueológicos? Fraude? Teremos que esperar para ver”.
Em todo o caso, para os promotores, esta intervenção veio a calhar, levantando a dúvida de que se trata de artesanato (mas porquê a intervenção de proteção do património) perante importantes cientistas que – embora a única coisa que validaram foi que eram necessários mais análise – foi vendido como se as múmias fossem reais, tentando até envolver quem não estava lá.
Refiro-me ao médico da Universidade de Stanford, Garry Nolan, que, quando questionado sobre o evento, disse:
“Excelente! Estes são o tipo de especialistas necessários para validações iniciais. Não um imunologista como ‘moi’.”
Aconteceu que Nolan foi requerido a validar o DNA das múmias, mas ele tentou ficar de fora. Ele não mudou de ideia:
“Só ainda não vi nenhum dado em que possa realmente confiar. |Não confiar nos dados não significa que você discorda.”
(Fonte)
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