(Jornal Diário de Notícias, edição do dia 21 de março de 1967)
Os chamados discos voadores voltaram a ser vistos no Rio Grande do Sul. Um desses “objetos não identificados” seguiu um avião da FAB por volta das 21 hora de sábado último até que este pousasse na Base Aérea de Gravataí (atual BACO). A informação foi trazida ao DIÁRIO DE NOTÍCIAS por alguns dos quatorze passageiros que estavam a bordo do avião militar e, posteriormente confirmada por várias fontes. As autoridades da Aeronáutica, inclusive, foram notificadas e deverão realizar inquérito com base no que ficou registrado na torre de controle do Aeroporto Salgado Filho.
Perseguição
Segundo a reconstituição dos fatos feita pela reportagem “associada”, o avião da FAB de prefixo 2077, procedente do norte do país, logo após ter entrado a sobrevoar o território gaúcho, começou a ser perseguido de perto por um estranho objeto. O fato foi imediatamente constatado pelo capitães Puget. que era o piloto, e Sperry, copiloto. Os quatorze passageiros logo se aperceberam do fato. Segundo informaram, parecia uma lua cheia bastante luminosa, de cor avermelha. O disco-voador — como logo os passageiros passaram a denominar o objeto — aparecia em várias distâncias do avião, como se estivesse sobrevoando em círculos. A luz avermelhada chegava a ofuscar a visão e, em muitas oportunidades, desaparecia como se fosse um farol que tivesse sido desligado.
O fato causou surpresa e mesmo apreensão entre os passageiros do avião militar. Um deles contou à reportagem que o piloto, capitão Puget, chegou a dizer que soubera terem muitos outros colegas dito que avistavam tais “coisas” em viagens noturnas, mas que até aquele momento não acreditava que isso fosse verdade. A perseguição durou cerca de 40 minutos, até que o avião desceu normalmente na Base Aérea de Gravataí. Os passageiros informaram, ainda, que ao pisarem em terra, verificaram que o estranho objeto pairava imóvel sobre a base.
Contra-ofensiva
As providencias tomadas no setor militar não são conhecidas, pois como é óbvio. nada foi revelado aos repórteres, muito embora as informações não fossem desmentidas. A Torre de Controle do Aeroporto Salgado Filho, entretanto, tomou medidas especiais e iniciou uma espécie de contra-ofensiva. Segundo revelou o comandante Bernardo Aizemberg da Cruzeiro do Sul, recebeu ele um pedido da Torre para perseguir e identificar o “objeto”. O comandante Aizernberg estava em companhia do comandante Ricardo Wagner, do piloto Costa Maia, do telegrafista Vicente Amo e do fotógrafo Francisco Urbano, no Douglas de prefixo PP-CES, avião especializado e aparelhado para levantamentos aerofotogramétrico, que chegava a Porto Alegre procedente de Montevidéu onde ele e seus companheiros estão contratados pelo governo uruguaio para realizar o levantamento completo do vizinho país. O pedido da Torre de Controle foi imediatamente atendido.
A Torre informou que o objeto desconhecido estava na direção da cabeceira n.º 28 do Aeroporto Salgado Filho na direção nordeste, justamente para o lado da Base Aérea de Gravataí. O Douglas foi levado naquela direção e logo a seguir a “bola luminosa” foi avistada. Quando o avião dela se aproximou a mesma se deslocou e foi perseguida. Durante 15 minutos o Douglas seguiu a esfera que desprendia uma luz avermelhada, sem conseguir se aproximar muito. Depois desse tempo o “disco voador” desapareceu, após ser visto por todos que estavam a bordo. O fotógrafo Francisco Urbano declarou que não o fotografou por estar muito escura a noite e o deslocamento não ter permitido uma maior aproximação.
Visto do solo
O “disco voador”, além de ter sido visto pelo avião militar que vinha do norte e pelo avião da Cruzeiro do Sul, também foi observado da terra. No próprio Aeroporto Salgado Filho, o estranho objeto foi avistado. Muito embora não haja confirmação oficial, pessoas que estavam no aeroporto e testemunharam o fato foram convidadas a reproduzir o que haviam visto, naturalmente para a possível realização de um inquérito a respeito do fenômeno. Algumas moças que se dirigiam a uma festa, também disseram ter observado “um disco voador no lado norte da cidade”, por volta das 21 horas.
Ao mesmo tempo que a reportagem colhia essas informações, uma outra veio tornar mais fascinante a “reentree” (reentrada em francês) dos “discos.voadores”. Transpirou no Aeroporto Salgado Filho que pouco antes daquela ocorrência em céus gaúchos, havia sido recebida uma mensagem de Montevideo que indicava ter aparecido sobre o aeroporto de Carrasco, na Capital uruguaia, um objeto luminoso não identificado. Ao que tudo indica que até segunda ordem, quer queiram, quer não queiram, o povo chamará de “mistérios dos discos voadores”.
Colaboração: Evandro Giordani
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