Desde o século XIX, astrônomos observaram clarões anômalos que parecem originar-se do centro da cratera Aristarco.
Esta depressão, nomeada em homenagem ao astrônomo grego Aristarco de Samos, está localizada na área noroeste do hemisfério sul do lado visível da Lua e é uma grande cratera de impacto.
A área, no meio de um grande mar lunar denominado Oceanus Procellarum, destaca-se tanto pela detecção de um número significativo de fenômenos lunares transitórios (FLT), quanto pelas recentes emissões de gás radônio que foram medidas pela sonda espacial Lunar Prospector, mas o que mais intrigava há quase dois séculos eram os clarões de luz que parecem decolar de sua superfície.
Um dos primeiros relatos que atestam o fenômeno aparece numa carta do Capitão W. Smyth, publicada em 1836, no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Lá ele descreve a observação de “uma luz semelhante à de uma estrela de nona ou décima magnitude”. Smyth relatou que a fonte de luz incomum parecia “brilhante e visível por vários segundos de cada vez” e aludiu a observações anteriores do mesmo fenômeno “mencionado por Cassini, Sir W. Herschel e Capitão Kater”, entre outros.
Em tempos mais recentes, luzes anômalas também foram avistadas ao redor da cratera ou de dentro dela. Uma descrição detalhada foi dada por Ron Emanuel em novembro de 1965 em Understanding. O autor notou observações de um único ponto de luz brilhante, semelhante a uma estrela na aparência, que parecia originar-se no centro da cratera.
Seria um OVNI? No dia 27 de março de 2019, uma gravação perturbadora se tornou viral na Internet. O ponto de partida deste objeto não identificado é justamente a cratera Aristarco. E não foi a primeira vez que telescópios privados obtiveram registros semelhantes; em outubro de 2012, também foram registrados objetos saindo em alta velocidade.
Qual é a fonte da luminosidade incomum “semelhante a uma estrela” que tantos astrônomos detectaram através de telescópios? E não apenas na cratera Aristarco, mas também em outros enclaves lunares.
Em julho de 1968, a NASA publicou um catálogo cronológico no FTL – Relatório Técnico TR R-277 – que compilava 579 eventos entre os anos de 1540 e 1967.
Foi proposto que a “anomalia” de Aristarco é o resultado da alta refletividade, ou albedo, do regolito lunar, termo usado para designar a camada de materiais alterados e não consolidados, como fragmentos de rocha e grãos minerais, que repousa sobre rocha sólida.
O centro da cratera contém grandes quantidades deste regolito lunar que pode estar relacionado com a presença de silicatos encontrados nas amostras trazidas à Terra pela missão Change’e-5 da China.
Na verdade, esta missão espacial chinesa regressou à Terra com 1,73 quilogramas de regolito do Oceanus Procellarum e foi descoberto um mineral completamente novo.
O mineral cristalino foi identificado por cientistas do Instituto de Pesquisa Geológica de Urânio de Pequim, que o chamaram de Changesite –(Y) em homenagem a Chang’e, a deusa da lua na mitologia chinesa.
A composição química do Changesite –(Y) contém hélio-3, o isótopo de hélio mais pesado que existe naturalmente na crosta terrestre.
Acredita-se que o hélio-3 seja uma fonte valiosa de energia de fusão nuclear que também evita tornar o ambiente radioativo. Os cientistas acreditam que existe uma fonte de energia abundante, quase ilimitada e livre de carbono na Lua, que poderia revolucionar as viagens espaciais.
Uma descoberta intrigante feita pela equipe implica que a presença destes materiais foi o resultado de material ejetado de locais de impacto distantes que foram transferidos pelo vento solar para o local onde a Chang’e-5 recolheu as suas amostras. Com base em observações remotas, quatro crateras foram identificadas como fontes deste material ejetado, uma das quais foi, precisamente, a cratera Aristarco.
(Fonte)
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