Os raios globulares são estranhos. Não somente na forma caprichosa com que eles aparecem inesperadamente, mas também devido a outros aspectos de seu comportamento. Por exemplo:
- Eles podem se mover independentemente da atmosfera, tal como acompanhar do lado de fora de uma aeronave que viaja a centenas de quilômetros por hora, sem serem afetados pelo alto nível de movimento do ar.
- Eles podem passar por janelas e paredes, sem qualquer impedimento.
- Algumas vezes não causam nenhum dano, e outras vezes grandes danos.
- Parecem ter pouca ou nenhuma correlação entre sua aparência (tamanho, cor, luminosidade) e a energia que emitem.
A maioria das teorias atuais sobre os raios globulares têm dificuldades para explicar pelo menos alguns dos pontos acima. Desta forma, Peter Sturrock, Professor Emérito de física aplicada da Universidade Stanford, sugeriu o que parece ser uma ideia anticonvencional: O raio globular é somente um portal para outro ‘espaço’, através do qual a energia flui – assim como os pontos de energia em sua casa não são as fontes de energia, mas somente uma porta para a energia vinda de outro lugar.
Num trabalho publicado no arXiv.org, “A Conjecture Concerning Ball Lightning” (Uma Conjectura a Respeito de Raios Globulares), Sturrock – um dos fundadores da Sociedade para Exploração Científica – explica seus pensamentos:
a. Já que não há uma forma conhecida para a requerida energia ser armazenada no raio globular, deve haver um reservatório de energia remoto do raio globular (presumivelmente relacionado à energia elétrica responsável pelo raio).
b. Já que o reservatório é remoto do raio globular, deve haver alguma forma de transferir a energia do reservatório para o raio globular. Assim, concebemos um duto que conecta o reservatório ao raio globular.
c. Um raio globular pode agora ser considerado como uma porta através da qual a energia no duto pode ser liberada na atmosfera.
Estes pontos, diz Sturrock, “sugerem a seguinte hipótese: Um raio globular é uma porta conectando nosso espaço visível à um espaço com propriedades similares, mas não idênticas.”
Parece uma ideia bem irreal – mas mesmo se você não concorda com ela, ainda vale a pena ler, simplesmente devido alguns dos relatos estranhos de raio globular que ela discute.
Para ler o trabalho (em inglês) publicado no arXiv.org clique no seguinte link: “A Conjecture Concerning Ball Lightning“.
(Fonte)
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