Quando vários OVNIs violaram o espaço aéreo de Washington em 1952, todo o país entrou em alerta e a notícia se espalhou por todo o país. Pouco depois do incidente, o presidente Harry Truman foi forçado a realizar uma conferência de imprensa para abordar o evento. Depois daquela conferência, bem como da grande onda de OVNIs que antecedeu a bomba atômica, o assunto foi envolvido em segredo.
Crédito LOwens, CC BY-SA 4.0
via Wikimedia Commons
Semelhante aos vazamentos recentes que revelam a extensão dos programas de vigilância da National Security Agency (NSA), o assunto OVNI entrou na categoria de Programas de Acesso Especial não reconhecidos e dispensados. De acordo com um relatório do Senado dos EUA de 1997, estes programas são “tão sensíveis que estão isentos dos requisitos padrão de apresentação de relatórios ao Congresso”.
O ex-chefe da CIA, Roscoe Hillenkoetter, colocou isso da melhor maneira em 1960, quando disse à nação que “nos bastidores, oficiais de alto escalão da Força Aérea estão seriamente preocupados com os OVNIs. Mas através do segredo oficial e da ridicularização, muitos cidadãos são levados a acreditar que os objetos voadores desconhecidos são um absurdo”.
Hoje é uma história diferente. Vários governos e agências governamentais, bem como milhares de solicitações da Lei de Liberdade de Informação (de sigla em inglês, FOIA), divulgaram arquivos anteriormente classificados como secretos confirmando a existência de OVNIs. Para complementar isso, centenas (senão milhares) de denunciantes de alto escalão também compartilharam suas histórias.
O tema está atualmente saindo da periferia e entrando no corrente principal em um ritmo rápido. Assim como havia evidências de OVNIs, também há evidências de que alguns deles são de fato de origem extraterrestre.
Tudo isto está a tornar-se normalizado, e cada vez mais pessoas estão começando a abrir as suas mentes à possibilidade e à evidência de que o governo (e seus marionetes) estão retendo informações sobre a visitação extraterrestre inteligente ao nosso planeta.
O documento desclassificado faz parte do lote de milhares que foram divulgados pela CIA. Estes documentos tratam de uma série de assuntos, desde experiências de parapsicologia da CIA até informações sobre OVNIs.
Um dos documentos, escrito por “Fred A. Kirsch”, diz: “cópia higienizada aprovada para divulgação”. Em outras palavras, foram eliminadas (o que eles consideram) informações muito sensíveis para acesso público. O documento diz o seguinte:
“Esta é uma resposta à carta criticando o Dr. Carl Jung por sua crença em discos voadores e suas acusações de que a Força Aérea tem acobertado a verdade sobre esses objetos. Gostaria de salientar que o Dr. Jung não é a primeira pessoa de integridade e reputação que fez tais acusações. Ele é apenas o mais recente.”
O documento também nomeia outras pessoas, incluindo Hillenkoetter:
“Exatamente a mesma acusação foi feita pelo almirante Delmar Fahrney, antigo director do programa de investigação de mísseis guiados navais, e por R.M., Hillenkoetter, antigo chefe da Agência Central de Inteligência. . .”
Se Jung fosse a única pessoa responsável a fazer tais acusações, poderíamos considerar tudo um absurdo. Contudo, quando vários pilotos, operadores de radar e outros observadores treinados concordam que os OVNIs são reais, é necessária uma reavaliação séria da situação.
Não é nem de longe tão significativo como toda a outra documentação e informação que existe por aí relativa ao assunto OVNI, mas mesmo assim é outro grande exemplo de como a CIA tem mantido o controlo sobre o fenômeno.
Este documento afirma claramente, e valida ainda mais muitos que também argumentaram, que Jung realmente acreditava neste fenômeno e apoiava a hipótese extraterrestre como uma possível explicação para a existência de OVNIs.
Ele até escreveu um livro sobre o assunto intitulado “Flying Saucers: A Modern Myth of Things Seen in the Sky” (“Discos Voadores: Um Mito Moderno das Coisas Vistas no Céu“, em tradução livre), onde especula sobre sua natureza, abordando o assunto de um ponto de vista psicológico e não pessoal.
De acordo com um artigo de 2004 do The Guardian, Jung estudou OVNIs durante mais de uma década e afirmou que “não consegue nem dizer se existem ou não”, e que estava arriscando a sua “reputação arduamente conquistada de veracidade, fiabilidade e capacidade de julgamento científico”.
Ele também foi citado como tendo dito:
“Ao longo dos anos, reuni uma massa considerável de observações, incluindo relatos de duas testemunhas oculares que conheço pessoalmente (nunca vi nada!).
Eu também li sobre a questão. No entanto, só posso dizer com certeza: estas coisas não são um mero boato: algo foi visto.”
Ele então discute o que o documento da CIA acima menciona:
“O que mais me surpreende é que a Força Aérea Americana, apesar de toda a informação que possui e do seu chamado medo de criar pânico, parece estar trabalhando sistematicamente para fazer exatamente isso (veja a peça de rádio de Orson Welles em Nova Jersey) uma vez que nunca publicou um relato autêntico e certo dos fatos, apenas ocasionalmente permitindo que informações lhe fossem arrancadas pelos jornalistas.“
É incrível ver quantas pessoas “credíveis” têm falado sobre este tópico depois de examinar as evidências, durante décadas, e agora sabemos que esta longa lista inclui Carl Jung.
(Fonte)
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