A realidade dos OVNIs é apenas o produto de um epifenômeno?

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Por décadas, dezenas de pesquisadores acreditam que o fenômeno OVNI se esconde atrás de uma excelente camuflagem para enganar e manipular testemunhas para propósitos que não entendemos.

Crédito da imagem ilustrativa: n3m3/Bing/DALL-E

Por José Antonio Caravaca
O fenômeno o tem feito há séculos com as manifestações de fadas, elfos, criaturas sobrenaturais e aparições marianas, e no século XX conseguiu camuflar-se sob o rótulo de visitantes extraterrestres.

Mas, estamos perante um fenômeno inteligente que escolhe perfeitamente o seu papel para se apresentar aos humanos, ou pelo contrário, estamos perante um desconcertante paradigma cognitivo que se mostra evidentemente com “disfarces” socioculturais presentes em cada época da sua atuação?

Que todas as aparições de entidades estranhas que interagiram com seres humanos ao longo do tempo tenham sido tão extensas e ‘mentirosas’ em suas comunicações, e que tenham oferecido tão poucas evidências de sua existência, é uma indicação muito interessante e a ser tomada em conta que todas essas manifestações inusitadas podem ter a mesma e única origem e sobretudo uma incidência direta na psique das testemunhas, o que indicaria que o paradigma não existe independentemente dos observadores; pelo menos não existe como o vemos no resultado final da manifestação.

Portanto, seria necessário distinguir antes de tudo o fenômeno (na origem), do que se manifesta diante das testemunhas (os incidentes), que são provavelmente duas coisas muito diferentes, assim como pode ser o artista de sua obra pictórica.

O fato do conteúdo de todas essas manifestações ter um fundo tão humano (perfeitamente reconhecível), tanto visual quanto narrativamente, é outra pista que indica a participação encoberta da psique das testemunhas na conformação das experiências, ajudando a elaborá-las em uma forma inconsciente.

Além disso, o fato de ser tão difícil documentar a existência desses fenômenos pode muito bem ser devido à sua dupla existência ambígua, entre o mundo psíquico e o mundo físico, de modo que seria difícil obter muitas evidências de sua existência, mesmo que sua presença parece totalmente ‘real’ e inquestionável em nosso ambiente.

Mas isso não significa que o fenômeno não possa mediar em nossa realidade de forma palpável e causar todo tipo de efeitos físicos e fisiológicos, mas simplesmente que o faz de forma diferente de tudo o que conhecemos, embora seus resultados sejam praticamente os mesmos que aqueles produzidos por um evento real ordinário. Talvez essa seja uma das chaves para entender o paradigma OVNI.

Os contatos imediatos com OVNIs são um fenômeno cuja natureza escapa aos limites convencionais de nossa dimensão cognitiva? Não estou me referindo a uma natureza interdimensional como defendida e concebida por muitos pesquisadores há anos, com entidades saltando por portais, mas sim que o fenômeno OVNI vem de áreas desconhecidas que podem ser acessadas por nossa mente em determinados estados de consciência, independente se o que se manifesta nesta exploração de uma nova ‘realidade’ pode se tornar momentaneamente visível e tangível em nossa dimensão.

E é pela participação de nossa psique que o conteúdo de todos os encontros com seres e entidades tem enormes implicações culturais humanas e aspectos extremamente absurdos e caóticos, como os oferecidos pelo universo dos sonhos ou, por exemplo, até mesmo transtornos mentais e estados febris. Mas isso não significa que os OVNIs sejam algo estritamente mental (entendido como algo irreal ou ilusório), muito pelo contrário, mas é muito provável que sua natureza possa estar mais próxima da ‘matéria’ que compõe nossos sonhos ou o mundo dos visionários do que porcas e parafusos. Isso não diminui o mistério ou a estranheza do paradigma, apenas chama a atenção para outros aspectos mais desconhecidos e até hoje considerados sem importância.

Sempre pensamos que o material, o tangível, o mensurável, o quantificável, apenas aquilo que podemos colocar em um tubo de ensaio de laboratório ou tocar, é o que é autenticamente real e inquestionável. outra direção.

Talvez haja outra maneira de explorar o universo fora da metodologia científica que escolhemos como a única ferramenta adequada para decodificar nosso ambiente.

A existência de OVNIs e outras anomalias semelhantes são evidências muito interessantes que mostram que a psique humana não é um simples reflexo biológico de nosso cérebro, mas que pode acessar muito mais informações do universo do que os órgãos sensoriais transmitem pelas vias conhecidas. Dessa forma, é capaz de interagir com um fenômeno cognitivo aparentemente inteligente, que nos é apresentado através de uma ‘cenografia’ altamente flexível devido ao nosso envolvimento, e que é capaz, por sua vez, de ativar faculdades latentes de nossa psique; uma manifestação que se move nessa dualidade psíquica/física que torna tão complexo, com nossa metodologia, chegar a algum tipo de resposta.

Só mudando nossa forma de encarar o fenômeno é que poderemos entendê-lo. Mas tendo em conta que provavelmente a sua faceta física, muito importante para alguns de nós, talvez seja apenas um simples epifenômeno, ou seja, uma mera consequência da sua interação com a nossa psique no nosso meio e não uma característica intrínseca do fenómeno em si.

Pois os OVNIs, em suma, estariam formando porções de uma realidade ‘inserida’ dentro de outra realidade estabelecida: uma realidade carregada de informações sobre nós mesmos e sobre o universo que acabam não nos atingindo com clareza por causa da interferência criada por nossa mente e que nós chamamos de OVNIs, demônios, anjos, deuses, etc.

(Fonte)



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