Quão mortal seria uma bactéria para os humanos se fosse trazida de um sistema estelar completamente diferente?
Resposta de Drew Smith, cientista, no portal Quora:
A chance de bactérias extraterrestres serem mortais para os humanos é zero. Não apenas muito, muito pequeno. Zero.
A patogênese requer intimidade. Essa intimidade é alcançada através de milhões de anos de coevolução. A necessidade de intimidade é aparente quando você observa como bactérias e vírus causam infecções e doenças.
A infecção requer ligação a uma superfície celular. Bactérias (e vírus) se ligam às células humanas por meio de proteínas que reconhecem proteínas e carboidratos humanos. A estrutura dessas proteínas e carboidratos humanos é, em uma primeira aproximação, arbitrária. Há um número quase infinito de permutações delas que podem existir e funcionar muito bem. Mas apenas uma existe. A chance de uma bactéria alienígena ter evoluído para aderir a essa proteína é infinitesimal.
Mesmo que essa bactéria alienígena fosse capaz de aderir à superfície de uma célula, isso por si só não estabeleceria uma infecção. Bactérias infectantes secretam todos os tipos de toxinas e fatores de virulência. Essas toxinas e fatores se ligam a proteínas humanas específicas. Eles bloqueiam ou modificam sua atividade de forma a degradar células e tecidos, liberando nutrientes dos quais as bactérias podem se alimentar.
Novamente, as proteínas-alvo têm estruturas bastante arbitrárias. Elas são o resultado de bilhões de anos de história evolutiva e sua estrutura precisa – e até mesmo sua existência – não é previsível. A chance de uma bactéria alienígena ter desenvolvido toxinas que as atingem com precisão é infinitamente pequena.
A patogenicidade é extremamente rara na Terra. Existem milhões, talvez bilhões, de espécies de bactérias. O número de potenciais patógenos humanos entre elas é muito pequeno, não mais do que algumas centenas. E apenas algumas dezenas são capazes de infectar humanos saudáveis. São bactérias que nos acompanham há milhões de anos, evoluindo à medida que evoluímos, conhecendo intimamente nossas proteínas, nossas células, nosso sistema imunológico.
Esse conhecimento está estampado em seus genomas; é um diário de sua longa associação conosco. Não é um livro que poderia ser escrito em uma língua estrangeira. Bactérias alienígenas não são mais prováveis de serem patógenos humanos do que alienígenas inteligentes são prováveis de falar urdu como sua língua nativa. Simplesmente não é possível.
(Fonte)
Colaboração: MaryH
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