2 “super-Terras” detectadas na zona habitável de estrela próxima

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Os astrônomos detectaram dois exoplanetas ‘super-Terra’ orbitando dentro da zona habitável de uma estrela próxima.

Uma ilustração de duas super-Terras orbitando a mesma estrela-mãe. (Crédito da imagem: ESA/Hubble, M. Kornmesser; alterações de Robert Lea)

Cada um dos exoplanetas recém-descobertos é ligeiramente maior que o nosso planeta e ambos circulam a mesma estrela anã vermelha.

Os exoplanetas foram detectados pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA quando cruzaram, ou ‘transitaram’, a face de sua estrela-mãe, TOI-2095, que fica a cerca de 137 anos-luz de nosso sistema solar. Esse trânsito causou quedas na luz da estrela, e a análise dessas quedas revelou a presença, bem como algumas características, dos dois planetas.

Como uma anã vermelha, a TOI-2095 faz parte da maior família de estrelas do universo. Apesar de serem mais frias que o Sol, as anãs vermelhas são conhecidas por terem explosões violentas de radiação ultravioleta e de raios-X em sua juventude. Essa radiação poderia afastar as atmosferas de planetas que orbitam relativamente próximos. Como resultado, os cientistas não têm certeza se os planetas com uma zona habitável de anã vermelha – definida como a faixa de distâncias de uma estrela na qual a água líquida pode ser estável na superfície de um mundo – são realmente hospitaleiros para a vida semelhante à Terra.

Isso torna os dois planetas que orbitam na zona habitável desta anã vermelha – que foram designados TOI-2095 b e TOI-2095 c, respectivamente – perspectivas tentadoras para uma investigação mais aprofundada dos astrônomos.

A distância entre o planeta mais próximo da anã vermelha, TOI-2095 b, e sua estrela é de cerca de um décimo da distância média entre a Terra e o Sol. O exoplaneta, que é 1,39 vezes maior que o nosso planeta, mas tem até 4,1 vezes sua massa, leva cerca de 17,7 dias terrestres para orbitar a estrela.

O segundo planeta do sistema, TOI-2095 c, está um pouco mais distante do que sua contraparte; leva 28,2 dias terrestres para orbitar a anã vermelha. Este exoplaneta tem um diâmetro de cerca de 1,33 vezes o da Terra e tem até 7,5 vezes a massa do nosso planeta. Os planetas provavelmente têm temperaturas de superfície entre 24 a 74 graus Celsius, disseram os pesquisadores.

A equipe por trás da descoberta, liderada pelo astrônomo Felipe Murgas, da Universidade de La Laguna, na Espanha, apontou que os períodos orbitais relativamente longos desses dois planetas podem fornecer dados cruciais que podem ajudar a esclarecer os processos que moldam a composição de pequenos planetas orbitando anãs vermelhas.

A descoberta desses dois exoplanetas demonstra ainda mais o poder da missão TESS da NASA. Desde o seu lançamento em abril de 2018, o caçador de exoplanetas encontrou cerca de 330 mundos alienígenas confirmados, bem como mais de 6.400 candidatos que aguardam estudo ou análise de acompanhamento.

A equipe agora pretende acompanhar a descoberta das duas super-Terras fazendo medições precisas de sua velocidade radial. Usando essas medições, eles podem estimar melhor a massa de TOI-2095 b e TOI-2095 c, o que permitiria que as densidades dos planetas fossem determinadas com mais precisão. Isso pode ajudar os astrônomos a descobrir se esses dois planetas conseguiram manter suas atmosferas.

O estudo da equipe foi publicado no repositório de trabalhos arXiv no mês passado.

(Fonte)



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