Más notícias, teóricos da simulação – se acreditarmos neste filósofo condecorado e físico teórico, afinal podemos ser responsáveis por nosso mundo e seus resultados.
Marcelo Gleiser, estudioso de física e filosofia do Dartmouth College, escreveu em um editorial para o Institute of Arts and Ideas:
“É muito conveniente culpar poderes além de nosso controle por nossa bagunça atual. Na verdade, esse tipo de ‘não é minha culpa’ soa muito como o religioso ‘é a vontade de Deus’. Não é nossa culpa, não é nossa responsabilidade, ‘eles’ estão fazendo isso conosco.”
Gleiser, um laureado com o prêmio Templeton, apontou o que ele considera ser as principais falácias na teoria da simulação original, conforme postulada pelo filósofo de Oxford, Nick Bostrom.
Primeiro, ele argumenta, se estamos vivendo em uma simulação dirigida por uma raça sobre-humana, nada os impede de fazer parte de uma simulação, uma linha de pensamento que pode resultar em uma cadeia absurda de realidades simuladas.
Em segundo lugar, escreveu o estudioso de Dartmouth, está a ‘questão em aberto’ de porque qualquer espécie pós-humana ou alienígena iria querer simular a humanidade em seu nível atual?
Ele refletiu:
“Ao lidar com as ações de uma inteligência desconhecida, a questão essencial é o porquê delas. E não temos qualquer intuição sobre a intencionalidade deles, como dificilmente temos sobre a nossa.”
Gleiser argumenta que, independentemente da verdade incognoscível da realidade, a maneira pela qual o “argumento da simulação mexe com nossa auto-estima” está fazendo com que os crentes “desistam de [seu] senso de autonomia” e se tornem niilistas – o que é, como ele demonstrou, nada bom.
Ele escreveu:
“Afinal, se é tudo um grande jogo que não podemos controlar, por que se preocupar? Que diferença minhas ações ou senso de propósito podem fazer?
Esse é o perigo desse tipo de argumento filosófico niilista, de nos transformar naquilo que afirmam que somos, para que desistamos de nossa vontade de lutar pelo que acreditamos e mudar o que deve ser mudado.”
Gleiser concluiu:
“Vamos nos certificar de não confundir argumentos filosóficos conjecturados com nossa realidade sócio-política muito real, especialmente agora.”
(Fonte)
Mas e se, por acaso, vivemos mesmo numa simulação, contudo os “jogadores” (nós) possuem a liberdade de mudar a trajetória dos eventos? 😱🤐
n3m3
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