As aparições de Fátima têm sido associada por alguns estudiosos como sendo uma manifestação ovnilógica e não religiosa. Seria este o caso? Veja abaixo um artigo referente a aparição de Fátima em 1917 que foi publicado originalmente na forma de posts no Facebook em 2017 e 2018.
Parte I:
Sobre a descrição da Aparição em Fátima em 1917, começo com a obra dos pesquisadores e historiadores portugueses Joaquim Fernandes (Universidade Fernando Pessoa, Porto) e Fina D’Armada (in memoriam) onde citam um diálogo muito ilustrativo entre Lúcia a sua mãe sobre a identidade da Aparição.
Ao final, as referências do livro e aconselho, por conta do título do mesmo, a não tecer julgamento precipitado e tolo. A pesquisa de Fernandes e D´Armada é pioneira em Portugal, e foi feita diretamente em cima das Fontes dos Arquivos Eclesiásticos e, não só. Antes deles, outros autores (sobre os quais falarei na Parte III) haviam iniciado a recolha dos documentos dispersos, mas, nada havia sido publicado em Portugal antes da obra de Fernandes e D”Armada, no sentido de uma documentação cima dos Arquivos.
O livro de Fernandes e D”Armada foi lançado em 1981. Somente em 1992 começou a edição crítica dos documentos de Fátima com o respectivo lançamento pelo Santuário de Fátima(objeto da Parte II ). O livro de Fernandes e D”Armada “forçou”, de modo involuntário, o Santuário a publicar os documentos. A visão da Igreja Romana sobre Fátima não é uniforme, e há questões gravíssimas de questionamento sobre a autenticidade do depoimento da irmã Lúcia dado no Mosteiro de Tui na Espanha, que envolve o propalado pedido de “consagração da Rússia ao Imaculado Coração”. Portanto, deve-se entrar nesse terreno como objeto de estudo, nada além disso. Neste caso em específico, conclusões fechadas são inócuas e perigosas.
Segue o depoimento:
“- Ó mãe, vi hoje Nossa Senhora na Cova da Iria- afirmou Jacinta, no regresso a casam no dia 13 de Maio de 1917 (in: João de Marchi, Era Uma Senhora mais Brilhante que o Sol, 1966).
Um lugar ermo e pedregoso da freguesia de Fátima, onde nem uma família residia, tornou-se subitamente fulcro das atenções de jornais, esperança para os crentes, agitação para os políticos. A história portuguesa encontrava, naquela tarde de domingo, outros rumos, talvez novos destinos.
– “Se os cachopos viram uma mulher vestida de branco, quem poderia ser senão Nossa Senhora?” (in: Costa Brochado, As Aparições de Fátima, 1952), perguntava, como a si próprio, António da Silva, irmão da mãe de Jacinta. No entanto, a visitante não declinara a sua identidade aos pequenos pastores. Naturalmente que, para uma Jacinta da antiga civilização celta, a Dama Celeste seria Belísama, a qual ficou na tradição como “semelhante à uma chama”. Orejonam Astarte, Afrodite, Vénus teriam sido, provavelmente, outras divindades femininas, descidas do céu, para Jacintas que tivessem vivido outrora, respectivamente, na zona da Bolívia, Síria, Grécia, Roma…
Em 1917, na verdade, “não podia ser mais ninguém”. No entanto, Lúcia, a principal vidente e a que dialogava com a “Senhora”, não estava convencida disso. Manteve-se calada. Maria Rosa, mãe de Lúcia, mulher pouco crente no sobrenatural, teve conhecimento do caso e decidiu averiguar, interrogando a filha sobre as alegadas visões do dia anterior:
“-Ó Lucia, ouvi dizer que tinhas visto Nossa Senhora na Cova da Iria?
-Quem foi que lho disse?
-Foi a mãe da Jacinta, a quem a filha o contara. É verdade?
Lúcia rectificou:
-Eu nunca disse que era Nossa Senhora, mas uma mulherzinha bonita. E até pedi à Jacinta e ao Francisco que nada dissessem. Não tiveram mão na língua.
-Uma mulherzinha?
-Sim, mãe.
-Então, diga lá o que foi que te disse essa mulherzinha…
-Disse-me que queria que nós lá fôssemos seis meses a fio, nos dias 13 chegados, e no fim diria quem era e o que queria de nós” (in: Antero de Figueiredo, Fátima (Graças, Segredos, Mistérios), 1945).”
Fonte: Joaquim Fernandes/Fina D’Armada, “Intervenção Extraterrestre em Fátima, as Aparições e o Fenómeno Ovni”, 1981.
PS.: é preciso que se entenda de fato qual é a definição (discordantes, aliás) que tanto Joaquim Fernandes quanto Fina D’Armada tem de “extraterrestre” e “ovni” e ela nada tem a ver com a definição que a ufologia casuística trabalha.
Parte II
“Doc.1
1917–05-c.27, Fátima.
Interrogatório do Pe. Manuel Marques Ferreira, pároco de Fátima, a Lúcia de Jesus Santos sobre a primeira aparição.
A- Primeira redação perdida.
B- AEL, “Documentos de Fátima”, K-2: Caderno de apontamentos, fls, 11–11v (cópia do Pe. José Ferreira de Lacerda, transcrita, presumivelmente, no dia 19 de Outubro de 1917, aquando do interrogatório feito por ele aos videntes).
-Inédito.
[11] Interrogatório feito pelo Paroco da Fátima Manuel Marques Ferreira ás creanças que dizem ter visto N. Senhora.
1a Aparição- 13–5–1917- Lúcia, de 11 anos, filha de António dos Santos — Francisco e Jacinta, filhos de Manuel Pedro Marto d’Ajustrel. (nota minha: falta a quarta vidente que depois se descobriu e a única que casou: Carolina)
A Lúcia disse que andavam todos… e todos viam uma mulher. O Francisco que só a viu quando ela partiu. A Lúcia disse que estavam assentados todos e que a mulher apareceu ficando para o lado da Fátima.
1o Viram um relâmpago, levantaram-se e começaram a juntar as ovelhas para se irem embora com medo, depois viram outro relâmpago, depois viram uma mulher em cima duma carrasqueira, vestida de branco, nos pés meias brancas, saia branca, casaco branco, manto branco, que trazia pela cabeça, o manto não era dourado e a saia era toda dourada a atravessar, trazia um cordão d’ouro e uma arrecadas (Ps.: brincos em forma de arco ou argola, cf. António de Morais Filho, “Grande Dicionário da Língua Portuguesa”, vol.II) muito pequeninas, tinha as mãos erguidas e quando falava alargava os braços e mãos abertas.
Essa mulher disse que não tivessem mêdo, que não lhes fazia mal. Perguntou Lúcia:
-Que logar é o de vocemecê?
Ela disse:
-O meu logar é o céu.
-Para que é que vocemecê cá vem ao mundo?
-Venho cá para te dizer que venhas cá todos os mezes até fazer seis mezes e no fim de sei mezes te direi o que quero.
-Vocemecê sabe-me dizer se a guerra dura muito tempo ou se acaba breve?
-Não te posso dizer ainda emquanto te não disser tambem o que quero.
Perguntei-lhe se ia para o ceu e ela disse-me:
-Tu vaes.
-E minha prima?
-Tambem vae.
-E meu primo?
-Esse ainda ha-de rezar as continhas dele.
E depois disso abalou pelo ar acima.
Os outros dois ouviram as perguntas e as respostas mas não fizeram perguntas.”
Fonte: “Documentação Crítica de Fátima. I-Interrogatório aos Videntes– 1917”, 2013.
PS.: nos outros livros da série há mais relatos da descrição da “Senhora”. Fernandes e D’Armada estudaram minuciosamente as fontes e reconstituiram aquilo que seria a imagem mais próxima da “Senhora” vista pelos videntes.
Parte III
“O projecto “Documentação Crítica de Fátima”, para a edição científica dos documentos relacionados com os acontecimentos da Cova da Iria, Fátima, em 1917, com a evolução do Santuário, naquele lugar, e a expansão da mensagem, em Portugal e no estrangeiro, já estava presente no pensamento dos bispos da diocese restaurada de Leiria, D. José Alvez Correia da Silva (1920–1957) e D. João Pereira Venâncio (1958–1972; +1985).
D. João Venâncio, um ano antes do cinquentenário das aparições (1967), tomou a decisão de empreender uma história crítica dos acontecimentos, encarregando dessa tarefa o Pe. Joaquim María Alonso, C.M.F. (1913–1981). O projecto foi lento e não isento de dificuldades de vária ordem.
Interrompido o projecto, depois do falecimento do Pe. Alonso, em 1981, foi ele reiniciado em 1985, por D. Alberto Cosme do Amaral (1972–1993; +2005), terceiro bispo de Leiria (depois de 1984, de Leiria-Fátima), com o patrocínio científico da Universidade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, através do Centro de Estudos de História Religiosa, e de uma Comissão Científica, cujos membros foram mudando, ao longo dos anos.
A edição crítica dos documentos começou a concretizar-se, em agosto de 1992, com o primeiro volume, dedicado aos “Interrogatórios aos Videntes (1917–1919). O segundo volume, editado em 1999, foi dedicado ao “processo canónico diocesano (199201930)”, que culminou, a 13 de outubro de 1930, com a “Carta pastoral sobre o culto de Nossa Senhora de Fátima”, por D. José Alves Correia da Silva, pela qual este houve por bem: “1o declarar como dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria, freguesia de Fátima, desta Diocese, nos dias 13 de maio a outubro de 1917; 2o permitir oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima”.
Seguiram-se, entre 2002 e 2013, mais três volumes, com os documentos por ordem cronológica, correspondentes a três períodos: “das aparições ao processo canónico diocesano (1917–1922); do início do processo canónico diocesano à criação da capelania (1922–1927); da criação da capelania à carta pastoral de D. José (1927–1930)” , distribuídos em 12 tomos. Em toda a obra, foram editados 3.811 documentos, segundo os seguintes tipos: 25 interrogatórios, 211 documentos oficiais de autoridades civis e religiosas, 1.086 cartas, 2.322 artigos de imprensa, 4 livros ou opúsculos, 2 memórias, 66 testemunhos ou depoimentos, 62 notas ou apontamentos e 33 fotografias. Ao todo, 8.217 páginas.
A Comissão do Centenário das Aparições solicitou à Comissão Científica que organizasse um tomo com uma seleção dos documentos mais significativos, de 1917 a 1930. Em maio de 2013, foram editados, 138 documentos e um anexo, segundo a seguintes tipologias: 13 interrogatórios, 24 documentos oficiais, 53 cartas, 25 artigos de imprensa, 1 livro, 19 testemunhos ou depoimentos e 3 notas ou apontamentos. Ao todo, 651 páginas. A partir da edição portuguesa, está a proceder-se já à tradução para inglês e italiano, de modo a proporcionar aos investigadores de língua não portuguesa um resumo da documentação editada […]”
Parte IV
Transcrevo, na íntegra, 2 posts do Prof. Dr. Joaquim Fernandes (Universidade Fernando Pessoa, Porto), pioneiro na divulgação dos documentos de Fátima, publicados no seu facebook:
1- O “AEROPLANO” QUE TRANSPORTOU A “SENHORA” À COVA DA IRIA
EM 13 DE SETEMBRO 1917 (2017)
Esclarecedor, literal e absolutamente esmagador este depoimento. Sob o manto diáfano do vocabulário mítico-religioso revela-se o essencial…
Do livro do cónego Barthas, “Fátima”, (pp. 130–2) recolho a seguinte passagem:
“Todos os que o viram tiveram a impressão, como dois sacerdotes citados — Manuel do Carmo Góis e Manuel Pereira da Silva — de que se tratava de uma forma semelhante à de um avião que trazia a Mãe de Deus ao encontro prometido aos pastorinhos e que a transportou depois de novo ao Paraíso.
Com eles estava Monsenhor João Quaresma, vigário-geral da diocese de Leiria, autoridades eclesiásticas nomeadas pelo bispo para fazer parte da Comissão do Inquérito Canónico, considerou natural e admissível que a Virgem utilizasse um meio de transporte, como qualquer mortal…
Em 13 de Setembro, ao meio-dia solar, escreveu ele:
“Fez-se completo silêncio.
Ouvia-se o ciciar das preces.
Subitamente soam gritos de júbilo… Ouvem-se vozes a louvar a Virgem. Braços erguem-se a apontar para qualquer coisa no alto. “Olhem, não vêem?…” — “Sim, já vejo!…” A satisfação brilha nos olhos dos que vêem.
No céu azul não havia uma nuvem. Também eu levanto os olhos e ponho-me a perscrutar a amplidão do céu, para ver o que os outros olhos mais felizes, primeiro do que eu, contemplaram.
“Lá está você também a olhar!…”
Com grande admiração minha, vejo clara e distintamente um globo luminoso que se movia do nascente para o poente, deslizando lento e majestoso através do espaço.
Tinha forma oval, com o lado maior voltado para baixo.
A meu lado, um sacerdote amigo olhou também e teve a felicidade de gozar da mesma inesperada e encantadora aparição… quando, de repente, o globo, com a sua luz extraordinária, se sumiu aos nossos olhos.
Perto de nós estava uma pequenita vestida como a Lúcia e pouco mais ou menos da mesma idade.
Cheia de alegria, continuava a gritar “Ainda a vejo… ainda a vejo… agora desce para baixo!”
Passados minutos, exatamente o tempo que costumavam durar as aparições, começou a criança de novo a exclamar apontando para o céu:
“Lá sobe ela outra vez!”, e continuou seguindo o globo com os olhos, até que desapareceu na direção do Sol.
— Que pensas daquele globo? — perguntei ao meu amigo, que se mostrava entusiasmado por quanto tínhamos visto.
— Que era Nossa Senhora — respondeu sem hesitar.
Era também a minha convicção. Os pastorinhos contemplaram a própria Mãe de Deus.
A nós fora-nos concedida a graça de ver o carro que a tinha transportado do céu à charneca inóspita da serra de Aire”.
2-FÁTIMA: QUANDO A IGREJA CATÓLICA IGNORA OS SEUS PRÓPRIOS DOCUMENTOS…(2016)
A imagem cultuada no santuário de Fátima, identificada como sendo a Virgem Maria descrita pelos pastorinhos nas aparições de 1917 está longe de se basear nos testemunhos originais, registados no Inquérito Paroquial desse mesmo ano pelo pároco de Fátima, Manuel Marques Ferreira, e constantes no I volume da Documentação Crítica de Fátima (ed.1992). De relevar o cuidado deste sacerdote que mês após mês tentou apurar os contornos da alegada experiência visionária das três crianças. Ora, relendo o “retrato” que Lúcia e Jacinta tentaram fazer da “mulherzinha” que descia sobre a azinheira e comparando os seus detalhes morfológicos e respetivos adereços, chega-se à conclusão sem grande esforço que os traços da imagem que pretende reconstituir a “mulher pequena” dos dias 13 omitem o quadro geral das descrições originais. Ou seja, a estátua atual da VM, originalmente concebida por José Ferreira Thedim, exposta desde 1920, em Fátima, (a versão presente é de 1947), e que pretenderia reproduzir a morfologia detalhada da alegada entidade celeste, pouco ou nada tem a ver com os testemunhos originais constantes dos próprios documentos eclesiásticos! Resulta, pois, essa estatuária oficial, isso sim, de uma calculada “correção” gradual dos relatos ao estereótipo consagrado após o concílio de Éfeso, (431 d.C.) ponto decisivo para o desenvolvimento do culto mariano e dos cultos populares da VM, que o Ocidente aceitou depois do Oriente. Um estudo do autorizado historiador de arte sacra, padre Xavier Coutinho, professor do Seminário Maior do Porto assume claramente que a estátua da Virgem de Fátima teve como modelo inspirador a imagem de Nossa Senhora da Lapa. Na imagem, pode ver-se uma pagela da VM de Fátima, de 1927, comparada com uma pagela de Nossa Senhora da Lapa, de 1914. Veja-se e compare-se com o retrato-robô que se pode extrair das descrições originais de Lúcia dos Santos: os detalhes heterodoxos da “mulherzinha”, com destaque para a referência à “saia pelos joelhos”, repetidamente referida pela vidente, não se coadunaria com o modelo consagrado nos altares desde a alta idade média e no imaginário da piedade popular. Daí o “desvio” calculado e progressivo que foi sendo introduzido na definição final da estátua: as “memórias tardias” de Lúcia, aculturada pelos seus confessores jesuítas no decurso do seu internamento em Espanha, acabaria por ceder naturalmente às conveniências do religiosamente correto e a esquecer os detalhes mais incongruentes: Assim, a incómoda saia até aos joelhos foi descendo paulatinamente na literatura até aos pés até se transformar no ortodoxo vestido da Senhora…
Veja-se de seguida uma súmula do “retrato” original da “Senhora” conforme o Inquérito Paroquial de 1917:
Nada obsta a que Fátima e o seu santuário possam significar um espaço simbólico de consagração de um culto de raízes antiquíssimas, um monumento a uma devoção genérica do milenar “sagrado feminino” de todas as culturas, com as variantes assinaladas. Outra coisa, diversa, é pretender que a sua estatuária, a imagem que ali se venera, e se identifica com a Virgem Maria de Nazaré, seja o retrato fiel da descrição inicial dos videntes. Do ponto de vista da crítica histórica, da fidelidade à verdade documental e historicamente documentada, pensamos que não.
São os próprios documentos que também nos demonstram que os eventos de Fátima foram antecipadamente catalogados antes de qualquer juízo crítico ou intervenção eclesial. Como noutras centenas de lendas do culto mariano em Portugal, a Virgem Maria já o era fatalmente antes de o poder vir a ser:
“Se os cachopos viram uma mulher vestida de branco, quem poderia ser senão Nossa Senhora?” — questionou António da Silva, tio de Jacinta, logo que a jovem revelou à mãe, em 13 de Maio de 1917, o que vira na Cova da Iria. Aqui reside a chave de todas as supostas visões de entidades femininas em todas as culturas humanas: para uma Jacinta da civilização celta a “dama de branco” seria Belisama, na antiga Grécia seria Afrodite e os antigos incas da Bolívia chamar-lhe-iam Orejona. No Portugal rural de 1917, a “mulherzinha” só poderia ser a Virgem Maria. A meio das aparições de 1917 já circulavam pelos crentes pagelas com a imagem de Nossa Senhora! É a “verdade” cultural, dos limites cognitivos e das possibilidades de cada um — como assinala Josef Ratzinger, o Papa emérito. As hesitações da Igreja portuguesa até finais da década de 1920 não bastaram para impedir a consagração do rumor. Para as massas crentes desnecessário se tornou qualquer investigação. A ineficácia da Ciência da época deu “luz verde” à religiosidade popular e à interpretação mariana das alegadas visões.
Os crentes, descrentes e indiferentes podem verificar e confirmar o “retrato original” de 1917 da “Senhora”, bem como a sua evolução ao longo do tempo na nossa obra, com Fina d’Armada, “Fátima nos bastidores do Segredo” (ed. Âncora Editora). Já gora, para os interessados, aproveitem as Feiras do Livro que se anunciam, a começar já pela de Lisboa, onde ainda podem adquirir esta presente edição da obra, Suponho que restarão poucos exemplares…
…
(Fonte)
Colaboração: Jacque
Estamos a pouco mais de um mês do aniversário de 105 anos (em 13 de outubro) do que hoje é chamado de “Milagre de Fátima” e este continua sendo considerado um evento religioso pela maioria das pessoas e não ovnilógico. E, devido à época em que ocorreu, fica muito difícil discernir entre os dois, pois a maioria das pessoas de então nem sequer consideravam o fenômeno OVNI como sendo uma possibilidade.
Assim, pelo tempo já decorrido desde então e a falta de evidências, fica a critério de cada um que esteja interessado em estudar o evento chegar às suas próprias conclusões.
Onde estaria a verdade sobre este magnífico evento que chegou ao seu ápice com o chamado “Milagre do Sol“, presenciado por milhares de pessoas?
Como já mencionei antes, seja este evento religioso ou ovnilógico, trata-se de algo “extraterrestre”.
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