A missão original da espaçonave OSIRIS-REx da NASA era voar para o asteroide Bennu, onde deveria pousar brevemente na superfície presumivelmente rochosa do corpo, coletar uma pequena amostra e voltar para casa.
Porém, embora a maior parte da missão milagrosamente tenha ocorrido como planejado, houve uma grande surpresa ao longo do caminho.
Quando o OSIRIS-REx tentou pousar em Bennu em 2020, ele surpreendentemente afundou na superfície de areia movediça do asteroide – comparado a uma “piscina de bolinhas” infantil em uma nova atualização da NASA – desencadeando uma explosão deslumbrante de matéria celestial.
Agora, os pesquisadores da missão finalmente acham que sabem o porquê, conforme detalhado em dois (1 e 2) novos artigos publicados esta semana.
Dante Lauretta, principal autor de um dos estudos e investigador principal da missão OSIRIS-RE, disse ao Space.com:
“Esperávamos que a superfície fosse bastante rígida, como se você tocasse em uma pilha de cascalho: um pouco de poeira voando e algumas partículas pulando. Mas como estávamos trazendo de volta as imagens após o evento, ficamos surpresos.
Claramente não houve resistência alguma. A superfície era macia e fluía como um fluido.”
O resultado foi tão surpreendente, de fato, que os pesquisadores enviaram a nave de volta para Bennu seis meses depois. As imagens coletadas na segunda missão mostraram que o OSIRIS-REx deixou uma cratera de impacto de 20 metrosde largura, apelidada de ‘Nightingale‘, em seu rastro.
De acordo com uma declaração da NASA, os pesquisadores acreditam que o segredo para essa característica inesperada de Bennu está em sua massa. As partículas que formam a superfície do asteroide são frouxamente compactadas e levemente ligadas, o que significa que, embora pareça sólido, na verdade há muito espaço vazio.
Como resultado, a NASA diz que pisar no planeta pareceria “entrar em uma piscina de bolinhas de plástico”.
A pesquisa é empolgante, embora, francamente, também seja um pouco estressante. Como Bennu é mantido unido por tão pouca força, um impacto com a Terra provavelmente faria com que o asteroide se quebrasse dentro da atmosfera do nosso Pálido Ponto Azul, de acordo com os pesquisadores – um tipo de risco muito diferente em comparação com uma colisão com um corpo celeste duro.
[Para instruções de como ativar a legenda em português do(s) vídeo(s) abaixo, embora esta não seja precisa, clique aqui.]
(Fonte)
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