Em 1955, um dos mais controversos de todos os muitos e variados livros sobre OVNIs publicados nos anos 50 saiu nos Estados Unidos. Chamava-se “The Case for the UFO” (“O Caso Para o OVNI”, em tradução livre) e foi escrito por Morris K. Jessup.
Seu livro explorou uma questão específica – como os OVNIs voam, qual é a fonte de energia para eles, graças à qual eles podem se mover tão rapidamente e realizar acrobacias incrivelmente complexas, como por exemplo, parar abruptamente fazerem curvas em ângulo reto em alta velocidade, etc.
Jessup acreditava que as respostas vitais estavam no reino da gravidade. Mais precisamente na antigravidade. E logo após o lançamento do livro, Jessup, em suas palavras, sentiu a atenção de “todo o mundo dos oficiais militares”, incluindo oficiais de alto escalão da Marinha dos EUA.
Em particular, Jessup acreditava que estava sendo seguido por pessoas de um escritório especial da Marinha dos EUA – o departamento de “armas especiais”. Ele presumiu que era porque eles estavam preocupados que, em seu livro, Jessup havia revelado uma tecnologia que eles já estavam estudando em completo sigilo e usando para pilotar sua própria aeronave ultra-secreta.
Sim, Jessup suspeitava que muitos (se não a maioria) dos OVNIs vistos por testemunhas oculares eram na verdade naves de guerra dos EUA, e tecnologias antigravitacionais já estiveram envolvidas, inclusive no famoso projeto com o navio Eldridge (Experimento Filadélfia em 1943).
Jessup ficou profundamente preocupado em ser observado e, de fato, ficou profundamente paranóico. Por diversas vezes notou que alguns itens de seu escritório estavam nitidamente deslocados de seus lugares habituais, e isso o levou a acreditar que, ao sair de casa, alguém entrava na sala e vasculhava tudo minuciosamente.
As suspeitas aumentaram quando Jessup foi contatado pela Marinha dos EUA a qual lhe pediu abertamente que contasse a eles sobre seu livro e a tecnologia antigravidade descrita nele. E quando Jessup começou a falar com eles, eles pediram para ele contar o que sabia sobre o Experimento Filadélfia.
O Experimento da Filadélfia ou o experimento com Eldridge não é reconhecido como um fato comprovado, mas é considerado um conto simples. No entanto, em fontes especializadas em OVNIs é chamado de completamente real e fornece muitas evidências indiretas disso.
O experimento era supostamente um programa ultra-secreto projetado para usar campos eletromagnéticos para tornar os navios de guerra visualmente invisíveis para o inimigo. O navio USS Eldridge foi escolhido como objeto do experimento, mas durante o teste em 1943 algo deu errado e o navio desapareceu fisicamente.
Quando reapareceu, alguns de seus tripulantes estavam mortos, alguns feridos e alguns enlouquecidos. Há também histórias de que alguns tripulantes simplesmente desapareceram do navio e nunca mais foram vistos.
Jessup ficou muito horrorizado com a pergunta a respeito do Eldridge e disse aos oficiais da Marinha dos EUA tudo o que sabia sobre isso, obtendo uma resposta de que eles pareceram satisfeitos. Talvez eles só queriam saber se Jessup havia obtido mais informações sobre esse experimento do que havia vazado até então.
Jessup já estava em estado de profundo medo e paranóia, e essa visita só aumentou sua ansiedade. E então ele começou a notar pessoas em ternos pretos [ou seja, os infames Homens de Preto] que estavam escondidos nas sombras das casas vizinhas, e as cartas e itens que ele encontrou em sua caixa de correio apresentavam sinais óbvios de serem abertos e selados novamente.
A cada dia Morris Jessup ficava cada vez mais nervoso e irritado, e tudo terminou na noite de 20 de abril de 1959, quando seu corpo sem vida foi encontrado em seu próprio carro, estacionado no Matheson Hammock Park, em Miami, Flórida.
O motor do carro ainda estava funcionando e uma mangueira presa ao cano de escapamento estava enfiada na janela do lado do motorista. Jessup estava morto por exposição ao monóxido de carbono.
Seu corpo foi encontrado por um homem chamado John Good, que trabalhava no parque. Chocado com o que viu na frente dele, Goode rapidamente chamou a polícia, que chegou em pouco tempo.
Embora certamente parecesse que Jessup havia se matado, nem todos tinham tanta certeza de que era um suicídio.
A primeira evidência suspeita foram duas toalhas, que fecharam bem a abertura na janela, através da qual a mangueira foi trazida para dentro. A esposa de Jessup afirmou que esta foi a primeira vez que viu essas toalhas e que elas não foram retiradas de sua casa. Se Jessup tivesse planejado o suicídio com antecedência, teria sido mais fácil para ele pegar toalhas de casa, em vez de dirigir até a loja para comprá-las.
Além disso, o recibo das toalhas compradas não foi encontrado em nenhum lugar, nem no carro nem nos bolsos das roupas, embora Jessup fosse tão paranóico que sempre levava até os recibos das lojas consigo.
Não menos suspeito é o fato de que na noite anterior ao “suicídio” Jessup estava inesperadamente alegre e de alto astral: passou mais de uma hora conversando ao telefone com seu velho amigo Manson Valentine, expressando entusiasmo por seu último trabalho e planos para mais pesquisa.
Jessup até convidou Valentine para almoçarem juntos no dia seguinte, pois Jessup tinha algo incrível para mostrar a ele. Valentine nunca descobriu o que exatamente Jessup encontrou, porque Jessup nunca ligou para ele ou veio jantar novamente.
(Fonte)
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