Cientistas avistam água oculta no “Grand Canyon” de Marte

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Com a ajuda do ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO) da Agência Espacial Europeia, uma equipe de cientistas fez uma descoberta fascinante: um enorme depósito de água no fundo dos Valles Marineris, o sistema de cânions mais profundos daquele planeta e que é dez vezes mais longo e cinco vezes mais profundo que o Grand Canyon.

Sistema de cânions marciano Valles Marineris, onde a água foi encontrada (Foto: ESA/DLR/FU)

O instrumento Detector de Nêutrons Epitérmicos de Resolução Fina (de sigla em inglês, FREND) do orbitador mapeou a quantidade de hidrogênio na camada superior do solo cobrindo a superfície marciana até uma profundidade de cerca de um metro – e fez o achado.

É um local incomum para encontrar água. A maioria das descobertas de água em Marte até agora foram perto das regiões polares do planeta na forma de gelo.

Igor Mitrofanov, pesquisador da Academia Russa de Ciências e principal autor do estudo aceito na revista Icarus, informou em uma declaração da ESA.

“Com o TGO, podemos olhar até um metro abaixo dessa camada empoeirada e ver o que realmente está acontecendo abaixo da superfície de Marte.

FREND revelou uma área com uma quantidade invulgarmente grande de hidrogênio no colossal sistema de cânion Valles Marineris: presumindo-se que o hidrogênio que vemos está ligado às moléculas de água, até 40 por cento do material próximo à superfície nesta região parece ser água.

A área é absolutamente enorme, aproximadamente do tamanho da Holanda, de acordo com o comunicado, o que a torna um lugar altamente promissor para procurar ainda mais água no futuro.

O co-autor Alexey Malakhov disse no comunicado:

“Encontramos uma parte central de Valles Marineris cheia de água – muito mais água do que esperávamos. Isso é muito parecido com as regiões de gelo permanente da Terra, onde o gelo de água persiste permanentemente sob o solo seco por causa das baixas temperaturas constantes.”

Ainda há uma chance de muitos dos depósitos de água estarem presos dentro de minerais, mas há motivos para otimismo.

Malakhov argumentou:

“No geral, achamos que é mais provável que essa água exista na forma de gelo.”

Håkan Svedhem da ESA, coautor que costumava estar na equipe do TGO, disse em comunicado, ligando para a descoberta de um “reservatório de água grande, não muito profundo e facilmente explorável nesta região de Marte”.

“Esta descoberta é um primeiro passo incrível, mas precisamos de mais observações para sabermos com certeza com que tipo de água estamos lidando.”

A descoberta pode nos permitir um melhor entendimento da evolução inicial do Planeta Vermelho, e nos permitir ter uma ideia muito melhor de onde procurar por sinais de vida antiga – ou mesmo lugares que poderíamos um dia habitar.

(Fonte)

Colaboração: Osnir Jr.



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