A NASA lançou esta madrugada uma espaçonave destinada a colidir com um asteroide, como parte de sua missão Double Asteroid Redirection Test (DART), a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Seu objetivo: testar se somos capazes de desviar um asteroide assassino antes que ele atinja a Terra.
Mas antes de chegar ao seu destino final, a NASA está usando a espaçonave para testar a nova tecnologia de acionamento de íons – que saiu direto de um filme de ficção científica.
O Evolutionary Xenon Thruster-Commercial (NEXT-C) da agência espacial usa a energia solar da espaçonave para criar um campo elétrico. Este campo então acelera um propelente de xenônio a velocidades de até 145.000 km/h, aproveitando o fluxo resultante de “milhares de jatos de íons” como propulsão.
Lento mas constante
Não se trata exatamente de um grande avanço na força. O propulsor gera míseros 236 micro Newtons de empuxo, uma pequena fração de um motor de foguete muito maior, baseado em combustível.
Mas o NEXT-C ainda é um grande avanço em relação aos sistemas de propulsão iônica anteriores usados para outras missões da NASA.
O objetivo é demonstrar que espaçonaves minúsculas como o DART são capazes de se propelirem com energia solar – e uma quantidade relativamente pequena de combustível xenônio – por meio do disparo de propulsores continuamente por meses ou até anos de cada vez.
Graças à total falta de resistência, o propulsor será capaz de acelerar lentamente a espaçonave DART até 24.000 km/h antes de fazer impacto com o asteroide.
É uma perspectiva empolgante. As unidades de íons poderiam um dia ajudar a tornar a exploração do espaço profundo uma realidade, acabando com nossa dependência de usar grande parte da carga útil de uma espaçonave para tanques de combustível – e as sondas espaciais são o ambiente de teste perfeito.
(Fonte)
Colaboração: Wizard Uncle