A Lua tem uma atmosfera muito fina, composta principalmente de hidrogênio, néon e argônio. No entanto, há muito oxigênio preso dentro do regolito – a camada de rocha e poeira que cobre sua superfície.
A camada de regolito da superfície lunar contém uma quantidade significativa de oxigênio. Cientistas da Southern Cross University (Austrália) fizeram cálculos com base nos quais a extração de oxigênio na Lua pode sustentar bilhões de pessoas por 100.000 anos. No entanto, existem certos desafios na extração de oxigênio que requerem soluções modernas.
Quanto oxigênio existe na Lua?
Cálculos preliminares mostram que cada metro cúbico de regolito lunar contém, em média, mais de 600 quilos de oxigênio. Uma pessoa precisa de cerca de 800 gramas por dia para sobreviver, ou seja, o oxigênio de um metro cúbico de regolito lunar é suficiente para uma pessoa por mais de dois anos.
Quanto tempo a humanidade poderia durar na Lua?
Pesquisadores australianos dizem que a profundidade média da camada de regolito lunar é de dez metros. Tendo feito os cálculos, os cientistas argumentam que o oxigênio do regolito será suficiente para a vida de oito bilhões de pessoas por cem mil anos.
Jipe-sonda australiano para a Lua
A agência espacial australiana assinou um acordo com a NASA para enviar um jipe-sonda ao satélite natural de nosso planeta, que coletará solo lunar como parte do programa científico Artemis. Um dos objetivos da coleta de regolito é estudar a possibilidade de obter oxigênio a partir dele.
Extraindo oxigênio na Lua
Extrair oxigênio do regolito na Lua é possível, mas difícil. Talvez você já tenha ouvido falar sobre eletrólise. Esse é um processo comum na produção de alumínio na Terra. Inclui uma corrente elétrica que passa por óxido de alumínio líquido que o separa do oxigênio. O mesmo processo poderia ser utilizado na Lua, mas com uma pequena diferença – na Terra, o alumínio é o foco, enquanto na Lua, o oxigênio seria o produto principal.
Vários anos atrás, os cientistas criaram solo lunar artificial para testes. À esquerda, você vê uma pilha de regolito simulado, enquanto à direita, você vê a mesma pilha depois que todo o oxigênio foi extraído. Embora precisemos do oxigênio para sobreviver, as ligas metálicas podem ser usadas pelos colonizadores. Crédito: ESA
Dificuldades
Embora a tecnologia necessária já exista e já o façamos na Terra, extrair oxigênio da Lua não será tão simples. O processo é simples, mas para alcançá-lo, os astronautas precisam de equipamentos industriais. Isso não só será difícil de transportar para o nosso satélite natural, mas também exigirá uma quantidade suficiente de energia. Portanto, os cientistas precisam encontrar uma maneira de ligar esse equipamento e há duas opções principais – energia solar ou fontes de energia que já existem na Lua.
Novas soluções
Você já ouviu falar de uma startup chamada Space Application Services? Caso contrário, a empresa belga anunciou a construção de reatores experimentais que poderiam ser usados na extração de oxigênio. Espera-se que essa tecnologia seja enviada ao nosso satélite natural em 2025.
Artemis pousando na Lua
No final, devemos mencionar que a NASA adiou o primeiro voo tripulado à superfície da Lua. A agência foi forçada a atrasar o lançamento em pelo menos um ano devido aos atrasos no desenvolvimento do novo sistema de pouso lunar, bem como na criação de trajes espaciais adequados para o trabalho. Portanto, o primeiro pouso na Lua em 50 anos não acontecerá antes de 2025.
(Fonte)
Colaboração: Lindolfo Alves de Carvalho Neto
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