Já aconteceu tantas vezes que se tornou um clichê: a NASA agenda uma coletiva de imprensa para revelar “uma descoberta importante”, mas não importa o que seja anunciado, nunca é o que todos querem ouvir – a descoberta de vida extraterrestre.
E as poucas vezes em que cientistas – associados ou não à NASA – anunciam uma possível descoberta de micróbios marcianos fossilizados, prováveis sinais de atividade orgânica em outras partes do nosso sistema solar, ou mesmo especulando sobre artefatos tecnológicos reais de origem extraterrestre (por exemplo, o Oumuamua) tais reivindicações são quase imediatamente rejeitadas por seus colegas.
É uma espécie de paradoxo científico moderno que os astrônomos continuem nos garantindo que a vida deve ser onipresente em todo o Cosmos e, ainda assim, quase todos eles parecem extremamente antagônicos à ideia de que tal descoberta portentosa possa realmente acontecer dentro de nossas vidas.
Mas e se eles estiverem errados?
A detecção de uma bioassinatura fora de nosso planeta, embora não seja tão dramática quanto Hollywood imagina nossa primeira confirmação real de que não estamos sozinhos no Universo, ainda teria o potencial de mudar para sempre nossa civilização de maneiras profundas.
A NASA parece estar muito preocupada com a forma como essas notícias seriam tratadas pela imprensa e governos e, a fim de conter quaisquer controvérsias prejudiciais geradas por resultados não conclusivos, em junho passado eles organizaram um seminário com centenas de cientistas de uma variedade de disciplinas a fim de chegar a algum tipo de protocolo comunitário para avaliar futuros relatórios de bioassinatura, que todos os cientistas envolvidos com Exobiologia estariam dispostos a seguir.
O cientista-chefe da agência espacial, James Green, disse:
“A descoberta de uma bioassinatura potencial na atmosfera [de um planeta] é importante, mas é apenas o começo. Você tem que examinar os potenciais falsos positivos, se existem maneiras [não biológicas] de formar o produto químico, se a medição é um artefato do seu instrumento, se o ambiente no planeta é propício ou hostil à vida, se a água está presente.”
Um resultado direto deste exercício passado é um artigo publicado recentemente no site da Nature intitulado “Call for a framework for reporting evidence for life beyond Earth” (“Chamada para uma estrutura para relatar evidências para a vida além da Terra”, em tradução livre). De acordo com o Science Alert, a equipe de pesquisadores por trás do artigo está propondo a adoção de um sistema de escala de medição de “confiança de detecção de vida extraterrestre” (de sigla em inglês, CoLD) para medir e mapear detecções, semelhante à escala de Torino usada para avaliar a probabilidade de um asteroide atingir Terra.
Os pesquisadores escreveram:
“Estabelecer melhores práticas para comunicar sobre detecção de vida pode servir para definir expectativas razoáveis nos estágios iniciais de um empreendimento extremamente desafiador, valorizar etapas incrementais ao longo do caminho e construir a confiança pública, deixando claro que falsos inícios e becos sem saída são esperados e parte potencialmente produtiva do processo científico.
Qualquer que seja o resultado do diálogo, o que importa é que ele ocorra … Ao fazê-lo, só podemos nos tornar mais eficazes na comunicação dos resultados do nosso trabalho e da maravilha associada a ele.”
É uma ideia interessante, mas que parece confiar ingenuamente na premissa de que a NASA ainda estará no topo de qualquer notícia importante relacionada ao espaço.
Enquanto você está lendo isto, a China construiu o maior radiotelescópio do mundo, que será capaz de detectar milhares de sinais de rajada rápidas de rádio (de sigla em inglês, FRBs) que alguns cientistas ainda consideram os principais candidatos para uma origem artificial. A China também pousou uma sonda robótica em Marte este ano e estão expandindo agressivamente seu programa espacial – você acha que eles vão pedir permissão à NASA se acabarem detectando sinais de vida lá fora? Claro que não.
A atual controvérsia sobre as origens do vírus SARS COV-2 é um bom exemplo de como as coisas podem ficar confusas se alguém declarar que finalmente encontrou ETs sem um consenso global. Assim, provavelmente só os próprios alienígenas podem acabar garantindo que as evidências de sua existência sejam bastante … inequívocas.
(Fonte)
Colaboração: Adalberto Dorneles
Já havíamos tratado aqui este assunto da NASA querendo reformular os protocolos para quando encontrarmos vida extraterrestre. Contudo, este novo artigo acima nos mostra um pouco de como funcionam essas questões no âmbito científico, o qual ainda continua sendo assombrado com dogmas que negam a descoberta de vida extraterrestre, embora os próprios cientistas afirmem que deva haver vida lá fora. Trata-se de um pardoxo um tanto irracional, especialmente vindo de pessoas que colocam seus “cérebros” acima de tudo.
Ainda bem que nem toda a ciência funciona assim, e é dessa “facção” que desafia os dogmas que vêm os mais espetaculares avanços.
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