Os cientistas sugerem que o Big Bang pode ter sido apenas um momento especial na evolução deste universo sempre existente e não seu início.
O físico Bruno Bento e sua equipe apresentaram novas pesquisas provando que o universo não teve começo. Este trabalho desafia a teoria geralmente aceita de que o universo nasceu no Big Bang cerca de 14 bilhões de anos atrás.
Contradições
Estudando essa questão, eles enfrentaram muitas contradições que surgem ao comparar teorias geralmente aceitas. Acredita-se que a natureza do universo é descrita de forma mais confiável pela física quântica e pela relatividade geral. Ao mesmo tempo, a física quântica descreveu com sucesso três das quatro forças fundamentais da natureza, mas a quarta – a gravidade, de sua posição, não se encaixa na estrutura.
Relatividade geral
Pelo contrário, a relatividade geral é a descrição mais completa da gravidade já criada. No entanto, não funciona em duas questões importantes. Esta teoria não dá resultados confiáveis ao estudar os centros dos buracos negros e o mecanismo de nascimento do Universo.
Singularidades
Essas áreas controversas são chamadas de “singularidades” – pontos no espaço-tempo onde as leis da física que conhecemos param de funcionar. Ao mesmo tempo, os cálculos mostram que, em ambas as singularidades, a gravidade se torna incrivelmente poderosa, mesmo em uma escala minúscula.
Teoria dos conjuntos causais
Refletindo sobre as contradições, os pesquisadores decidiram dar atenção a outra teoria denominada teoria dos conjuntos causais. Esta é uma linha de pesquisa em gravidade quântica baseada em uma hipótese matemática sobre a estrutura discreta do espaço-tempo.
Nova compreensão de espaço e tempo
Segundo Bento, essa abordagem muda completamente nossa compreensão do espaço e do tempo, pois reimagina o espaço-tempo como uma série de fragmentos discretos ou “átomos” do espaço-tempo. Esta teoria impõe restrições estritas sobre como eventos próximos podem ser localizados no espaço e no tempo – de acordo com a teoria, eles não podem estar mais próximos do que o tamanho de um “átomo”.
Singularidade do Big Bang
Em seu trabalho, os autores escrevem que a teoria dos conjuntos causais remove o problema da singularidade do Big Bang porque, na teoria, as singularidades não podem existir. A matéria não pode ser comprimida em pontos infinitamente minúsculos – eles não podem ser menores do que o tamanho de um “átomo” do espaço-tempo.
Visão clássica
Como Bento explica, a visão clássica é que o conjunto causal cresceu do nada para o universo. E a versão alternativa, proposta pelos autores do estudo diz que o Big Bang como “início do Universo” não existiu, pois o conjunto causal é infinito.
E se o universo não teve começo?
Em termos simples, os físicos chegaram à conclusão de que o universo pode não ter tido um começo, portanto, ele sempre existiu. E o que percebemos como o Big Bang só pode ter sido “um momento especial na evolução deste conjunto causal sempre existente, e não seu verdadeiro início“.
(Fonte)
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