Cientistas detectam sinais de vida à distância usando sensoriamento remoto

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Cientistas dizem ter detectado com sucesso sinais de vida usando técnicas de sensoriamento remoto, em um estudo de pesquisa que pode ser um avanço no uso de tais tecnologias na Terra, ou mesmo na busca por vida em outros planetas.

Crédito da imagem ilustrativa: depositphotos

Uma equipe de pesquisa composta por cientistas da Universidade de Berna e do Centro Nacional de Competência em Pesquisa (NCCR) PlanetS foi capaz de identificar com sucesso as principais propriedades moleculares dos organismos vivos, usando equipamentos sensíveis a bordo de um helicóptero voando vários quilômetros acima da Terra.

A equipe internacional de pesquisadores associados ao projeto Monitoring planEtary suRfaces with Modern pOlarimetric characteriZation (MERMOZ) (Monitoramento de Superfícies Planetárias com Caracterização Polimétrica Moderna), conseguiu detectar uma bioassinatura única conhecida como homoquiralidade, um traço que envolve a presença de uniformidade em objetos que não são capazes de se sobrepor perfeitamente às suas próprias imagens espelhadas, também conhecidas como “quiral“. Os biólogos reconhecem, por exemplo, que dos 20 aminoácidos naturais conhecidos, todos menos um são homoquirais, com exceção dos açúcares.

Esta bioassinatura única foi detectada com sucesso usando instrumentos posicionados dois quilômetros acima da Terra, enquanto a bordo de um helicóptero se movendo a 70 quilômetros por hora. Jonas Kühn, gerente do projeto MERMOZ, disse que as bioassinaturas foram detectadas “em questão de segundos”, apesar da distância e velocidade com que o helicóptero se movia em relação ao solo.

O projeto MERMOZ, uma parceria entre as Universidades de Berna, Leiden e Delft, tem origem em estudos iniciados em 2018, que visavam avaliar se as bioassinaturas que caracterizam a vida na Terra podiam ser discernidas do espaço…

Durante os testes conduzidos em 2018 e novamente em 2020, a equipe MERMOZ implantou seu instrumento de sensoriamento remoto FlyPol, um espectropolarímetro com uma câmera com lentes e receptores especiais que permitem separar a polarização circular produzida por organismos vivos de outras luzes que mede.

“Nesse contexto, nosso planeta é considerado um proxy para outros corpos e exoplanetas do sistema solar”, diz o resumo do projeto MERMOZ.

Colocando o FlyPol a bordo de um helicóptero, o dispositivo realizou com sucesso um vôo de 25 minutos com o objetivo de testar a durabilidade do sistema contra a vibração da aeronave, bem como possíveis interferências ou problemas que podem surgir das mudanças de temperatura e pressão durante a subida ou descida. O FlyPol não só foi capaz de funcionar durante o voo, mas também conseguiu detectar várias assinaturas de organismos vivos, fornecendo dados suficientes para que os cientistas pudessem distinguir entre uma série de áreas diferentes, desde campos gramados e florestas, a lagos e áreas povoadas.

Nos experimentos recentes conduzidos pela equipe do MERMOZ, a luz refletida da matéria biológica foi fundamental para ajudar a obter informações únicas de bioassinatura.

Lucas Patty, principal autor do artigo da equipe de pesquisa, disse em um comunicado:


“Quando a luz é refletida por matéria biológica, uma parte das ondas eletromagnéticas da luz viaja em espirais no sentido horário ou anti-horário. Este fenômeno é chamado de polarização circular e é causado pela homoquiralidade da matéria biológica.”

Patty diz que essas espirais únicas de luz não são produzidas da mesma maneira por coisas inanimadas.

A equipe MERMOZ agora espera implantar suas tecnologias de sensoriamento remoto a bordo da Estação Espacial Internacional, para testar sua capacidade de detectar bioassinaturas a uma distância ainda maior e em escala planetária. Se bem-sucedida, uma aplicação futura óbvia para esta tecnologia poderia ser sua inclusão em uma sonda orbitando um planeta distante, que poderia então ser monitorada pos bioassinaturas a partir de uma posição em órbita.

Brice-Olivier Demory, professor de astrofísica da Universidade de Berna e pesquisador principal do MERMOZ e coautor do estudo, disse:

“Esta etapa será decisiva para permitir a busca por vida dentro e fora do nosso Sistema Solar usando a polarização.”

O artigo da equipe, intitulado “Biosignatures of the Earth I. Airborne spectropolarimetric detection of photosynthetic life” (“Bioassinaturas da Terra I. Detecção Espectropolarimétrica Aerotransportada de Vida Fotossintética”), apareceu em Astronomy and Astrophysics.

(Fonte)

Colaboração: MaryH


Parabéns à equipe. Este equipamento pode mudar o jogo da procura por vida extraterrestre até mesmo em nosso sistema solar.

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