Chris Mellon, um dos maiores responsáveis pela ação que está sendo tomada agora nos EUA para o desacobertamento dos OVNIs, levantou algumas perguntas que ele acha serem apropriadas para que o Congresso dos EUA pergunte aos militares, quando estes entregarem o tão esperado relatório a respeito do fenômeno no final deste mês:
O relatório UAP (OVNI) pendente levanta questões vitais sobre o que está acontecendo em nossos céus e a organização e desempenho da comunidade de inteligência dos EUA. Aqui estão algumas perguntas que proponho para aqueles no Congresso encarregados de proteger o país e supervisionar a Comunidade de Inteligência:
1. Por que a conscientização sobre o fenômeno OVNI teve que vir de cidadãos privados fora do governo, dedicando vários anos de suas vidas para trazer esse problema à atenção do povo americano e de seu governo? O que essa impressionante falha de inteligência nos diz sobre a Comunidade de Inteligência dos EUA? Como é possível que essas intrusões continuem por anos sem aviso por parte de qualquer funcionário do governo ou mesmo do NORAD? Que outras questões estratégicas a comunidade de inteligência está deixando de relatar devido a uma potencial controvérsia ou estigma?
2. Alegadamente, o relatório classificado contém apenas cerca de 120 incidentes. Como isso se reconcilia com o fato de que o NORAD* sozinho tem centenas de rastros de voo por ano que não consegue identificar?
*North American Aerospace Command
3. Recentemente, o ex-diretor da CIA, John Brennan, e o ex-diretor de Inteligência Nacional, John Ratcliffe. revelaram que foram informados sobre misteriosos incidentes com OVNIs. Esses incidentes são contabilizados no relatório? E sobre o incidente envolvendo um OVNI emergindo do oceano mencionado em público pelo ex-almirante da Marinha CNO Gary Roughead?
4. Já perdemos anos que poderíamos estar usando para entendermos o fenômeno. Quais são os riscos e consequências potenciais de nossa contínua incapacidade de identificar a capacidade e a intenção dos que operam esses veículos?
5. O Comitê de Inteligência do Senado (SSCI) solicitou uma revisão abrangente de toda a inteligência dos EUA por categorias funcionais (SIGINT, HUMINT, MASINT, etc.). Quais disciplinas de coleta forneceram dados úteis e como os comitês determinarão se organizações como a CIA foram verdadeiramente acessíveis se não relataram nenhum HUMINT pertinente?
6. Até agora, todos os dados vazados envolveram dados táticos de navios e aviões. Por que deveríamos presumir que isso deveria manter nosso foco quando temos radares muito mais poderosos, como o Sistema de Alerta Antecipado de Mísseis Balísticos, que cobrem vastas regiões? É realmente plausível que aviões e navios tenham incidentes recorrentes, mas esses grandes sistemas que cobrem vastas áreas não identificaram nada durante longos períodos de tempo?
7. Sabemos que muitos sistemas de alerta de radar suprimem automática e deliberadamente a apresentação de dados que não atendem aos perfis de veículos conhecidos (por exemplo, mísseis de cruzeiro, bombardeiros, ICBMs), a fim de reduzir a desordem da tela. Como sabemos então que sistemas como o BMEWS não têm vários eventos de coleta OVNI não relatados em seus bancos de dados? Quão difícil seria para os empreiteiros que gerenciam esses sistemas pesquisarem esses bancos de dados para determinarem se eventos significativos podem ter sido coletados, mas não exibidos?
8. Sabemos indiscutivelmente a partir de documentos obtidos por meio da Lei de Liberdade de Informação (de sigla em inglês, FOIA) que houve inúmeras invasões de OVNIs nas bases ICBM (mísseis nucleares) dos EUA e em bases de bombardeiros estratégicos e instalações de produção nuclear (por exemplo, Hanford e Oak Ridge, etc.). Quantos desses incidentes o relatório confidencial revela? Se não revelar nada, qual é a credibilidade dessa conclusão?
9. A pesquisa AATIP identificou um padrão de atividade OVNI perto de instalações de armas nucleares. Também não seria difícil verificar os bancos de dados civis mantidos pela Mutual UFO Network (MUFON) e o National UFO Reporting Center para determinar se há uma quantidade incomum de atividade OVNI perto das principais bases militares. A força-tarefa atualizou o trabalho da AATIP e, em caso afirmativo, eles encontraram um padrão de atividade incomum de OVNIs em instalações nucleares próximas também?
10. O pessoal do NORAD e os registros pela FOIA indicam vários eventos extraordinários envolvendo OVNIs na América do Norte. Muitos desses incidentes levaram os aviões caças a serem enviados para tentar interceptar esses objetos. Quantos desses eventos estavam no relatório? Se poucos ou nenhum, qual a credibilidade dos dados fornecidos? Minha entrevista com o coronel Jim Cobb (USAF-Ret) no programa investigativo de TV “Unidentified” descreve um de muitos encontros desse tipo.
11. Algum aliado foi abordado e solicitado a compartilhar ou trocar dados? Nossos melhores aliados, países como Grã-Bretanha e Canadá, com os quais já temos relacionamentos de confiança e amplo compartilhamento de inteligência (FVEY), estão entre aqueles que parecem poder ter um intercâmbio lucrativo.
12. Quais serviços e comandos relataram incidentes? Sei, por meio de várias entrevistas com piloto, que pelo menos alguns grupos de transportadores da Costa Leste continuaram a ter incidentes depois de serem enviados ao Oriente Médio. O CENTCOM ou o INDOPACOM contribuíram? E quanto à Força Aérea dos EUA (USAF)? O pessoal das aeronaves AWACs compartilhou histórias, assim como pilotos de caça da USAF, operadores de torres de controle, oficiais de segurança e outros, incluindo indivíduos como o ex-astronauta Gordon Cooper. Se a USAF tinha pouco a relatar, é porque a cultura da USAF impede a divulgação de relatórios sobre OVNIs? Seria interessante fazer uma pesquisa com os pilotos da USAF e comparar os resultados com as informações fornecidas pela USAF.
13. Quantos, se houver algum incidente, OVNIs fora vistos em órbita ou subindo ou descendo da órbita?
14. Quais sistemas de sensores se mostraram mais úteis e o que isso nos diz sobre as maneiras de melhorar a coleta de dados sobre OVNIs no futuro?
15. Pelo menos um oficial aposentado do Escritório de Investigações Especiais (OSI) da USAF, Richard Doty, afirma que a USAF está secretamente investigando OVNIs e de fato está trabalhando em veículos recuperados por engenharia reversa. A Força Tarefa de OVNIs revisou os arquivos do OSI? O Congresso ou a Força Tarefa conversaram com o Sr. Doty? Se não, porque não?
16. Vários ex-oficiais da USAF envolvidos em incidentes com OVNIs relatam que foram informados pelo OSI e obrigados a assinar Acordos de Não Divulgação (de sigla em inglês, NDAs). Um exemplo ocorreu perto de Stephensville TX em 2008. Radar da FAA e 30 testemunhas civis relataram um enorme OVNI, mas quando dois pilotos de F-16 da USAF que tentaram interceptar o objeto foram entrevistados, eles disseram aos investigadores da AATIP que não poderiam discutir o assunto porque assinaram NDAs da USAF. Uma revisão completa dos arquivos OVNIs do OSI e todos os NDAs de OVNIs da USAF deve ser a principal prioridade para o Congresso e a Força Tarefa.
17. Richard Doty, ex-USAF OSI, afirma que o OSI espionou pesquisadores civis de OVNIs, até arrombando e entrando em casas e alimentando-os com desinformação. Um dos alvos proeminentes, Paul Bennewitz, um morador do Arizona, tornou-se instável e acabou cometendo suicídio. Essas atividades não são totalmente ilegais? Por que o Oficial de Supervisão Civil do Departamento de Defesa (DoD) ou o Congresso não investigou?
(Fonte)
Colaboração: Marcelino
Certamente há inúmeras outras perguntas que poderiam ser sugeridas ao Congresso dos EUA a respeito do fenômeno OVNI. Porém, quem pode dizer o que realmente está por detrás desta ação do Congresso e se os senadores irão mesmo “apertar” os militares a respeito de mais informações que não constem no vindouro relatório?
O tempo dirá.
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