Cientistas russos e europeus acompanharam quanto tempo a vida a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) influenciou a estrutura do cérebro dos astronautas. Os cientistas descobriram pequenas mudanças temporárias na quantidade de matéria branca e cinzenta nas partes frontal e posterior do cérebro. Sete meses após o retorno à Terra, essas mudanças desapareceram quase completamente, escreveram os cientistas na revista científica Science Advances.
Os pesquisadores escreveram:
Pela primeira vez, observamos como os centros de movimento e outras regiões do cérebro se adaptam à vida no espaço. Acontece que eles aumentam o volume da substância branca e mudam a natureza das conexões entre as células nervosas. Além disso, encontramos novas evidências de que as mudanças na forma e na estrutura do cérebro estão relacionadas à forma como o líquido cefalorraquidiano se comporta em gravidade zero.
Os cientistas vêm pesquisando há anos como a vida no espaço afeta a saúde e o funcionamento do sistema imunológico em humanos e animais. Por exemplo, quatro anos atrás, eles descobriram porque os astronautas em gravidade zero têm problemas de visão e também aprenderam o que fez os astronautas caírem e perderem o equilíbrio na Lua.
Cientistas descobriram recentemente que longos voos no espaço enfraquecem irreversivelmente os músculos das costas e tornam o coração redondo. Experimentos com animais também mostraram que voar para Marte pode afetar negativamente a psique e as habilidades mentais dos astronautas devido à forma como os raios cósmicos afetam as células cerebrais.
Um grupo de médicos espaciais da Rússia e da Europa liderado por um pesquisador da Universidade de Antuérpia (Bélgica), Ben Jerissen, pela primeira vez traçou como expedições de longo prazo à ISS influenciaram a micro e macroestrutura do cérebro dos astronautas.
Este estudo envolveu nove membros da tripulação da ISS que concordaram em se submeter a exames pré e pós-voo. Os astronautas foram examinados usando máquinas convencionais de ressonância magnética e sua variedade difusa, que podem medir diretamente como a estrutura do cérebro mudou em cada “pixel” tridimensional da imagem que recebem.
Cérebro, olhos e espaço
Graças a isso, os médicos pela primeira vez acompanharam as pequenas mudanças na estrutura do cérebro que levaram a grandes mudanças em seu trabalho e forma, previamente descobertas usando sistemas convencionais de ressonância magnética. Em particular, os cientistas descobriram que depois de estar na ISS, a quantidade de matéria branca e sua distribuição nos cérebros dos astronautas mudou significativamente.
A maioria dessas alterações afetou o cerebelo e as regiões anteriores do cérebro, incluindo o sulco lateral e os lobos temporal anterior e orbital-frontal do córtex, onde a quantidade de substância branca aumentou significativamente, bem como o sulco central e o córtex frontal superior, onde ocorreu o oposto.
Em geral, há mais matéria branca na parte frontal do cérebro e menos nas regiões posteriores. Os cientistas atribuem isso ao fato de os centros de movimento e outras áreas do sistema nervoso se adaptarem ao movimento e à navegação em gravidade zero e ao fato de os acúmulos de líquido cefalorraquidiano no cérebro serem redistribuídos, “flutuando”.
Ao mesmo tempo, Jerissen e seus colegas não detectaram que o tecido nervoso degenerou ou alterações irreversíveis surgiram na estrutura cerebral. A maioria dessas anomalias, com exceção de mudanças no tamanho do sulco central, desapareceu completamente aproximadamente sete meses depois dos astronautas retornarem à Terra.
Além disso, os cientistas descobriram uma possível razão pela qual muitos astronautas e cosmonautas perdem a visão durante o vôo e depois de retornar à Terra. Seus resultados mostram que esse problema está associado ao aumento do volume dos ventrículos cerebrais – cavidades especiais onde o líquido cefalorraquidiano se acumula.
Essa descoberta foi uma surpresa para os pesquisadores, já que estudos anteriores indicaram que mudanças na pressão e na posição dos nervos dentro dos olhos eram a causa dos problemas de visão, ao invés de anormalidades em outras áreas do cérebro. Para entender qual das duas teorias está mais perto da verdade, mais observações irão ajudar, Jerissen e seus colegas esperam.
(Fonte)
…E não esqueça: Nossa página principal é atualizada diariamente, com novos artigos podendo ser publicados ao longo do dia. Clique aqui.
ATENÇÃO: Qualquer artigo aqui publicado serve somente para cumprir a missão deste site. Assim, o OVNI Hoje não avaliza sua veracidade totalmente ou parcialmente.
IMPORTANTE: Se puder, colabore para manter o OVNI Hoje no ar. Cada doação, por menor que seja, é crucial para manter este espaço de informação e conhecimento disponível para todos os interessados. Ao utilizar o QR code do PIX abaixo ou a chave PIX “OVNIHoje” (sem aspas), você está desempenhando um papel fundamental na sustentação deste site.
As doações não são apenas um ato de generosidade, mas também uma demonstração do seu compromisso em apoiar o compartilhamento de informações relevantes e o crescimento da comunidade interessada em assuntos tão fascinantes, possibilitando a continuação das pesquisas, análises e publicações que enriquecem nosso entendimento.
Seja parte deste movimento contínuo em prol do conhecimento. O OVNI Hoje e seus leitores agradecem sinceramente por seu apoio dedicado.
Agradecimentos aos colaboradores do mês!
Muito obrigado!
ÁREA DE COMENTÁRIOS
(Mais abaixo…👇)
ATENÇÃO:
-Os comentários são de responsabilidade única e exclusiva de cada pessoa que comenta, portanto aja com responsabilidade.
-O OVNI Hoje não se responsabiliza por transtornos, rixas ou quaisquer outras disposições causadas pelos comentários.
-Comente educadamente e com ética, sempre tratando seu colega de comentários como você mesmo queira ser tratado.
-Comentários com “pregação” política ou religiosa, obsceno ou inapropriado serão prontamente apagados.
-Se não concordar com o que foi escrito por outros colega e quiser fazer um contraponto, limite-se a defender seu ponto de vista sem ataques pessoais. Aqueles que fizerem comentários com ataques pessoais diretos ou indiretos a outros participantes serão banidos.
-AJUDE NA MODERAÇÃO JUSTA DA ÁREA DE COMENTÁRIOS: Como pode ser visto na foto abaixo, no canto superior direito de cada comentário há uma pequena bandeira que, quando clicada, marca um comentário como “inapropriado“. Utilize-o com responsabilidade para alertar os moderadores sobre alguém que não esteja seguindo as regras da área de comentários.
-O respeito mútuo é essencial para bom andamento da área de comentários. Evite ser banido.
-O USUÁRIO QUE TENTAR DESOBEDECER AS REGRAS ACIMA SERÁ BANIDO, SEM RECURSOS.