Nick Redfern nos traz mais informações mostrando como as agências governamentais lidam com o fenômeno OVNI.
Maio de 2006 foi a data em que uma revelação notável do tipo OVNI apareceu. Ela demonstrou que o Ministério da Defesa do Reino Unido tem um interesse notável (e secreto) em raios e plasmas globulares – e potencialmente usá-los como armas, nada menos.
Foi uma revelação que fez com que pesquisadores de OVNIs de todo o mundo se levantassem e ficassem de olhos e ouvidos abertos. Por vários anos, foi divulgado, o Ministério da Defesa do Reino Unido vinha trabalhando secretamente em um programa OVNI. Devo deixar claro, no entanto, que não era o tipo de projeto que tinha alienígenas mortos e OVNIs acidentados – como Roswell – em seu coração. De fato, não tinha nada a ver com essas coisas. No entanto, a divulgação foi impressionante, mesmo assim.
Entre 1996 – quando a operação começou – e fevereiro de 2000, quando o projeto foi concluído, o Ministério da Defesa investigavou cuidadosamente e silenciosamente o quebra-cabeça dos OVNIs. O título oficial do programa era Fenômenos Aéreos Não Identificados na Área de Defesa Aérea do Reino Unido. Não oficialmente, recebeu o nome bem menos extenso de Project Condign.
Foi devido à Lei de Liberdade de Informação do Reino Unido que o relatório veio à tona – e graças às investigações dos pesquisadores de OVNIs, Dr. David Clarke e Gary Anthony. A dupla trabalhou duro para tentar divulgar o relatório. Esse trabalho acabou valendo a pena. O relatório de 465 páginas foi fascinante.
Apesar do fato de o Ministério da Defesa sempre ter dito que manteve muito pouco interesse em OVNIs, a enorme extensão e profundidade do relatório mostraram que isso era, no mínimo, um mal-entendido. Ou, no outro extremo, uma mentira descarada. Um grande foco foi colocado no autor do relatório. Seu nome permaneceu escondido atrás de portas fechadas por alguns anos. Mas, nada fica escondido para sempre. E isso se aplica aqui. O homem idoso era o Dr. Ron Haddow.
Em 2006, Haddow escreveu um romance de aventura intitulado No Weapon Forged, o qual foi revisado no mesmo ano por John Nicholls, que estava escrevendo para a Testimony Magazine. Em parte, Nicholls observou que Haddow “passou a parte inicial de sua vida na Força Aérea Real, tanto em voo quanto no teste do primeiro equipamento digital aéreo a entrar no serviço da RAF. Seu trabalho mudou para o ensino de radar, guerra eletrônica, defesa aérea e armas guiadas, com especial referência à guerra no Oriente Médio.” Nicholls ainda relatou que Haddow, “continuou em pesquisa e projeto de equipamentos, e mais tarde se tornou consultor sênior de um grupo de consultoria industrial da OTAN sobre futuras defesas …” Sem dúvida, esse é um conjunto impressionante de trabalhos.
Durante anos, a comunidade de pesquisa de OVNIs do Reino Unido procurou descobrir quem foi que escreveu o Projeto Condign. Uma boa amiga minha, Irene Bott, quase chegou ao cerne desse mistério no final dos anos 90.
De 1996 a 2000, Irene dirigiu o Staffordshire UFO Group, no Reino Unido. Em um dia em particular, enquanto eu estava na casa de Irene, ela ligou para o Ministério da Defesa (MoD). O objetivo era indagar sobre um incidente de OVNIs que ela estava investigando na época.
Por razões que ainda permanecem totalmente obscuras até hoje, Irene foi transferida pelo operador do MoD que respondeu à sua chamada não para a ‘escritório de OVNIs’ do MoD que Nick Pope executava anteriormente, mas para ninguém menos que Ron Haddow.
A documentação agora em domínio público mostra que Haddow e seus colegas estavam profundamente preocupados com esse erro espetacular. O fato de Haddow ter conversado com Irene quase não impressionou o Ministério da Defesa, como mostram os documentos agora desclassificados da conversa entre Haddow e Bott. Por todos os relatos, a coisa toda causou um grau razoável de preocupação dentro do Ministério da Defesa. E para Haddow também.
Apenas mais um dia no mundo estranho e cheio de intrigas de OVNIs e governo.
(Fonte)
O que sabemos sobre o fenômeno OVNI mantido por detrás das portas dessas agências governamentais “não chega a ser a fibra de algodão da camiseta no fundo do umbigo daquele deles que sabe menos”.