Cientistas usam a física para entender o mistério da consciência

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Um estudo internacional envolvendo físicos da Monash University confirmou uma nova abordagem para medir a consciência, potencialmente mudando nossa compreensão de problemas neurológicos complexos.

O estudo publicado em 6 de junho passado na Physical Review Research descreve como as ferramentas da física e da teoria da complexidade foram usadas para determinar o nível de consciência nas moscas da fruta.

O autor do estudo, Dr. Kavan Modi, da Escola de Física e Astronomia da Monash University, disse:

Esse é um grande problema na neurociência, onde é crucial diferenciar entre pacientes vegetativos que não respondem e aqueles que sofrem de uma condição na qual um paciente está ciente, mas não pode se mover ou se comunicar verbalmente devido à paralisia completa de quase todos os músculos voluntários do corpo.

A equipe de pesquisa, que inclui o Dr. Modi, candidato a PhD Roberto Muñoz, também da Escola de Física e Astronomia, e o professor associado de psicologia da Monash, Nao Tsuchiya, encontraram uma maneira de medir o nível de excitação consciente das moscas da fruta usando sinais complexos produzidos pelo cérebro.

O Dr. Modi disse:

Nossa técnica nos permite distinguir entre as moscas anestesiadas e as que não o foram, calculando a complexidade do tempo dos sinais.

O estudo é significativo porque destaca uma maneira objetiva de medir a excitação consciente, com base em ideias bem estabelecidas da teoria da complexidade.

Ele é potencialmente aplicável aos seres humanos – e reflete um interesse crescente em novas teorias de consciência que são testáveis ​​experimentalmente.

A equipe de pesquisa estudou os sinais cerebrais produzidos por 13 moscas da fruta, quando estavam acordadas e anestesiadas. Os cientistas então analisaram os sinais para ver quão complexos eles eram.

Modi ainda informou:

Descobrimos que a complexidade estatística é maior quando uma mosca está acordada do que quando a mesma mosca é anestesiada.

Isso é importante porque sugere uma maneira confiável de determinar o nível de excitação consciente, tocando em uma pequena região do cérebro, em vez de em muitas partes do cérebro.

Isso também sugere que existe um marcador claro de excitação consciente que não depende de estímulos externos específicos.

Os pesquisadores concluíram que a aplicação de uma análise semelhante a outros conjuntos de dados, em particular os dados de EEG humano, poderia levar a novas descobertas sobre a relação entre consciência e complexidade.

(Fonte)


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