Uma tentativa bizarra de se comunicar com a vida inteligente na Terra antes de alcançarmos as estrelas envolveu golfinhos.
A NASA financiou uma tentativa de se comunicar com alienígenas usando um experimento bizarro que envolveu ficar íntimo e dar drogas aos golfinhos nos anos 60.
Malcolm Brenner ganhou as manchetes em 2010, quando confessou ter tido um caso apaixonado de sete meses com uma golfinho fêmea.
Não era apenas sexo, ele insistiu, a golfinho o entendia. Ele achava que os golfinhos não eram menos inteligentes que os humanos e que era possível encontrar uma linguagem compartilhada.
Ele não é a primeira pessoa a tentar encontrar uma linguagem comum com os mamíferos aquáticos de cérebro grande.
O neurocientista americano, Dr. John Lilly, ficou fascinado com os animais brincalhões e responsivos e, em 1961, publicou um livro best-seller chamado Man and Dolphin (Homem e Golfinho), que documentava suas tentativas de ensinar inglês a um golfinho.
Seus experimentos de comunicação intra-espécies atraíram a atenção de Frank Drake, astrônomo e astrofísico americano, que sonhou com a famosa equação estimando quantas civilizações alienígenas poderiam existir em nossa galáxia.
Drake, que é reverenciado pelos entusiastas de OVNIs como pai do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence/Procura por Inteligência Extraterrestre), disse:
Eu li o livro dele e fiquei muito impressionado.
Era um livro muito empolgante, porque tinha essas novas ideias sobre criaturas tão inteligentes e sofisticadas quanto nós, e ainda vivendo em ambientes bem diferentes.
Drake via Lilly como uma pessoa com a mesma opinião que poderia ajudar o SETI a construir um kit de ferramentas para aprender idiomas alienígenas.
Drake disse sobre ele e Lilly:
Queriam entender o máximo que pudéssemos sobre os desafios de se comunicar com outras espécies inteligentes.
O apoio de Drake fez com que Lilly conseguisse obter apoio financeiro da NASA para seu trabalho.
Um dia, talvez daqui a 100 anos, talvez amanhã, os humanos encontrarão alienígenas inteligentes pela primeira vez. E quando isso acontecer, a primeira barreira que teremos que superar é encontrar uma linguagem na qual possamos conversar.
A maioria das línguas que existem atualmente na Terra tem pelo menos algumas coisas em comum. Os sons que usamos, a ideia da gramática. Pode ser difícil aprender um novo idioma, mas é possível. Afinal, todos nós temos os mesmos corpos.
Mas alienígenas não terão de forma alguma os mesmos corpos que nós*.
*[Essa é uma presunção científica que pode ser completamente errada. A probabilidade de muitas espécies de alienígenas terem a mesma constituição física que nós é enorme.]
A NASA viu Lilly como a chave para dar o salto linguístico para conversar com um indivíduo com fisiologia totalmente diferente da nossa.
Mas Lilly era muito mais do que apenas um tradutor.
Lilly, junto com sua parceira Margaret Howe Lovatt, usou o dinheiro da NASA para construir um novo laboratório onde os humanos pudessem compartilhar um espaço com os golfinhos.
Lovatt passou muito tempo com um jovem golfinho macho chamado Peter, que parecia ter muito interesse nela.
Ela disse:
Ele estava muito, muito interessado na minha anatomia. Se eu estivesse sentada aqui e minhas pernas estivessem na água, ele vinha e olhava a parte de trás do meu joelho por um longo tempo. Ele queria saber como aquilo funcionava e eu fiquei tão encantada com isso.
Esse charme acabou se transformando em intimidade física e, de acordo com um perfil notório publicado na revista Hustler, Lovatt dedicou-se a dar alívio sexual a Peter sempre que ele se excitava sexualmente demais para participar de seus experimentos.
Ela disse:
Era mais fácil incorporar isso e deixar acontecer.
Isso apenas se tornaria parte do que estava acontecendo, como uma coceira, basta livrar-se dessa questão e nós terminávamos e seguíamos em frente.
Não foi sexual da minha parte. Talvez sensual.
Pareceu-me que estreitou o vínculo. Não por causa da atividade sexual, mas por falta de ter que continuar interrompendo o processo. E isso é realmente tudo. Eu estava lá para conhecer Peter. Isso fazia parte de Peter.
Enquanto isso, Lilly administrou experimentalmente outros dois golfinhos com LSD para ver se o efeito psicodélico da droga os ajudaria a se comunicar. Lovatt impediu que Lilly desse o ácido a Peter.
Mas Frank Drake havia enviado Carl Sagan, um jovem astrônomo que trabalhava para ele e que, com o tempo, se tornaria internacionalmente famoso por si só, para ver como estava sendo gasto o dinheiro da NASA.
Esse foi o começo do fim das experiências de Lilly e Lovatt. Não muito tempo depois que Sagan retornou a Frank Drake, a NASA cortou o financiamento.
Logo após ser separado de Lovatt, Peter se afogou em um aparente suicídio. Os golfinhos precisam subir à tona regularmente para respirar e ele pareceu deliberadamente ficar submerso até se afogar.
Lovatt disse:
Ele não ia ser infeliz, ele apenas se foi. E tudo bem.
No final, a primeira mensagem deliberada para extraterrestres se assemelhava a um videogame básico mais do que “cliques” no sonar de um golfinho.
A Mensagem de Arecibo, como foi chamada, foi projetada por uma equipe liderada por Drake e Sagan.
A mensagem de três minutos transmitida para o aglomerado de estrelas M13, na constelação de Hércules, mostrava várias imagens emendadas de humanos, uma fita de DNA e um radiotelescópio.
Levará 25.000 anos para que a mensagem chegue às estrelas e pelo menos outros 25.000 anos para obter qualquer resposta. De fato, o núcleo do M13 não estará mais nesse local quando a mensagem lá chegar.
Houve uma ‘resposta’ falsa desenhada em um agroglifo em Hampshire em 2001, mas a resposta real (se houver) deve ser recebida em pouco menos de 50.000 anos.
Quem sabe como serão os humanos – ou golfinhos – até lá?
(Fonte)
Muito dinheiro é desperdiçado em experimentos que não levarão a nada. Se somente uma fração dessas quantias fosse gasta para tentar comunicação com os objetos voadores não identificados que voam livremente em nossos céus, provavelmente muito progresso já teria sido feito.
Uma pena que, apesar de todas as provas já apresentadas, os cientistas ainda se negam a admitir que estamos sendo visitados por uma inteligência superior.
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