“A vida extraterrestre pode já ter nos visitado”, diz astrônoma da Universidade da Virgínia (EUA)

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Não é todo dia que encontramos um(a) cientista que admite abertamente que é possível que extraterrestres visitem a Terra. Temendo que sejam ridicularizados, a maioria dos cientistas evita discutir visitas extraterrestres e avistamentos de OVNIs.

Felizmente, ainda existem alguns pesquisadores de mente aberta que pensam que devemos investigar todas as possibilidades ao lidar com a busca por formas de vida alienígenas avançadas.

Alguns avistamentos de OVNIs não podem ser descartados ou explicados facilmente…

A astrônomo da Universidade da Virgínia, Kelsey Johnson, escreveu recentemente um comentário sobre alienígenas para a Scientific American e respondeu algumas perguntas relevantes sobre a vida extraterrestre.

Aqui está o que ela tem a dizer sobre alienígenas e avistamentos de OVNIs em uma entrevista à Universidade da Virgínia:

A professora de astronomia Kelsey Johnson escreveu recentemente um comentário sobre alienígenas para a Scientific American. Foto: Dan Addison / University Communications

Pergunta – Há uma longa história de avistamentos de OVNIs e abduções de seres humanos por alienígenas. Algumas pinturas rupestres antigas parecem representar OVNIs e alienígenas. Você acha que é possível que tenhamos sido visitados por alienígenas?

Resposta – “Possível” é uma palavra carregada de uma perspectiva científica. Não temos nenhuma evidência científica de que a vida E.T. não visitou a Terra, com certeza, é possível.

Mas há apenas alguns casos investigados que não têm outras explicações possíveis e mais plausíveis. Mas esses poucos são altamente intrigantes.

Um caso em particular que chamou a atenção das pessoas é um famoso caso não resolvido da Inglaterra em 1956, conhecido como o ‘Incidente de Lakenheath-Bentwaters‘. Um dos motivos pelos quais esse incidente chamou atenção foi o fato de ter sido testemunhado pela Força Aérea dos EUA e pela Força Aérea Real.

O registro oficial inclui avistamentos visuais de fenômenos aéreos e contato de radar. Embora seja tentador tirar conclusões precipitadas, apenas porque não sabemos o que era, não significa que era vida extraterrestre.

Manter uma mente aberta é essencial para o progresso científico, mas esse progresso também exige que as alegações possam ser falsificadas ou verificadas.

Infelizmente, praticamente nenhum dos avistamentos de vêm com uma preponderância de evidências testáveis. Mas, como cientista, tenho que reconhecer que a vida extraterrestre poderia ter visitado a Terra. Alguns dos casos não resolvidos podem ser genuínos e não podemos descartar isso.

Pergunta – Viajando na velocidade da luz, levaria 4,24 anos para alcançar Proxima Centauri, a estrela mais próxima de nosso sistema solar. Não podemos viajar tão perto assim tão rápido. Como os alienígenas chegariam aqui de um planeta próximo, muito menos de outra galáxia, mesmo que pudessem viajar na velocidade da luz?

Resposta – Bem, a chave é que não podemos fazer isso agora. Só temos aviões há pouco mais de um século. Cinquenta anos depois – em uma única geração – estávamos indo para o espaço. Eu não acho totalmente louco pensar que em mais algumas gerações poderemos ter desenvolvido tecnologia para viajar a, digamos, 1/100 da velocidade da luz. Isso é ‘apenas’ cerca de 500 vezes mais rápido do atual recorde de veículo aéreo.

Se a vida extraterrestre for milhões de anos mais avançada do que nós, duvido que essa distância represente um obstáculo muito maior do que, por exemplo, a expedição da Lewis & Clark. Mas mesmo a uma velocidade de 1/100 da velocidade da luz, levaria mais de 400 anos para chegar ao Proxima Centauri. Quatrocentos anos certamente parece muito tempo para os seres humanos, mas por que deveríamos esperar que a fisiologia ou expectativa de vida extraterrestre seja ser algo como a nossa?

Mesmo na Terra, temos animais aquáticos, como um tipo de esponja marinha, com milhares de anos de vida, e acredita-se que certos tubarões e tartarugas tenham vivido por mais de 200 anos.

Não achamos que essas espécies estejam prestes a construir naves espaciais e seguir para as estrelas, mas o ponto é que pensar em uma vida biológica ‘padrão’ em termos humanos não faz sentido no cosmos. Também temos essas criaturas espetaculares, os tardígrados (ou ursos d’água), que podem entrar em um estado criptobótico e permanecer inativos por décadas.

A criogenia pode parecer ficção científica agora, mas centenas de pessoas que investiram nesse avanço já estão congeladas, em suspensão criogênica.

Dado o interesse comercial por essa tecnologia, novamente, não acho loucura pensar que, dentro de algumas gerações, a descobriremos.

Pergunta – Se os alienígenas têm a tecnologia para viajar distâncias extremas, por que eles chegariam a uma civilização primitiva como a nossa?

Resposta – Isso está entrando no reino da psicologia alienígena, que é um território praticamente desconhecido. Se presumirmos que eles têm motivações semelhantes às nossas, podemos conjeturar.

Estatisticamente falando, qualquer vida extraterrestre que poderia nos visitar provavelmente será milhões de anos mais avançada do que nós. Nesse caso, podemos merecer a atenção deles, como uma formiga na calçada.

Ou talvez eles sejam benevolentes e estejam fazendo check-in para ver como estamos indo.

Ou eles são curiosos, e nós somos um experimento científico que eles estão verificando.

Se tal vida extraterrestre – milhões de anos mais avançada do que a nossa – está visitando, duvido que suas intenções sejam hostis, ou já estaríamos destruídos.

Pergunta – Você acha que os humanos algum dia desenvolverão as tecnologias para se tornarem alienígenas em planetas além do nosso sistema solar?

Resposta – Eu ficaria chocado se não visitarmos outros planetas – se sobrevivermos como uma espécie por tempo suficiente para nos tornarmos tecnologicamente avançados.

A história da humanidade está repleta de exemplos de pessoas realizando migrações perigosas devido à superpopulação, recursos limitados, ganância, perseguição, conflitos religiosos etc. Para melhor ou pior, essa necessidade de colonizar parece estar ligada ao nosso comportamento coletivo.

Pergunta – Você tem esperança de que a civilização humana prospere o tempo suficiente para desenvolver uma tecnologia de viagens espaciais profundas e preencher outras áreas do universo?

Resposta – Essa pergunta nos leva diretamente ao âmago do Paradoxo de Fermi: por que nossa galáxia aparentemente não está cheia de vida?

Existem várias resoluções possíveis para essa questão, a maioria das quais acho deprimente.

Um possível e profundo aviso embutido no ‘paradoxo’ é que qualquer civilização que se torne tecnologicamente avançada está condenada o suficiente irá se destruir. Nos meus dias mais pessimistas, tenho a tendência de me preocupar que essa é a resposta correta.

Mas, se pudermos sobreviver à nossa adolescência tecnológica, acho que a criatividade, a bravura e a perseverança humanas nos obrigarão a viajar para lugares distantes da galáxia.

Pergunta – Até descobrirmos alienígenas aqui, ou eventualmente nos tornarmos alienígenas em outros lugares, o que devemos fazer na Terra com o que temos aqui e agora?

Resposta – Eis o seguinte: somos literalmente feitos de poeira estelar, o que significa que somos o próprio universo sensibilizado. E até onde sabemos agora, somos a única espécie no universo capaz de tentar entender esse grande cosmos. Na minha opinião, isso realmente nos dá um conjunto de responsabilidades éticas – não apenas para sobreviver, mas para cuidar do nosso planeta, e um do outro e a nós mesmos.

Eu acho que isso também nos dá a responsabilidade de aprender e tentar entender o máximo possível sobre nós mesmos e nosso universo.

(Fonte)


Parece que, embora lentamente, a comunidade científica está se abrindo para a vida extraterrestre.

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