Os cientistas determinaram que o oceano de Europa, uma das luas de Júpiter, pode ser mais parecido com os oceanos da Terra do que se pensava anteriormente.
A descoberta foi feita usando o instrumento STIS (Imaging Spectrograph, Espectrógrafo de Imagens) do Telescópio Espacial Hubble para detectar a ‘assinatura espectral’ do sal irradiado na superfície da Lua de Júpiter.
Embora as espaçonaves Voyager e Galileo da NASA tivessem detectado anteriormente a presença de sal em Europa, acreditava-se que se tratava de um composto à base de sulfato de magnésio em vez de cloreto de sódio.
Samantha Trumbo, uma cientista planetária e principal autora do estudo, disse:
Ninguém tomou espectros de comprimento de onda visível de Europa antes que tivessem esse tipo de resolução espacial e espectral.
A espaçonave Galileo não tinha um espectrômetro visível. Ela tinha apenas um espectrômetro de infravermelho próximo e, no infravermelho próximo, os cloretos não têm características.
Embora a descoberta não seja uma garantia de que o oceano de Europa esteja cheio de sal de mesa, o cloreto de sódio detectado na superfície está situado em regiões onde o gelo da superfície se rompeu, sugerindo que pode estar se infiltrando da água abaixo.
Trumbo ainda disse:
O sulfato de magnésio simplesmente teria vazado para o oceano a partir de rochas no fundo do oceano, mas o cloreto de sódio pode indicar que o fundo do oceano é hidrotermicamente ativo.
Isso significaria que Europa é um corpo planetário geologicamente mais interessante do que se acreditava anteriormente.
(Fonte)
Esta é mais uma indicação que o oceano existente abaixo da crosta de gelo da lua Europa possa ter algum tipo de vida, mesmo que seja microbiana. Na próxima década uma sonda será enviada até Europa para ver se há fósseis em sua superfície. Mas será que irão mesmo revelar abertamente os resultados?