Não é nenhum segredo que os asteroides podem conter quantidades significativas de metais preciosos.
* Conteúdo da matéria ainda necessitando informações adicionais ou provas mais concretas para constatar a veracidade dos fatos, mesmo se vindo de fontes fidedignas. (Missão do OVNI Hoje)
De fato, por algumas medidas, é razoável concluir que grande parte do estoque privado de metais valiosos da Terra – especialmente o tungstênio – veio de impactos passados, onde objetos do espaço colidiram com a Terra. Por isso, muitos concluem que as perspectivas futuras de mineração de asteroides no espaço por seu valioso estoque metálico são promissoras.
Isto é, se o próximo asteroide que colidir com a Terra não destruir toda a vida como a conhecemos em primeiro lugar.
Embora esta afirmação possa soar alarmista, é uma preocupação muito legítima e que deve ser considerada por duas razões principais: 1) tais impactos ocorreram no passado, e inevitavelmente ocorrerão novamente, e 2) alguns eventos de impacto no passado causou devastação generalizada e até extinções em massa.
No entanto, impactos diretos nem são necessários para que haja devastação generalizada. Apesar disso, pode-se argumentar que a coisa mais alarmante sobre os asteroides e seus perigos potenciais é que a humanidade ainda está maciçamente sub-equipada para lidar com tal ameaça.
Recentemente foi reportado sobre uma explosão no ar, sobre o Mar de Bering, que ocorreu no final de 2018, a qual passou despercebida devido à sua localização remota. Apesar disso, o meteoro liberou cerca de 10 vezes mais energia do que as explosões atômicas que nivelaram Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial.
Como reportado, foi a maior explosão no ar desde que outro meteoro invadiu a atmosfera em Chelyabinsk, na Rússia, há seis anos, e a segunda maior nos últimos 30 anos.
Na época do evento de Chelyabinsk, a NASA e outras agências espaciais estavam observando a passagem de outro objeto espacial próximo à Terra, um asteroide chamado 2012 DA14, que voou a cerca de 28.000 km da Terra. A maioria das evidências aponta para o fato dos dois eventos não estarem relacionados (embora seja importante notar que um especialista aeroespacial com quem falei em condições de anonimato na época me disse que achava difícil acreditar que os dois eventos fossem totalmente não relacionados).
Estivessem ou não relacionados os eventos, muitos levantaram a questão de porque, se um objeto já estava sendo rastreado pela NASA, não havia nenhum aviso prévio sobre o meteoro de Chelyabinsk. Escrevendo para o Skeptical Inquirer em 2013, David Morrison, Alan Harris e Mark Boslough observaram:
Com um diâmetro de cerca de vinte metros… o impactador de Chelyabinsk era menor do que a maioria dos asteroides detectados pelos telescópios da NASA Spaceguard Survey, que se concentra em encontrar asteroides de cerca de cem metros ou maiores.
É claro que não seria necessário um objeto espacial de 100 metros ou mais para causar devastação generalizada. Talvez a melhor evidência para isso seja o famoso incidente de 1908 em Tunguska, que envolveu um objeto que foi estimado ter apenas 120 metros de diâmetro, e que conseguiu destruir 800 quilômetros quadrados de floresta na remota Sibéria, achatando 80 milhões de árvores, de acordo aos dados da NASA.
Conforme observado no site da agência espacial:
Estima-se que o asteroide entrou na atmosfera da Terra, viajando a uma velocidade de cerca de 33.500 milhas por hora (54.000 km/h). Durante seu mergulho rápido, a rocha espacial de 220 milhões de libras (997 milhões de kilos) aqueceu o ar em torno dela para 44.500 graus Fahrenheit (24.700 graus Celsius). Às 7h17 da manhã (hora local da Sibéria), a uma altura de cerca de 28.000 pés (8.500 metros), a combinação de pressão e calor fez com que o asteroide se fragmentasse e se aniquilasse, produzindo uma bola de fogo e liberando energia equivalente a cerca de 185 bombas de Hiroshima.
Junto com o fato de que os asteroides menores do que aqueles na faixa de fácil detecção podem ser devastadores, é o fato de que eles não podem ser facilmente destruídos. Charles El Mir, Ph.D. do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Johns Hopkins, descreveu o problema em um artigo recente, no qual ele e seus colegas descobriram que modelos anteriores de computadores, usados para determinar a facilidade com que um asteroide quebraria, estavam desatualizados. Ao empregar um novo modelo de computador conhecido como modelo Tonge-Ramesh (nomeado em parte por um de seus colegas, KT Ramesh, diretor do Hopkins Extreme Materials Institute), o grupo conseguiu calcular processos mais detalhados que determinam o que acontece quando um asteroide colide com outro objeto.
El Mir escreveu:
Costumávamos acreditar que quanto maior o objeto, mais facilmente ele se quebraria, porque objetos maiores têm maior probabilidade de ter falhas. Nossas descobertas, no entanto, mostram que os asteroides são mais fortes do que costumávamos pensar, e exigem mais energia para serem completamente destruídos.
Não que alguém tenha dito que seria fácil destruir um asteroide potencialmente letal, embora saber o quão resiliente eles possam ser não é muito reconfortante. Felizmente, o que é reconfortante é o das ameaças detectáveis de asteroides atualmente conhecidas pela NASA, nenhuma delas representando qualquer perigo direto para a Terra no próximo século.
Então, no mínimo, podemos ter algum tempo para trabalhar nesses problemas antes que qualquer evento no estilo Armagedom se torne uma ameaça iminente. No entanto, as evidências mostram que mesmo asteroides menores – colidindo ou não diretamente com a Terra – também podem ser problemáticos.
A hora de agir é agora, se esperamos desenvolver métodos confiáveis de detecção e interceptação de asteroides e outros objetos espaciais que possam representar um perigo para o futuro da humanidade.
(Fonte)