Na segunda-feira, 9 de setembro, um asteroide de cerca de 40 metros de diâmetro pode atingir a Terra a 44.000 quilômetros por hora.
Em caso de impacto, este asteroide pode causar um devastação semelhante ao suposto asteroide que caiu em 1908 em Tunguska (Sibéria), que varreu uma superfície de 2.000 km quadrados, equivalente a um disco de 50 km em diâmetro, e derrubou 80 milhões de árvores.
Ettore Perozzi, da Agência Espacial Italiana (ASI) explica:
Com os dados que temos agora, a probabilidade de impacto é equivalente a sermos atropelados por um trem se cruzarmos uma ferrovia sem olhar, sem poder ver ou ouvir se o trem vem, mas sabendo que ele passa a cada quinze horas. Você passaria?
Esta probabilidade é atualmente estimada em 1 de 11.428.
2006 QV89, como é oficialmente chamado, ocupa o número 7 na lista dos asteroides potencialmente mais perigosos para a Terra nos próximos cem anos. Esta lista identificou neste momento 816 asteroides com uma probabilidade de impacto diferente de zero, que representam 4% dos 19.560 asteroides próximos da Terra conhecidos no momento.
O risco de cada asteroide é estimado a partir da Escala de Palermo, que leva em conta o tamanho de cada astro, a probabilidade de impacto e o tempo que resta até a possível colisão.
A lista é encimada por uma rocha de apenas 9 metros de diâmetro, mas com uma probabilidade de impacto de uma de 16, no ano de 2095. Você cruzaria os trilhos cegamente, sabendo que um trem passa a cada 80 segundos?
No caso do 2006 QV89, explicou Rüdiger Jehn, diretor do Departamento de Defesa Planetária da ESA:
Agora está muito longe para ver e calcular sua órbita com mais precisão. A partir de julho, poderemos observar novamente com telescópios de 8 metros. Então saberemos se há risco de impacto ou se não envolve risco algum. Se ele vier até nós, ainda teremos dois meses para calcular a região onde ele cairá e nos prepararmos.
Asteroides que mais preocupam os astrônomos não são aqueles de algumas dezenas de metros como o 2006 QV89, os quais podem causar sérios danos se caírem em áreas povoadas, mas tem 70% de chance de cair no mar ou, no pior caso, causariam danos limitados a uma pequena região geográfica.
Rolf Densing, diretor do Centro Europeu de Operações Espaciais, com sede em Darmstadt, disse:
A questão não é se um asteroide atingirá a Terra, mas quando isso acontecerá.
(Fonte)
Gosto muito de publicar essas notícias, pois serve como um tipo de “exorcismo” para que nada aconteça.