O artigo abaixo foi escrito por David Swanson, e trata da questão muito debatida hoje em dia a respeito das mudanças climáticas do nosso planeta e o que poderia ser a forma com que a raça humana encontraria seu final.
Embora este assunto não tenha relação direta aos OVNIs e extraterrestres, muitos investigadores afirmam que essas entidades de fora do nosso planeta se preocupam com a maneira que a raça humana se comporta, pois o que acontece aqui, como um efeito dominó, poderia afetar também outros âmbitos fora da Terra.
Proclamar o fim já se tornou o trabalho de pessoas que não tem nada a ver com os devotos religiosos iludidos. E a questão formulada por Robert Frost sobre se o mundo terminará em fogo ou gelo não está mais em disputa. O mundo logo acabará em fogo, possivelmente o fogo das armas nucleares “usáveis” do Pentágono, mas certamente o fogo do colapso climático antropogênico. Não só o mundo não terminará em gelo, mas o desaparecimento do gelo da Terra está ajudando a rapidamente tornar este planeta inabitável para os seres humanos e muitas outras espécies.
Conforme observamos de perto no novo livro de Dahr Jamail, “The End of Ice: Bearing Witness and Finding Meaning in the Path of Climate Disruption ” (“O Fim do Gelo: Testemunhando e Encontrando Significado no Caminho do Rompimento do Clima” – título em tradução livre), grandes massas de gelo estão derretendo. O Glacier National Park em breve não terá geleiras. A Groenlândia, aquela terra coberta de gelo falsamente rotulada de verde e distorcida pelo “preconceito” do norte para parecer maior que a África na maioria dos mapas ocidentais, está sendo transformada em algo que você pode borrifar através de uma mangueira. . . O gelo que a maioria de nós nunca viu, mas do qual dependem nossas vidas, está desaparecendo, não apenas rapidamente, mas a um ritmo que está constantemente se tornando mais rápido, e ainda mais rápido e mais rápido ainda.
O permafrost no Ártico, segundo Jamail, está descongelando e liberando metano, e pode a qualquer momento liberar metano equivalente a várias vezes o total de dióxido de carbono liberado pelos humanos. Com exceção dessa catástrofe, os ciclos viciosos são reais e subestimados. Quando as geleiras derretem, os riachos esquentam ou secam, os ecossistemas colapsam, as florestas queimam e as geleiras derretem mais. Em 2015, as florestas na Califórnia se tornaram poluidoras climáticas, em vez de redutores de CO2. Jamail considera que todos os piores cenários previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (de sigla em inglês, IPCC) em relação à temperatura, nível do mar, clima severo e CO2 na atmosfera ficaram aquém do real. De fato, Jamail explica por que o IPCC é geralmente não apenas excessivamente conservador, mas 10 anos desatualizado. Esse número coloca o relatório do IPCC no final de 2018, alegando que a humanidade tinha 12 anos para mudar seus modos e evitar o desastre, antes que seja tarde demais.
Embora o relatório do IPCC tenha sido publicado depois que Jamail escreveu o “The End of Ice“, ele pode adicionar pouca perspectiva a um livro que analisa nosso estado de coisas com muito mais clareza. No entanto, o fato de eu estar escrevendo esta resenha meses antes do livro e esta revisão serem publicados, me parece um tanto obsceno. O que é um quarto de ano, de qualquer forma, para esperar para publicar uma crítica boba? Bem, é um oitavo dos dois anos que podemos concluir que nos resta para trabalharmos. Mas isso estaria se apegando à fantasia. Não há como evitar um desastre total. Ainda há urgência. A necessidade é trabalhar para desacelerar o colapso e mitigar seus impactos e fornecer ajuda uns aos outros à medida que isto nos atinge.
O livro “The End of Ice” nos leva a um passeio pelas magníficas e criticamente feridas áreas da Terra, começando no Alasca no Denali, que está mudando – derretendo – dramaticamente. Em muitos dos locais que Jamail nos leva, as pessoas observaram o aquecimento por décadas. Muitas pessoas no mundo ‘desenvolvido’, Jamail sugere, não têm estado conectadas o suficiente a um lugar para perceberem – pelo menos até agora, quando é tarde demais.
Enquanto Jamail viaja pelo planeta, ele se encontra com os principais cientistas, autoridades locais e outros observadores do que está acontecendo. Um ponto de vista sobre o Alasca é estar fora de vista e fora da mente:
Se isso estivesse acontecendo na Califórnia, cada uma dessas mudanças seria notícia de primeira página. É por isso que você não faz ideia de que as geleiras do Alasca estão perdendo cerca de 75 bilhões de toneladas de gelo todos os anos.
É claro que essa é uma explicação muito parcial do negacionismo, que, por definição, consistiu em negar algo, não em não ter consciência disso. A notícia tem sido indesejada, especialmente por aqueles que foram pagos para não a quererem. Enquanto Sarah Palin podia ver a Rússia do Alasca, não havia provas de que ela viu o Alasca do Alasca. No sul da Flórida, que está condenado a ficar submerso, o preço dos seguros estão subindo rapidamente, os tempos das hipotecas estão encolhendo e a construção – inclusive de reatores nucleares – está crescendo. Uma sepultura para a humanidade pode conter a palavra ‘Ignorância’ ou, da mesma forma, exibir uma imagem de Ronald Reagan arrancando painéis solares do telhado da Casa Branca.
Aqueles que vivem em algum afortunado subúrbio intocado no interior não terão o benefício de uma longa advertência na forma de impacto direto. Eles só podem se prevenir se importando com o que está acontecendo em outros lugares devastados por secas e inundações, e tempestades e calor. Em vez de se sentarem na mítica panela aquecendo no fogo, ao lado do pobre sapo que realmente sabe melhor, as pessoas estão confortáveis ao lado da panela, prestes a serem engolidas quando a água da panela ferver.
Jamail acha suas visitas às maravilhas naturais como algo agridoce e tem prazer extra em passar tempo nos lugares condenados. Mas eu não acho que ele pretende incentivar o turismo mórbido. Quando ele visita a Geleira Matanuska, ele acha que o lucro privatizado vem das visitas à borda da geleira em derretimento. À medida que a geleira derrete, as motosserras derrubam as árvores, ecoam os ruídos da construção e os ATVs zumbem – conscientemente aumentando o calor que essas indústrias de turismo de última chance sentem plenamente.
Milhões de humanos dependem das geleiras para beber água. Os países onde mais da metade da humanidade vive bombeiam seus aquíferos. O aumento do nível do mar acelerado pelo derretimento do gelo irá tornar uma parcela significativa da humanidade sem teto. Temo que, além dos ciclos físicos que os cientistas falam a respeito para Jamail, os ciclos humano possam piorar as próximas crises. Se as pessoas responderem com ganância, medo, intolerância, corrupção e violência, elas tornarão as coisas muito piores imediatamente, alimentando ainda mais o colapso climático…
O que fazer não é o foco do “The End of Ice“, mas algumas idéias surgem, além da de aproveitar o tempo que temos. Primeiro, acho que devemos deixar de acrescentar ao metano e ao CO2. Como a guerra é o maior produtor de C02, fazer planos para usar a guerra como resposta ao colapso climático é um dos movimentos mais burros disponíveis. Como a indústria da carne é uma das maiores produtoras de metano do mercado, apreciar uma deliciosa carne assada no final dos tempos não é a solução. Precisamos de uma reformulação radical de nossa cultura para o tipo de sociedade que poderia ter sobrevivido se tivesse se reformado 30 anos antes.
Daí precisamos mitigar os danos, ajudando os necessitados. Precisamos realocar pessoas e outras espécies das áreas que estão submersas, e não apenas pessoas, mas a pior de suas criações físicas, medida pelo grau em que envenenam os oceanos se deixadas para trás… Mas ainda mais escandaloso é o fato de que agora a nossa sociedade nem está tentando mitigar o dano.
…Temos uma responsabilidade moral de fazer o que precisa ser feito. O que mais tem que ser dito? Mas o trabalho do médico/narrador em “The Plague” (A Peste), de Albert Camus, ao qual eu referi as pessoas como modelo, não está certo – ou pelo menos poderia ser enganoso. A importância de se preparar para a peste aos primeiros sinais deve ser aumentada dramaticamente. E não se pode simplesmente continuar, trabalhando longas horas, até que a peste tenha seguido seu curso. Essa praga nos acaba antes de seguir seu curso. Temos que nos dedicar a terminar com dignidade e bondade, com a coisa mais próxima que podemos conseguir com a graça e a sabedoria que poderiam ter nos salvado. E então temos que rededicar a nós mesmos para redobrar nossos esforços, repetidas vezes, com um esforço cada vez maior à medida que continuamos. A alternativa de desistir é garantida de não ser mais agradável do que trabalhar bem juntos em uma crise que pode fazer brotar o melhor de nós…
(Fonte)
Por mais que as pessoas possam negar que esteja havendo um aquecimento global, ou o inverso, como algumas pessoas alegam, uma era do gelo se aproximando, não há como negar que o clima na Terra tem mudado drasticamente nos últimos 15 anos, e que grande parte da raça humana, desde sempre, tem incessavelmente emporcalhado as terras e os mares do nosso planeta.
Mesmo se, alguns poderão dizer, o autor acima esteja exagerando e sendo alarmista demais, este tipo de comportamento por nossa parte não ajuda em nada a nossa própria qualidade de vida e a vida dos outros seres vivos que compartilham este planeta conosco.
Mesmo que não haja mais como consertar esta situação, como diz o autor, não seria de grande benefício para todos se agíssemos como seres inteligentes que deveríamos ser e procurássemos não poluir todos os cantos por onde passamos, como também substituíssemos os tipos de tecnologias poluentes, como veículos movidos com combustíveis fósseis, por outras tecnologias limpas e autossustentáveis?
E aí que entra a questão dos OVNIs, os quais muitos pesquisadores dizem utilizar energia livre, não poluente. Enquanto a indústria petrolífera for comandada pelos “donos do mundo”, teremos uma dificuldade imensa em conseguirmos o desacobertamento dos OVNIs, a não ser, é claro, que algo drástico ocorra.
n3m3