Em nossa busca pela vida além do nosso próprio cantinho do cosmos, é realmente uma boa ideia procurar por água. Nenhuma vida que conhecemos existe sem ela. Então, quando os astrônomos vão procurar por planetas orbitando estrelas fora do nosso Sistema Solar, descobrir a água é um sinal positivo.
Uma pesquisa apresentada na conferência geoquímica de Goldschmidt, em Boston, no ano passado, sugere que os mundos aquaticos podem ser muito mais comuns do que acreditávamos.
A equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, liderada pelo Dr. Li Zeng, analisou dados do Telescópio Espacial Kepler, que caçou por planetas desde 2009. Naquela época, foram descobertos mais de 4000 exoplanetas, a maioria dos quais são considerados como Super-Terras, planetas gigantescos que têm 1,5 ou 2,5 vezes o raio da Terra.
Usando medições em massa do satélite Gaia da Agência Espacial Européia, a equipe foi capaz de prever a composição desses planetas longínquos.
“Vimos como a massa se relaciona com o raio e desenvolvemos um modelo que pode explicar a relação”, disse Li Zeng. Esse modelo sugere que cerca de 35% de todos os exoplanetas atualmente conhecidos e maiores que a Terra devem ser mundos aquáticos.
No entanto, Zeng foi rápido em advertir que enquanto seu modelo prevê que estas Super-Terras estão cheias de água, este não é o tipo de água encontrado na Terra. Esta é a água com uma temperatura de superfície superior a 200 graus Celsius
Ainda assim, a vida encontra um caminho.
Zeng disse à Discover Magazine:
A vida pode se desenvolver em certas camadas próximas da superfície desses mundos aquáticos, quando a pressão, a temperatura e as condições químicas são adequadas.
Na busca por vida extraterrestre, os mundos aquáticos certamente fornecem um bom começo. A NASA teve um novo impulso em seus esforços de caça aos planetas em breve, com o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), lançado em abril de 2017…
(Fonte)
Não podemos somente achar que a vida existe nesses planeta aquáticos, pois aqui mesmo na Terra já encontramos vida em ambientes que anteriormente pensava-se serem estéreis, pelas faltas de condições apropriadas para a vida considerada “normal”.
As variedades de vidas lá fora no Universo podem ser tão numerosas quanto as próprias estrelas que existem no Cosmos.
n3m3