Cientista russo diz que é mais difícil falsificar o pouso lunar do que realmente faze-lo

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 É o centésimo aniversário do nascimento do romancista mais famoso (e odiado por seus líderes) da União Soviética – Aleksandr Solzhenitsyn – que trouxe a palavra ‘gulag‘ para o vocabulário do mundo ocidental. Um século depois, um certo cientista espacial russo pode ficar contente por aqueles campos de trabalho forçado não existirem mais (ou não?), depois de ir contra o líder do programa espacial russo e dizer que ele não apenas acredita que os EUA pousaram humanos na Lua, mas fingir tal pouso seria mais difícil do que realmente realizá-lo. 

Falsificar o solo lunar é impossível. Os americanos trouxeram de volta à Terra cerca de 300 quilos, a maioria basalto.

Em uma ampla entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti, Yury Kostitsyn, chefe do Instituto de Química Analítica da Rússia, foi contra as declarações recentes. O chefe da Roscosmos, Dmitry Rogozin, que “brincou” que um propósito das futuras missões lunares da Rússia será provar ou refutar o pouso da Apolo 11 em 1969, dará ao país a oportunidade de verificar se as pegadas de Neil Armstrong estão realmente disponíveis. 

A questão de saber se os americanos pousaram na lua em 1961-1972 não é controversa. No entanto, ainda há especulações sobre esse assunto no mundo e vêm principalmente de pessoas que não têm nada a ver com o espaço. Você não ouvirá de nenhum astronauta que os americanos não pousaram na Lua.

Os “astronautas” a que Kostitsyn se refere são cosmonautas russos que sabem que o programa espacial lunar dos EUA estava e ainda está muito à frente deles. No entanto, como cientista, ele procura provas nas próprias rochas lunares, que ele e outros russos puderam examinar. Ele ressalta que, embora o basalto tenha surgido na Terra e na Lua ao mesmo tempo, não há amostras antigas na Terra por causa do intemperismo. Por outro lado, as amostras da Lua têm mais de 4 bilhões de anos, muito mais antigas que quaisquer rochas na Terra. Além disso, elas mostram uma forma diferente de intemperismo, devido ao vento solar, que não afeta as rochas da Terra. 

Então ele vai atrás de Dmitry Rogozin e Steph Curry. 

Os americanos estavam muito preocupados se a União Soviética (URSS) iria organizar um truque na Lua – afinal, ao mesmo tempo que a sua missão, a URSS lançou suas sondas na Lua. Claro, não tivemos a tarefa de prejudicá-los, foi – para avançar. Encenar o pouso de astronautas americanos na Lua seria mais difícil e mais caro do que sua implementação real. Inclusive porque então essa farsa teria que ser mantido em segredo, o que não é possível. A NASA poderia classificar seus materiais, mas muitas firmas independentes participaram da implementação da Apolo. 

Mesmo na União Soviética, com a ameaça dos gulags, ou pior, seria impossível ter tantos partidos diferentes e independentes mantendo uma farsa tão grande em segredo por 50 anos. Kostitsyn também aponta que, embora os EUA pareçam estar focados em Marte, a Rússia está falando sobre estabelecer uma base na Lua – um projeto que exigirá uma melhor compreensão de quanta água está realmente disponível e disponível. 

Para construir uma base na Lua, primeiro você precisa estabelecer vida lá e resolver o problema de proteger as pessoas da radiação espacial. Para fazer isso, deve-se usar a substância lunar para construir abrigos, e manter a atmosfera dentro deles. É difícil transportar oxigênio da Terra, portanto a água na Lua é de interesse primário – precisamos entender quanta água existe, quanta água está disponível e como tirar oxigênio dela.

Oxigênio e proteção contra a radiação – dois desafios que Kostitsyn pensa estarem além da capacidade da Roscosmos e seu objetivo de estabelecer uma base na década de 2030. 

Eu acho que a humanidade não será capaz de viver plenamente na Lua em breve. Na próxima década, provavelmente, as missões à Lua serão retomadas – tanto a Rússia quanto os EUA e a China planejam lançar orbitadores por enquanto. Os planos para a criação de módulos de descida lunar tripulada permanecem no nível da teoria.

São discussões como essa que nos lembram que precisamos ouvir mais os cientistas e menos as estrelas da NBA*.

(Fonte)


*Para quem  ainda não sabe, o astro do basquete estadunidense, Stephen Curry, declarou recentemente, entre outras coisas, duvidar do pouso lunar. Após tal declaração, a NASA o convidou para fazer uma visita ao Laboratório de Amostras Espaciais do Centro Espacial Johnson.

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