É provável que não haja muitas experiências mais terríveis do que um episódio de paralisia do sono. Acordando em um quarto escuro, incapaz de se mover, com a sensação de que uma entidade maligna está no quarto – às vezes até na cama com você.
As experiências de paralisia do sono ocorrem em todo o mundo e, em muitos casos, são interpretadas como sobrenaturais – e essa crença é tão poderosa em algumas culturas que ela tem o poder de matar. A ciência moderna, por outro lado, acredita que tudo tem a ver com o cérebro não funcionar como deveria durante a experiência do sono.
Mas muito mistério ainda envolve a paralisia do sono, principalmente devido à falta de estudos suficientes para entender melhor o fenômeno. Como observa um recente estudo, a paralisia do sono continua a receber “mais atenção do mundo não científico” e, além disso, o estigma associado a ela “também impediu que os pacientes relatassem em instituições médicas”. Como tal, os pesquisadores observam que “a maioria dos pacientes revertem para outros meios confidenciais, como fitoterapeutas, líderes religiosos e padres tradicionais, para uma solução”.
O breve artigo “Sleep Paralysis, a Medical Condition with a Diverse Cultural Interpretation“ (Paralisia do sono, uma condição médica com uma interpretação cultural diversificada) conclui, portanto, que “é importante sensibilizar o público sobre o que é a paralisia do sono e como ela deve ser abordada”.
O artigo começa delineando a visão da ciência moderna dos aspectos terríveis do fenômeno:
O fenômeno de um sonho acontece na fase REM (sigla em inglês para fase de Movimento Rápido dos Olhos – Rapid Eye Movement) do sono, onde não há movimento ou atividade muscular. Nós tendemos a ter nossos sonhos mais emocionais durante o sono REM, e para nos impedir de representar esses sonhos, o cérebro nos mantém temporariamente paralisados.
Nos sonhos REM, outra estrutura que tem um papel importante a desempenhar é o sistema límbico. O sistema límbico consiste no hipotálamo, hipocampo, amígdala, núcleos septais, cingulado, diferentes núcleos talâmicos e porções dos sistemas de ativação reticular, lobo frontal orbital, certos núcleos cerebelares, entre outros. Complexos amigdaloides, de acordo com pesquisas, mostraram processar a memória, a tomada de decisão e reações emocionais. A amígdala lateral envia impulsos para o resto dos complexos basolaterais. Isto é precedido pela ativação da amígdala através de projeções do tálamo, do cingulado anterior e das estruturas na ponte. Isso dá ao indivíduo a ideia de que um intruso está na sala. Essa via complexa (via subtálamo-amígdala) é responsável por garantir que, em momentos de perigo, haja uma resposta apropriada no corpo, sem a necessidade de uma análise aprofundada pelo córtex sensitivo.
O artigo prossegue, então, para apontar as várias maneiras pelas quais a paralisia do sono é vivenciada e interpretada em todo o mundo. Ele observa que, embora a ocorrência de paralisia do sono na população geral é de cerca de 8%, em algumas culturas parece ser muito maior. Por exemplo, um estudo no Japão descobriu que 40% da população geral experimenta paralisia do sono.
E há uma grande variação em como o fenômeno é interpretado em diferentes locais. Os pesquisadores listam várias interações em uma tabela anexa ao artigo: em Newfoundland, eles o conhecem como ‘Old Hag‘ (Velha Bruxa), enquanto no Egito acredita-se que seja um ataque de Jinn (criatura lendária que deu origem à lenda do gênio da lâmpada). Na Coréia, é Ha-wi-nulia, que significa “ser espremido por uma tesoura”, e no Japão é kanashibari, interpretado como uma pessoa sentindo-se impotente em lidar com forças externas.
O artigo também observa que as diferentes interpretações da paralisia do sono também resultam em diferentes maneiras de lidar com isso. Por exemplo:
Os chineses costumam abordar a PS empregando a ajuda de um espiritualista. Os italianos, por outro lado, acreditam que dormir de bruços e colocar uma vassoura na porta com uma pilha de areia na cama ajudará a prevenir a PS.
Você sofre de terrores noturnos? Se sim, o que você faz para lidar com isso?
(Fonte)
O que o artigo acima não fala – pois ele foi escrito a partir de documentos gerados pela ciência de tendência predominante e esses cientistas têm medo de mencionar a palavra ‘alienígena’ dentro do contexto científico – é que muitas pessoas que alegam ter sido abduzidas por… ALIENÍGENAS… reportam que durante suas experiências não conseguiam movimentar nenhuma parte de seus corpos, além de seus olhos, como também sentiam uma presença forte ao seu lado. Então, se essas pessoas foram realmente abduzidas, não seria sensato pensar que os seres responsáveis pela abdução explorariam esta condição de paralisia corporal para dominar suas “vítimas”?
Claro, nem toda a paralisia do sono deve ser relacionada às abduções alienígenas, mas este fenômeno deve ser estudado mais aprofundadamente, pois sua incidência é notável em todo o mundo. Eu mesmo já passei por isto uma vez (e felizmente só ocorreu uma vez), e se não fosse pelo fato de eu já conhecer o fenômeno por ter lido muito sobre isto anteriormente, eu teria entrado em desespero total. Realmente se trata de algo aterrorizante.
E já que toquei no assunto, porque não compartilhar aqui, pois se isto vier a ocorrer com você leitor, talvez sirva de ajuda para que possa enfrentar a experiência de forma mais tranquila:
Uma noite, há mais ou menos dois anos, minha esposa havia viajado para visitar seus pais. Naquela noite, como faço na maioria das noites, terminei meus trabalhos do OH e fui dormir. Lá por volta das 3h, acordei sentindo que havia uma presença dentro do quarto, a qual parecia estar atrás de mim, em pé ao lado da cama (eu estava dormindo de lado, com minhas costas viradas para a porta da sacada). Quando tentei me virar, não conseguia mexer meu corpo, somente meus olhos. Como eu estava de costas para o que parecia ser uma presença no quarto, tentei virar meus olhos para o canto direito o máximo possível para ver se conseguia enxergar a suposta criatura.
Obviamente, não obtive sucesso e quando estava à beira do desespero, lembrei do que já havia lido a respeito da paralisia do sono e então parei com meus esforços por um momento, respirei fundo e tentei relaxar. Foi quando consegui controle suficiente para virar lentamente meu corpo para o outro lado – onde eu achava que havia uma presença – mas, como eu já esperava, não havia ninguém lá.
Embora esta tenha sido uma experiência um tanto intensa, fico contente em ter passado por ela e assim comprovado que não se trata somente de uma lenda, mas sim de um fenômeno real que qualquer pessoa pode experienciar. De certa maneira, sinto-me privilegiado que isto tenha ocorrido comigo.
Mas lembre-se, se isto vier a ocorrer com você, o importante é manter a calma, tentar relaxar e respirar fundo, se possível, pois em questão de segundos você poderá controlar a situação.
Bons sonhos! 🙂
n3m3