A ideia de que a vida inteligente existe além do nosso planeta, ou mesmo fora da nossa galáxia, não é nova. No século XVI, o astrônomo italiano Giordano Bruno foi notoriamente julgado e executado por “reivindicar a existência da pluralidade de mundos”. Pelo menos cinco séculos de observação de estrelas desde então não avançaram muito.
Talvez não saibamos quando, onde ou o que procurar.
“É como tirar uma xícara de água do oceano, pegando-a e dizendo: ‘Ah, não há vida lá, então não deve haver vida no oceano’”, disse David Kipping, um astrônomo da Columbia. University, em 16 de novembro, na palestra em Nova Iorque intitulada “The Signatures of Other Civilizations” (As Assinaturas de Outras Civilizações).
Além disso, um grande problema em tentar fazer contato com a vida extraterrestre, de acordo com Kipping, é que não temos ideia de como fazer para se estabelecer em um meio de comunicação.
Mas não é por falta de esforço. Em 1992, a NASA estabeleceu um programa SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence – Procura pela Inteligência Extraterrestre), que posteriormente perdeu seu orçamento. Seu sucessor é o Instituto SETI, uma organização sem fins lucrativos financiada por filantropos e dedicada à busca de sinais de civilizações alienígenas.
Quando a busca por vida extraterrestre começou a sério no século XX, os humanos procuraram principalmente por ondas de rádio, disse Kipping. Mas como nossa própria civilização se afastou do rádio e em direção à fibra ótica, tecnologia que transmite informações como pulsos de luz, nós também nos afastamos do uso do rádio como nosso principal meio de tentativa de detecção extraterrestre. Muitos pesquisadores agora buscam sinais de projetos de engenharia alienígena em torno de outras estrelas, por exemplo, ou buscam luz infravermelha.
Discussões recentes foram além da busca silenciosa para incluir comunicação bidirecional também. O repertório de técnicas de comunicação em potencial agora inclui o uso de feixes de laser, ou mesmo a construção de nossa infra-estrutura planetária para que nossa atividade se torne altamente visível de longe.
Não importa como tentamos nos comunicar, nossos esforços são apenas um tiro no escuro, de acordo com Kipping.
“Você não precisa suar muito sobre alienígenas que vêm nos visitar”, disse ele.
Kipping pediu ao público que pensasse da seguinte maneira: Imagine pedir a um amigo para ir encontrá-lo em Manhattan. Ponto. Nenhuma especificação de tempo ou lugar. É isso que é tentar fazer contato com a vida extraterrestre.
Enquanto a palestra de Kipping terminava, uma adolescente na platéia levantou a mão e, com a voz embargada, perguntou: “Como você se sente sobre o Paradoxo de Fermi?” O auditório ficou em silêncio por um momento. “Explique o que é isso!”, gritou um membro da plateia perto dos fundos.
A garota estava se referindo a uma contradição que o físico Enrico Fermi notou: Se há tantos planetas potencialmente habitáveis, por que não vimos nenhuma evidência de vida? Ou, como disse Fermi, “onde está todo mundo?”
Kipping se mexeu desconfortavelmente. “Como me sinto sobre isso? Não tenho certeza se sei como responder a essa pergunta ”, ele disse, parando. A platéia riu nervosamente. “Não estou convencido de que seja um paradoxo”, acrescentou ele. Afinal, nós só pesquisamos uma xícara de estrelas e há todo um oceano para explorar.
E a suposição de que os extraterrestres viriam nos procurar só porque estão lá fora é ‘egocêntrica’, disse Kipping.
“Quero dizer”, ele continuou, “quanto tempo você gasta tentando se comunicar com formigas na calçada?” Para civilizações altamente avançadas, podemos ser completamente desinteressantes. É até possível que tal civilização produza tecnologia e um meio de comunicação que ultrapassa nossa compreensão atual da física. Afinal, disse Kipping, quando Newton apresentou suas leis, pensamos que “a física estava pronta”. Com nossas teorias da física permanecendo incompletas, podemos até não ter o hardware para reconhecer sua ligação, muito menos a resposta.
No entanto, só porque não vemos extraterrestres se aproximando de nós não significa que não podemos alcançá-los. Então os cientistas mantêm seu trabalho.
“Embora não tenhamos ouvido nada, isso não significa muito”, disse Kipping. “Sim, esta é uma ciência ridiculamente de alto risco, mas as recompensas são inimagináveis.”
(Fonte)
Discordo veementemente de Kipping quando ele menospreza a raça humana, e igualando a comunicação com ETs a nós tentando se comunicar com formigas. Certamente, todo o drama da consciência humana prova que somos sim assunto de interesse para qualquer inteligência superior a nós. Inclusive, a prova disso é que os OVNIs estão aqui e já foram provados como sendo reais.
Ainda bem que há cientistas começando a pensar de forma diferente, como este indivíduo da NASA:
GRANDE AVANÇO: Cientista da NASA diz que o fenômeno OVNI precisa ser estudado, e mais…
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