Os cientistas do Grande Colisor de Hádrons (de sigla em inglês, LHC) descobriram uma anomalia impossível dentro da realidade, tão importante que ameaça minar a física.
A revelação foi encontrada no mundo subatômico, onde as partículas são meras fagulhas de existência e só sobrevivem por microssegundos – mas a nova ciência pode enviar para o lixo 100 anos de física aceita.
A descoberta é tão perturbadora que ameaça enfraquecer o chamado Modelo Padrão – o alicerce de toda a física moderna e uma tentativa de formular uma teoria de tudo.
A importante física britânica, Tara Shears, que realiza pesquisas no famoso esmagador de átomos no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, em francês), na Suíça, disse que se a anomalia – que ainda está sendo analisada – for correta, “quebraria a ciência”.
Ela acrescentou:
Como uma física de partículas [posso dizer que] é tão grande quanto Einstein.
É extremamente empolgante, porque nos levaria a quebrar a ciência e teria enormes implicações.
O Modelo Padrão era o sonho dos principais cientistas desde Einstein a Hawking – e muitos físicos acreditavam que a humanidade estava se aproximando de uma teoria final que explicaria tudo no Universo.
Mas a nova descoberta do LHC confundiu o otimismo dos cientistas.
Inicialmente, os físicos do enorme LHC rejeitaram as novas descobertas como um erro ou uma falha do colisor de 27 quilômetros. Mas as repetidas descobertas idênticas dos movimentos bizarros de uma partícula infinitesimalmente pequena, conhecida como Múon, pareciam ser conclusivas.
Mais importante, os dados não podem ser explicados usando as normas estabelecidas da física teórica.
Em entrevista ao Express.com na exposição New Scientist Live, em Londres, a Sra. Shears, professora de Física da Universidade de Liverpool, disse que normalmente as partículas se comportam de acordo com as previsões da física teórica – neste caso, quando um elétron decai, duas partículas conhecidas como Taus e Múons devem ser ejetadas.
No entanto, os pesquisadores do LHC descobriram que os Múons não estavam aderindo à física do Modelo Padrão e estavam sendo cuspidos 25% menos do que deveriam.
Ms Shears disse:
Foram produzidos 25% menos Múons do que os elétrons, e isso não pode acontecer no Modelo Padrão.
Isso só pode acontecer se houver novas físicas por aí.
As descobertas do LHC estão 25% baixas demais e estamos aguardando ansiosamente o resultado desses dados – se continuar assim, este seria o primeiro sinal de algo genuinamente novo por aí.
Não temos ideia do que é – não é nada que se sabia antes.
Cientistas esperam que o quebra-cabeça da anomalia de Múon esclareça o maior prêmio em física – o problema da matéria escura e sua associada Energia Escura.
A Sra. Shears disse:
Esse é o próximo passo nesta aventura.
Muitas pessoas pensaram que iríamos encontrar evidências de matéria escura e nosso teste ainda é muito promissor.
Isso é maior do que o Bósun de Higgs, é um ganhador do Prêmio Nobel, nos diz do que o Universo é feito.
Estamos desesperados para encontrar respostas para essas perguntas – mas estamos vendo apenas medidas que não se encaixam.
(Fonte)
O Grande Colisor de Hádrons é a maior máquina já construída pelo homem. Olhando a foto do começo do artigo, pode-se imaginar as dimensões dessa gigantesca estrutura que se estende em um círculo de 27 quilômetros, a 175 metros abaixo da superfície da Terra.
Devido ao seu custo e as suas dimensões, muitas pessoas acham que essa enormidade não é utilizada somente para fazer com que átomos colidam, mas que há algo mais por detrás de tudo isso. Alguns ainda alegam que o LHC poderá abrir portais para outras dimensões. Mas é claro, nada disso foi comprovado.
Seja como for, podem ter certeza, há muitas surpresas mais a serem descobertas com essa máquina, as quais poderão mudar ainda mais o que a ciência atual pensa ser verdade.
n3m3