Ex-oficial de inteligência demanda que a USAF entregue evidências sobre OVNIs

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David Shea foi porta-voz para o Projeto Blue Book. Crédito: WTOP/Michelle Basch)

O ex-porta-voz do notório gabinete de investigação de OVNIs da Força Aérea dos Estados Unidos, o Projeto Blue Book (Livro Azul), está exigindo que o Pentágono torne pública qualquer evidência que tenha sobre alienígenas que tenham visitado a Terra.

O coronel aposentado da Força Aérea, David Shea ao WTOP na quinta-feira (26/7):

Mostre para a Academia Nacional de Ciências. Não esconda isso. Mostre! Estamos esperando por isso! Nós esperamos por isso há muito tempo.

Mas até agora isso não aconteceu, e não sei porque.

Em 1969, Shea anunciou o fim do Projeto Blue Book, declarando que os mais de 12.000 relatórios de OVNIs da USAF não equivaliam a nada – nenhuma ameaça à segurança nacional, nenhum sinal de tecnologia avançada e definitivamente nenhuma evidência de que os OVNIs vinham do espaço. Depois disso, a Força Aérea lavou as mãos do assunto, mantendo publicamente que não tinha mais interesse no fenômeno, informou o site Politico.

No entanto, a investigação não terminou. O New York Times divulgou uma notícia explosiva em dezembro do ano passado, revelando que outro programa de investigações de OVNIs sob os auspícios da Agência de Inteligência da Defesa (DIA, sigla em inglês) estava funcionando em 2012.

No entanto, o ex-chefe do projeto, Luis Elizondo, sustenta que o projeto nunca parou e que ele continuou a dirigir o programa até outubro de 2017, quando renunciou devido a pressões internas que prejudicaram o funcionamento da organização, informou o site Space.com

Claramente a narrativa do governo não bate, e Shea quer respostas…

Não é apenas uma questão de vingar os teóricos da conspiração: a falha em divulgar evidências ou explicar fenômenos observados poderia ser um desastre de relações públicas para a Força Aérea…

Em 1947, a Força Aérea (USAF), antes mesmo de se separar estruturalmente do Exército dos EUA (que aconteceu mais tarde naquele ano) quando a aliança do pós-guerra começou a desmoronar nos confrontos militares da Guerra Fria, quase imediatamente se viu investigando relatos de luzes estranhas no céu. Em 1948, a USAF iniciou o primeiro de muitos projetos para investigar OVNIs,o Projeto Sign. O Projeto Grudge e o Projeto Blue Book seguiram, cada um deles preocupado principalmente em explicar os fenômenos relatados pelas pessoas.

Shea disse:

Naqueles primeiros dias, qualquer explicação de um caso sensacional parecia preferível à Força Aérea do que simplesmente dizer: ‘Não sabemos até agora, o caso ainda está sob investigação’.

A Força Aérea, ignorando a opinião pública sobre o assunto, não conseguiu comunicar sua convicção de que os OVNIs não eram motivo de alarme e, consequentemente, foi incapaz de convencer o público americano de que o que estava dizendo sobre OVNIs era verdade.

Como resultado, a integridade e credibilidade da Força Aérea como força de combate foi seriamente questionada.

A outra grande preocupação era que a União Soviética estava testando novas tecnologias avançadas que deixariam os EUA na poeira e virariam a maré do confronto global em favor do comunismo.

A última preocupação permaneceu ao longo dos anos após o fechamento do Projeto Blue Book, e também serviu como a força motriz por trás da AATIP

Os diferentes projetos de OVNIs do Pentágono ao longo dos anos compilaram dezenas de milhares de casos e, embora a maioria deles fosse explicável, cerca de 5% permanecem sem explicação.

Quanto a isso, Shea disse:

Isso significa que eles eram naves espaciais de outra civilização? Não, não necessariamente. Significa apenas que não havia dados suficientes para verificar o que elas eram.

Então esse é o problema.

A história também não muda com a AATIP. Elizondo disse à CNN após renunciar em outubro passado que “há evidências muito convincentes de que talvez não estejamos sozinhos”.

Ele descreveu a nave estudada pelo programa como “exibindo características que não estão atualmente dentro do inventário dos EUA, nem em qualquer inventário estrangeiro de que tenhamos conhecimento”.

No entanto, Alejandro Rojas, porta-voz da Scientific Coalition for Ufology, advertiu em uma entrevista à Space.com: “Lembre-se, o ‘U’ [no caso da sigla UFO] significa ‘não identificado’, e não ‘alienígena’.”

Rojas repetiu os pedidos de Shea para que o Pentágono e Bigelow passem o que quer que tenham sido ocultado em Nevada.

Rojas ainda disse, referindo-se aos OVNIs:

Não sabemos o que são essas coisas. Só porque ficamos desconfortáveis ​​com a ideia de alienígenas não significa que não devamos investigar quando as pessoas que pilotam nossa tecnologia mais avançada dizem que encontram algo que supera suas aeronaves. Seria altamente negligente não investigar.

(Fonte)


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