Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Científicas de Montreal (sigla em francês, INRS) acabaram de publicar um estudo no Optica detalhando uma nova abordagem para a invisibilidade. Seu dispositivo, chamado de capa de invisibilidade espectral, é o primeiro a manipular a cor (ou frequência) das ondas de luz que interagem com um objeto, tornando-o invisível.
“Nosso trabalho representa um avanço na busca pela invisibilidade”, disse o autor do estudo, José Azaña, em um comunicado de imprensa.
Vamos resolver isso, começando com a luz. Existe algo chamado espectro eletromagnético. Ele contém todas as diferentes frequências de radiação eletromagnética, um certo tipo de energia. Raios-X, raios gama e radar caem em algum lugar desse espectro.
Embora você não consiga ver um raio-X, seus olhos podem ver uma pequena faixa de frequências no espectro eletromagnético. Nós chamamos isso de luz visível. Como mencionado, é um intervalo separado no que percebemos como cores, com violeta em uma extremidade e vermelho na outra. Algumas fontes de luz contêm mais de uma frequência específica. Chamamos essas fontes de banda larga, e a luz do Sol é um exemplo.
Quando ‘vemos’ algo, o que estamos realmente vendo é a interação dessas frequências de luz e do objeto. Quando a luz do Sol brilha em um carro azul, o carro reflete a frequência da luz azul, enquanto todas as outras frequências de cor simplesmente passam pelo objeto. Nossos olhos detectam a luz azul refletida, nos deixando ver o carro azul.
O dispositivo de camuflagem dos pesquisadores do INRS aproveita essa interação. Eles descrevem um objeto que reflete apenas a luz verde. Para fazer esse objeto parecer ‘invisível’ para o olho humano, eles usam um filtro especialmente projetado para mudar temporariamente as frequências verdes no espectro de banda larga que brilha no objeto para azul. Em seguida, eles usam outro filtro para mudar essas frequências de volta para o verde no outro lado do objeto.
O resultado? O olho humano não pode ver o objeto.
Outro passo à frente
Atualmente, o dispositivo de camuflagem dos pesquisadores do INRS só funciona de uma direção – o olhar do espectador precisa seguir o caminho da luz, olhando para o objeto através do primeiro filtro. No entanto, Azaña afirma que o método poderia, teoricamente, tornar um objeto invisível partir de todas as direções.
Por enquanto, o dispositivo pode ajudar a proteger as telecomunicações, que usam ondas de banda larga para transportar dados. As empresas de telecomunicações podem tornar certas frequências ao longo de suas redes de fibra ótica “invisíveis”, impedindo que terceiros usem a luz de banda larga para espioná-las.
Então, embora ainda tenhamos um caminho a percorrer antes que todos nós possamos fazer cosplay como o Homem (realmente) Invisível na ComicCon, essa complexa engenhoca de camuflagem poderia potencialmente manter nossos dados escondidos nesse meio tempo.
(Fonte)
Colaboração: Lênio
Se nós humanos já estamos prestes a dominar esta tecnologia, imagine só como uma raça alienígena avançada poderia a estar utilizando. A tecnologia da invisibilidade provavelmente tem sido usada nas últimas décadas por possíveis naves extraterrestres que estejam nos visitando, pois de uns tempos para cá nosso poderio militar se tornou muito mais eficiente e letal. Isso talvez explique também a redução do número de avistamentos de OVNIs em distâncias próximas.
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