Se os alienígenas enviarem um sinal, o que deveríamos esperar?

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Allen Telescope Array. Foto de Colby Gutierrez-Kraybill / Flickr sob CC BY 3.0 via Wikimedia Commons

Os alienígenas podem estar tentando se comunicar conosco agora e talvez nem saibamos disso.

Mesmo que outra espécie inteligente estivesse tentando transmitir uma mensagem à Terra, um fraco sinal de rádio de alguma galáxia distante poderia se perder no caos da luz e do ruído de celulares, wi-fi, transmissões de TV e rádio, satélites, microondas, engarrafamentos, e cidades que nunca dormem.

Esse sinal também tem que lidar com fenômenos cósmicos disruptivos, como colisões de buracos negros e rajadas rápidas de rádio sendo lançadas no espaço, antes que ele alcançasse uma rede de radiotelescópios SETI (busca por inteligência extraterrestre).

Andrew Siemion, diretor da UC Berkeley SETI Research Center, disse:

De longe, o maior desafio no rádio SETI é o que chamamos de interferência de frequência de rádio. Porque usamos nossa própria tecnologia como um exemplo do que deveríamos estar procurando, na verdade, encontramos muitos, muitos exemplos de nossa própria tecnologia, e esses exemplos realmente poluem o sinal que vemos, especialmente com radiotelescópios.

Como exatamente poderíamos distinguir um sinal extraterrestre de toda essa poluição visual e auditiva? O sinal Wow!, que por anos acreditava-se ser o primeiro contato, foi revelado ser a frequência de rádio emitida pelo gás hidrogênio de dois cometas. Instrumentos hipersensíveis foram acionados mais de uma vez por gatilhos que estavam muito mais próximos do que os cientistas pensavam, incluindo aquele infame caso em que a fonte do que se supunha ser um alô de alienígenas não era mais do que o centro de visitantes do observatório – um forno microondas sem blindagem provavelmente estava esquentando a pizza congelada de alguém.

Foi somente nos últimos 50 ou 60 anos que a tecnologia SETI recebeu um impulso dos avanços em astrofísica e tecnologia que tornaram possível saber o que estamos procurando na busca por sinais vindos de longe. Agora que a Inteligência Artificial existe e os cérebros dos computadores podem ser ensinados sobre o que procurar. Podemos analisar os dados mais rapidamente e pesquisar mais tipos de sinais. Agora somos capazes de pesquisar 10 bilhões de canais de rádio, em vez dos cem ou duzentos que poderiam ser investigados quando as investigações do SETI começaram. Os cientistas podem até estar se aproximando de descobrir que parte do espectro eletromagnético devemos observar se esperamos um sinal de outro planeta.

Siemon disse:

A tecnologia exibe um grau muito alto do que chamamos de coerência, o que significa que, em última análise, os elétrons geralmente se movem de maneira muito regular através de alguma tecnologia. Essa propriedade de coerência é fundamentalmente a maneira como diferenciamos entre um objeto astrofísico natural e um exemplo de tecnologia.

O que significa: sinais de outra civilização devem ser distintos e exibir consistência. A única questão é exatamente qual distinção devemos esperar. Devido ao fato que os cientistas agora são capazes de experimentar diferentes partes do espectro eletromagnético e executar testes em sinais suspeitos, cada um deles foi descartado por algum tipo de interferência, mas isso não significa que os alienígenas estão condenados a ficar em ficção científica. O SETI só passou por uns dois mil sistemas estelares até agora, o que não é nada quando você percebe que há mais de cem bilhões de estrelas que poderiam estar escondendo alguma coisa.

Talvez isso faça com que você coloque seu smartphone de lado por um tempo.

(Fonte)


É importante saber que nem todos os cientistas concordam que o famoso sinal Wow! tenha sido originário da frequência de rádio emitida pelo gás hidrogênio de dois cometas, como pode ser visto no artigo abaixo:

O sinal Wow! ainda pode ser de ETs, diz astrônomo do SETI

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