Físicos brasileiros fizeram uma observação significativa que expande nossa compreensão de um fenômeno incomum chamado ‘força do corpo negro‘. Essa nova pesquisa poderia nos ajudar a refinar nossos modelos de como os planetas e as estrelas são formados.
Se você seguir todas as notícias estranhas sobre a física do universo, talvez já tenha se deparado com o tópico da ‘força do corpo negro’. Em 2013, uma equipe de físicos anunciou que descobriu a existência de uma força incomum que poderia ser mais forte que a gravidade. Como a força é exercida por objetos conhecidos como corpos negros, a força dos corpos negros parecia um nome apropriado para ela. Agora, pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará e da Universidade Federal do Ceará descobriram novos detalhes sobre o estranho fenômeno.
Os ‘corpos negros’ são, teoricamente, objetos opacos perfeitos que absorvem toda a luz recebida sem refletir ou emitir nenhuma. Um exemplo é uma estrela de nêutrons.
É dito que um corpo negro emite um tipo de radiação térmica que pode tanto repelir quanto atrair objetos próximos, como átomos e moléculas. Para objetos que não são tão maciços e quentes o suficiente, essa radiação de corpo negro pode até ser mais forte do que a atração gravitacional deles. Tanto a radiação do corpo negro (repelir) quanto a força do corpo negro (atrair) produzem uma interação de forças que muitas vezes é explorada no campo da óptica quântica.
O novo estudo do Brasil, publicado na revista Europhysics Letters, explora como a forma de um corpo negro, bem como seu efeito na curvatura do espaço-tempo circundante, influencia essa atração e repulsão óptica. Para mostrar isso, os pesquisadores calcularam a topologia, ou a deformação do espaço, em torno de corpos negros esféricos e cilíndricos, medindo como as forças de radiação de corpo negro de cada objeto são afetadas. Eles descobriram que a curvatura do espaço ao redor dos corpos negros esféricos amplifica a força atrativa. Enquanto isso, tal ampliação não foi detectada em corpos negros cilíndricos.
Planetas e estrelas
Então, como isso afeta o que sabemos sobre a interação entre corpos cósmicos? Embora esse efeito não seja exatamente detectável em um laboratório ou mesmo em objetos tão grandes quanto o Sol, os pesquisadores acreditam que isso faz uma diferença considerável quando se trata de corpos negros maciços.
O pesquisador principal, Célio Muniz, disse à Phys.org:
Achamos que a intensificação da força do corpo negro devido às fontes ultradensas pode influenciar de maneira detectável os fenômenos associados a elas, como a emissão de partículas muito energéticas, e a formação de discos de acreção ao redor de buracos negros”,
Os pesquisadores acreditam que essa nova compreensão da força e radiação do corpo negro pode ajudar a refinar a maneira como modelamos a formação de planetas e estrelas. Poderia até nos ajudar a descobrir um tipo específico de força de corpo negro conhecido como radiação Hawking, que permitiria a evaporação dos buracos negros.
Muniz explicou:
Este trabalho coloca a força do corpo negro descoberta em 2013 em um contexto mais amplo.
(Fonte)
Apesar de todos os reveses pelo qual o Brasil está sendo submetido, como qualquer outro país do mundo ele conta com grandes talentos que lutam e brilham no campo científico internacional. Uma pena que, quando descobertos, a maioria desses talentos são imediatamente absorvidos por outros países que não têm medo de investir na educação, e até mesmo priorizam isto, pois sabem que um país de burros está fadado a ficar estagnado no tempo e servir de capacho para o resto do planeta.
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