Enorme cidade maia é descoberta na selva da Guatemala

Tecnologia Laser Revela Segredos da Antiga Civilização Maia

As densas florestas do norte da Guatemala não revelam segredos facilmente.
Durante séculos a vegetação protegeu a maioria dos restos dos maias que uma vez ali estiveram – rindo lentamente dos pesquisadores modernos que buscam aprender mais sobre a civilização antiga conhecida por sua sofisticação de escrita, arte, arquitetura e matemática.
A civilização Maia começou a surgir cerca de 3.000 anos atrás, e atingiu seu pico durante o Período Clássico, de cerca de 250 a 900. Agora, a tecnologia que permite desmatamento digital descobriu milhares de novas estruturas maias anteriormente não detectadas sob a vegetação sufocante. Para arqueólogos como Thomas Garrison, professor assistente de antropologia no Ithaca College, os
resultados fizeram muito mais do que reformular noções de tamanho e densidade da sociedade centro-americana.
Garrison ajudou a orquestrar o levantamento aéreo de 2016 de que essas revelações são decorrentes. As descobertas e a tecnologia por trás deles – LiDAR (light detection and ranging) serão o foco de um novo documentário da National Geographic, para estréia no dia 6 de fevereiro (amanhã) intitulado “Lost Treasures of the Maya Snake King”.
O documentário seguirá um explorador do NatGeo enquanto ele percorre profundamente a selva para procurar uma pirâmide detectada na pesquisa.
Garrison aparece no documentário comentando sobre o mapeamento LiDAR e seus resultados.
O programa também contará com imagens customizadas de muitas das estruturas recém reveladas.

https://uploads.disquscdn.com/images/32babb81aabcfcbee19848781f99ef1e08b949580825a56b2ab0141d2ca040a6.png

Show Laser na Floresta

LiDAR é um método de mapeamento: um dispositivo montado num avião envia um pulso constante de laser em uma faixa de terreno; medições precisas de quanto tempo leva os feixes emitidos para análise das superfícies são tomadas e traduzidas para dados topográficos.
O laser atravessa as maiores lacunas da vegetação para registrar a extensão da terra abaixo com uma notável precisão. Os dados resultantes podem ser ajustados para filtrar as árvores, oferecendo assim uma visão livre de qualquer outra coisa na superfície.
A tecnologia é muito bem vinda para pesquisas em selvas como aquelas na planície da Guatemala, onde a densidade florestal dificulta outros métodos de levantamento aéreo, ocultando até mesmo estruturas conhecidas.
O estudo de 2.100 quilômetros quadrados abrangeu vários sites maias importantes, incluindo o maior em Tikal, e El Zotz, onde Garrison concentra sua pesquisa. O mapeamento de LiDAR revelou mais de 60.000 estruturas anteriormente desconhecidas no total, de pirâmides, estruturas de palácios, campos de terraços, estradas, muros defensivos, torres e casas. Os arqueólogos observam
que os centros populacionais antigos que passaram décadas estudando são muito maiores do que especularam.
“Todo mundo está vendo sites maiores e mais densos. Todos”, disse Garrison. “Há um espectro para isso, com certeza, mas isso é universal: todos perderam a solução em seu mapeamento [anterior]”.
Especialmente as características agrícolas, recém-reveladas, que seriam necessárias para apoiar a população Maia das terras baixas durante seus séculos de civilização e estruturas defensivas sugerem que guerras era muito mais constantes do que se sabia anteriormente.

Somente o começo

A pesquisa LiDAR é uma colaboração entre arqueólogos dos EUA, Europa e Guatemala, e a Fundação PACUNAM (Patrimonio Cultural e Natural Maia), uma organização guatemalteca de preservação do patrimônio filantrópico e cultural.
Garrison é como um dos conselheiros de arqueologia do projeto e foi fundamental no lobby da pesquisa, que agora é a maior já realizada no campo da arqueologia mesoamericana. A arrecadação de fundos já está ocorrendo para uma segunda pesquisa LiDAR de tamanho similar, disse ele.
As descobertas do LiDAR são apenas o começo. Ainda há muito a descobrir sobre o aumento, pico e queda da civilização Maia. Os dados do LiDAR apontam para novas áreas onde essas respostas podem ser encontradas através de trabalho de campo e escavação.
“Esse é o desafio. Agora temos muitos dados”, disse Garrison. “Como lidar com isso e como avançamos com isso? Ainda temos que chegar a esses lugares, ainda temos que verificá-los”.

Considerações:
Beirando a segunda década do século XXI ainda é possível encontrar sítios de antigas civilizações na América Central e além disso:
– as evidências reformulam noções de tamanho e densidade da sociedade Maia.
– características agrícolas reveladas dão suporte a uma população muito superior a estimada anteriormente.
– é maior pesquisa já realizada no campo da arqueologia mesoamericana.
A pesquisa está em sua fase inicial.
Com o tempo novos resultados serão apresentados e publicados.

Fonte:
physorg/news/2018-02-laser-technology-reveals-secrets-ancient

Se passar o LIDAR em Brasília, encontrarão várias fortunas enterradas embaixo do Planalto .

Essa e uma das noticias que dou valor pena que vai levar uns 10 anos pra sair qualquer documentário sobre poderiam passar o LIDAR nas nossas selvas para acharmos tbm nossas piramides