Seria um desperdício de tempo enviar mensagens aos extraterrestres?

Compartilhe este artigo com a galáxia!
Tempo de leitura: 3 min.
Ouça este artigo...

Caleb A. Scharf escreveu o artigo abaixo para o site da Scientific American, o qual demonstra exatamente porque enviar mensagens para possíveis civilizações em outros sistemas planetários não se trata de uma missão prática em termos de tempo e esforços, a não ser, é claro, que tenhamos muita sorte:

Alguns dos pressupostos básicos que fazemos sobre a comunicação extraterrestre podem ser lamentavelmente inocentes. Considere a situação em seus mínimos detalhes. Você decide (talvez como uma espécie, ou talvez como um subconjunto rico em recursos) que deseja enviar um sinal ao cosmos para descobrir se alguém mais está ouvindo, pensando e é tecnológico como você. Então, você dispara o seu transmissor de rádio, ou o seu grande laser e começa a enviar as mensagens ‘Olá’.

Se nossas circunstâncias representarem um modelo útil, isso significa que a resposta mais cedo possível pode ocorrer em cerca de 8 anos (anos da Terra, é claro). Isso é presumir que há um respondedor no sistema exoplanetário mais próximo, ouvindo e recebendo sua primeira mensagem no momento certo, pronto para disparar uma resposta imediatamente, disposto a responder e capaz de enviar algo reconhecível como resposta. Então, você começa a ouvir com atenção 8 anos depois. Mas nada é recebido. Então, você continua ouvindo, dizendo a si mesmo que pode levar tempo para que alguém coloque uma resposta. E você continua ouvindo.

Enquanto isso, você esteve ocupado. Nos últimos 8 anos você tem enviado sinais para os outros sistemas estelares mais próximos. Mas para estes, os tempos de viagem de ida e volta vão até 10 anos, 20 anos e 40 anos. Dentro da esfera do espaço para uma viagem de ida e volta de 40 anos são aproximadamente 150 estrelas.

O tempo passa, você decide que a estrela no.1 foi um fracasso. Mas você precisa esperar mais e mais para descobrir o que acontece com a próxima estrela e a estrela depois disso. E se nada vier dos primeiros possíveis respondentes, sua avaliação das chances de qualquer estrela escolhida aleatoriamente resultar em algo deve ser reclassificada para baixo. À medida que isto declina, também o faz a sua determinação.

Se você for insistente, aguardando 40 anos (e possivelmente mais, para permitir um período de atraso desconhecido, enquanto espécies extraterrestres agem juntas para responder), mas ainda não ouve nada, o que você faz depois? Suas opções são continuar a enviar sinais para as mesmas estrelas, ou enviar para estrelas mais distantes, ou ainda parar. Certamente é verdade que quanto mais mais lonce você alcança, mais estrelas você acessa – à medida que o volume de espaço cresce. Mas no ponto em que a linha de tempo do experimento excede a vida útil de cada indivíduo, você precisará de uma quantidade extraordinária de paciência e determinação.

Isso é extremamente problemático. Não apenas para nós, mas para qualquer espécie hipotética que deseje descobrir se há vizinhos cósmicos enviando sinais ativamente. A menos que você seja muito afortunado, ou o número de mundos com espécies avançadas tecnologicamente seja imenso, você enfrentará uma profunda barreira de tempo e força de vontade. A ausência de alguém para conversar entre os 150 sistemas de uma bolha de raio de 20 anos de luz poderia ser verdade, mesmo se houvesse um bilhão de espécies falantes em nossa galáxia (presumindo-se 200 bilhões de estrelas na Via Láctea). Seria um pouco de má sorte que não houvesse um desses bilhões entre as 150 estrelas mais próximas – nada extraordinariamente fora do comum.

Esta situação é exacerbada se permitirmos outros fatores. Talvez uma espécie capaz de tecnologia simplesmente não esteja olhando e ouvindo no momento certo ou na direção certa, talvez a janela da evolução tecnológica em que uma espécie esteja “madura” em termos de capacidade de comunicação seja estreita (por razões de conservação de energia e eficiência, ou talvez interesse). E talvez eles simplesmente não queiram conversar, ficando feliz em apenas ouvir a outros tagarelas.

O enigma da mensagem extraterrestre (METI) lembra a “tirania” da equação do foguete na exploração espacial. Quanto mais rápido (e mais longe) você quiser ir, mais do seu foguete deve ser dedicado a transportar combustível, adicionando ainda mais massa à massa que você deseja disparar para o vazio. O resultado é um tipo de retorno decrescente (um retorno decrescente nos logaritmos naturais).

Enviar mensagens ao cosmos com a esperança de obter uma resposta parece ter sua própria tirania; você quer aumentar as chances de sucesso, mas isso significa um aumento inevitável de quanto tempo você precisa esperar com a esperança de uma resposta.

Embora eu não veja uma maneira óbvia para evitar isso, isso significa uma coisa. A ideia clássica de SETI – ouvir sinais de outros lugares – tem um mérito irresistível; os sinais poderiam estar prestes a nos alcançar de qualquer lugar do universo observável, sem tempo de espera. Supondo que pelo menos algumas espécies são muito barulhentas, ou decidiram que não se preocupam com a tirania do METI.

Uma vez que nós mesmos podemos pertencer a ambos os campos, penso que podemos manter nossos dedos cautelosamente cruzados.

– Caleb A. Scharf

(Fonte)

E, sinceramente, isto se chama, como se diz em inglês, “latindo para a árvore errada” (barking up the wrong tree). Embora enviar mensagens ao cosmos e ficar escutando por uma resposta seja uma ideia interessante, ela não é nem um pouco prática.

Como já foi insistido várias vezes aqui no OH, seria muito mais prático pesquisar e tentar contato oficial com as possíveis manifestações alienígenas já presentes em nosso planeta. Contudo, a vaidade e o orgulho humanos são obstáculos infalíveis e difíceis de serem superados.

E assim caminha a humanidade…

n3m3

alienígenasETsmensagem extraterrestreMETISETI
Comentários não são disponíveis na versão AMP do site. (16)
Clique aqui para abrir versão normal do artigo e poder comentar.
  • sergio_ntl@hotmail.com

    Eu acho desperdício de dinheiro pois o contato já foi feito. talvez algum tempo atrás realmente eles estivessem buscando encontrar vida inteligente, mas agora acho que estas instalações são usadas para manterem contato com os seres que eles já conhecem. ou ate mesmo os próprios seres aqui na terra as utilizem para contatar seu planeta natal. será que exagerei??

    • dora petris

      Acho que não.

  • Tmago

    Quando se trata de “procura por extraterrestres” p informar a raça humana, sim é um desperdício de tempo e dinheiro ! Para o status quo, é uma grande jogada midiática p angariar fundos p projetos escusos, manter mentes entretidas e idiotizadas. Bastam apenas entrevistarem ao vivo, essas entidades q trabalham juntos aos governos dos EUA, Rússia e China e suas naves escondidas.

  • Lelezinhu

    A questão na minha opinião não é nem o desperdício de tempo, mas sim o perigo que isso pode acarretar caso essas mensagens sejam interceptadas por Aliens hostis. Já vimos essa história contada em alguns filmes e nada me tira da cabeça que existem raças demoníacas por todo canto do universo.

    Se pararmos para pensar , aqui mesmo na Terra há algumas décadas tínhamos os nazistas que mataram milhões. Imagina um Hitler da vida com tecnologia pra fazer viagens interestelares?

    Mas também temos que pensar que de uma forma ou de outra, parece que as transmissões de rádio são enviadas para o espaço e isso não dá para controlar….né?

    • Amapola

      Falou.

    • KAM

      Acredito que as hostis já estão aqui a mais tempo, agora o que resta e esperar pelas não hostis, mais o ser humano adora se acomodar em cima do dinheiro em primeiro lugar então sim , é um desperdício de dinheiro.

  • 666Dark

    Porque $$ eles $$ iriam $$ parar né ??

  • Maria Ap Ivanovski Ivanovski

    Claro que sim um grande desperdício,. Eles já nos encontraram há bilhões de anos e acompanham nossa evolução a distancia.

  • PALEOSETI

    Quando alguém passa num hospício, dar a atenção aos malucos?

  • Joao Paulo Jesus Flores

    Concordo com ele, mas eles já estão aqui rs

  • mariogreen

    Vou explicar como é a tentativa de comunicação com os seres avançados: É o mesmo que uma formiga chegar na porta da Nasa e deixar um pedaço de folha de amoreira na tentativa que eles lhe deem algum punhado de açucar em troca.

  • D. Matson

    Essas comunicações podem ser extremamente perigosas, pois, já existe uma legião de alíens maléficos atuando acintosamente na Terra. Porém, alienígenas que nos protegem também estão aqui,e, lutam desesperadamente para nos proteger, não todos, porque muitos caíram na armadilha e continuam caindo… Os que nos protegem nos criaram, mas, houve intervenção contrária gerando conflitos. O conflito final já está em andamento, sou apenas um informante, observador e meu tempo de validade está acabando. Aos espertinhos metidos a “inteligentes”, não tentem me desqualificar, não conseguiram…

  • Weliton Muniz Aranha

    Quando adao e eva foran colocado na terra

  • Weliton Muniz Aranha

    O proprio tema ja fala por si ! Que nao somos daqui ! E comunicaçao ja esta
    Estabelecida porque procurar la fora se ja estamos aqui!

  • Weliton Muniz Aranha

    Quando adao e eva foran colocado na terraO proprio tema ja fala por si ! Que nao somos daqui ! E comunicaçao ja esta
    Estabelecida porque procurar la fora se ja estamos aqui!

  • Kaczmarczik

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – Boa Tarde a Todos!!! – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
    ______________ A comunicação ocorre quando emissor e receptor entende a mensagem, se um dos dois não entenderem a mensagem será perda de tempo, logo, para que enviar mensagens que os ExTras podem não entender da mesma forma que eles enviam para nós e não as entendemos? Porém se os ExTras que receberam nossa mensagem forem evoluídos tecnologicamente então poderiam rastrear o sinal da mensagem e vir até nós, mas torçamos para que não sejam raças aliens más!!!!
    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –