Mais uma indicação de que pode haver vida fora da Terra: Núcleo de lua de Saturno está aquecendo seu oceano

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A misteriosa lua Encélado de Saturno é um dos lugares mais fascinantes para procurar vida fora da Terra, em nosso sistema solar.

Durante sua missão, a sonda espacial internacional Cassini fez muitas observações próximas desta lua que tem 500 km de diâmetro, e é considerada um mundo alienígena potencialmente habitável.

Vulcões de gelo de Encélado – Crédito da ilustração: Michael Carroll

Agora, um novo estudo baseado em dados da sonda Cassini, sugere que o núcleo de Encélado poderia ser uma enorme fonte de calor, cerca de 100 vezes mais do que aquilo que é gerado pelo decaimento natural de elementos radioativos em rochas no núcleo daquela lua. Cassini mediu os sais e pó de sílica durante seus voos próximos da lua gelada, e os dados retornados sugerem uma interação entre as rochas e a água quente, de pelo menos 90 graus Celsius.

Acredita-se que o efeito de maré de Saturno seja a origem das erupções deformantes da concha gelada, causando movimentos ‘empurra-puxa’, à medida que aquela lua segue uma trajetória elíptica ao redor do planeta gigante. No entanto, o calor produzido a partir das forças gravitacionais no gelo seria muito fraco para compensar pela perda de calor vista no oceano – aquele mundo congelaria dentro de 30 milhões de anos, dizem os pesquisadores.

Interior de Encélado.

O auto líder do estudo, Gaël Choblet da Universidade de Nantes, escreveu em um comunicado:

[A questão] de onde Encélado recebe a energia sustentada para permanecer ativo sempre foi um pouco de mistério, mas agora temos considerado em maior detalhe como a estrutura e composição do núcleo rochoso daquela lua poderia desempenhar um papel fundamental na geração da energia necessária.

Os pesquisadores fizeram uma simulação do núcleo de Encélado, considerando que seja composto de rocha não consolidada, facilmente deformável e porosa – fácil para água para passar por ela. A água fria no estado líquido, vinda do oceano do oceano, pode infiltrar-se no núcleo e gradualmente aquecer através de fricção entre fragmentos de rocha, à medida que fica mais profunda. A água circula no núcleo e, em seguida, sobe porque é mais quente do que o ambiente.

As simulações explicam exatamente o que está acontecendo em Encélado hoje.

O co-autor do estudo, Gabriel Tobie, disse:

Nossas simulações podem explicar simultaneamente a existência de um oceano em escala global, devido ao transporte de calor em larga escala entre o interior profundo e a crosta de gelo, bem como a concentração da atividade em uma região relativamente estreita em torno do polo sul, explicando assim as principais características observadas pela Cassini.

Os cientistas dizem que as interações eficientes entre a rocha e a água em um núcleo poroso massageado por atrito de maré poderia gerar até 30 GW de calor ao longo de dezenas de milhões a bilhões de anos.

Nicolas Altobelli, cientista do projeto Cassini da ESA, disse:

Missões futuras capazes de analisar as moléculas orgânicas das ejeções de Encélado com uma precisão maior do que Cassini serão capazes de nos dizer se as condições hidrotermais sustentada poderiam ter permitido o surgimento da vida.

O trabalho Powering prolonged hydrothermal activity inside Enceladus, por G. Choblet et al., está publicado na Nature Astronomy, 6 de Novembro de 2017.

(Fonte)

Colaboração: Osnir Stremel Jr

Um dia será mostrado à humanidade que a vida no Universo é regra, e não exceção, pois mesmo aqui na Terra, nos lugares mais inóspitos e, de acordo com os cientistas convencionais, impossível de manter a vida, temos constantemente e persistentemente a encontrado:

Há algo vivo nas profundezas das cavernas do Grand Canyon

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