À medida que avançamos em direção ao futuro, os métodos que utilizamos para encontrar vida em outros planetas continuarão a mudar. Após a descoberta e a subsequente pesquisa do ‘novo planeta’ Proxima b (o qual orbita a estrela mais próxima do nosso Sol”, os cientistas acreditam que as condições em Proxima b possam ser adequadas para a vida extraterrestre. Contudo, eles não podem confirmar a existência de tais condições até 2030, quando a tecnologia utilizada nos telescópios possa estar mais avançada para confirmarem esta hipótese.
Agora, Matteo Brogi, da Universidade do Colorado nos EUA, descreveu um método que pode cortar este tempo de espera em 10 anos, permitindo-nos descobrir mais sobre Proxima b já em 2020. De acordo com o site Space.com, o método de Bragi combina duas técnicas já comuns, usadas para examinar estrelas e exoplanetas: “imageamento direto” e espectroscopia de alta-resolução. Esta primeira é uma técnica que os astrônomos usam para localizar um planeta e a estrela que ele orbita. Ao ‘diminuirem’ a luz da estrela, o planeta entra em foco – basicamente, é mais fácil vê-lo graças à redução do brilho.
Então, uma vez que o planeta é localizado, Brogi e seus colegas propõem usar o método Doppler para separar ainda mais a luz do planeta da luz de sua estrela, o suficiente para que a espectroscopia de alta-resolução possa ajudar aos cientistas na Terra a determinarem a composição do planeta, sem a interferência da luz vinda da estrela, o que de outra forma deixaria a espectroscopia de alta-resolução inútil para almejar especificamente planetas.
As técnicas combinadas ainda estão sendo aprimoradas e, é claro, sendo isto uma ciência, ela requer mais testes e refinamentos. Mas se eles puderem aprimorar a técnica, isto poderia economizar tempo na procura por vida em outros planetas.
Enquanto isto, esperamos ansiosamente pela oficialização daquilo que já sabemos há muito tempo: não estamos sós no Universo.
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