Cientistas encontram 19 pedaços de DNA NÃO-humano no nosso genoma

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Um estudo recente revelou que literalmente há DNA não humano residindo no genoma do homem moderno. Este estudo vem após um grupo de pesquisadores da Tufts e da Escola de Medicina da Universidade de Michigan terem examinado 2.500 pessoa.

Os especialistas descobriram que o nosso DNA é menos humano e que dezenove pedaços de um DNA viral antigo existe dentro do nosso genoma.

O mais impressionante é que os especialistas descobriram um modelo genético completo de um vírus inteiro em dois por cento das pessoas examinadas. De acordo com o site sciencedaily.com, ainda não se sabe se o vírus pode ou não ser replicado ou reproduzido.  Mas outros estudos do DNA viral antigo mostraram que ele pode afetar os humanos portadores dele.

O ScienceDaily reporta que o estudo oferece uma nova visão nos retrovírus endógenos humanos (HERVs). Eles são na verdade doenças da antiguidade que possuem características assustadoramente similares ao vírus da imunodeficiência humana, precursor da AIDS.

Especialistas acreditam que este ‘DNA viral’ tem sido passado de geração a geração entre humanos por milhares de anos.  Os autores do estudo ainda não têm certeza se estas cepas de DNA poderiam causar infecções.

John Coffin, Ph.D. da Escola de Medicina da Universidade Tufts, um dos autores do estudo e virologista disse:

“Parece que ele é capaz de fazer virus infecciosos, o que seria muito empolgante se for verdade, por nos permitiria estudar uma epidemia viral que ocorreu há muito tempo. Esta pesquisa fornece informações importantes necessárias para a compreensão de como os retrovírus e os humanos evoluíram juntos em tempos relativamente recentes.”

O co-autor Zachary H. Williams, um aluno Ph.D. da Escola Sackler de Graduação de Ciências Biomédicas da Universidade Tufts, em Boston (EUA), declarou:

“Muitos estudos tentaram ligar estes elementos endogenos virais ao câncer e outras doenças, mas uma grande dificuldade tem sido que ainda não encontramos todos eles.  Muitos dos elementos mais interessantes são somente encontrados em uma pequena quantidade de pessoas, o que significa que você precisa filtrar um grande número de pessoas para encontrá-los.”

Julia Wildschutte, também co-autora, que começou o estudo como aluna Ph.D. no laboratório de Coffin, na Tufts, disse:

“Trata-se de uma descoberta empolgante.  Ela abrirá muitas portas para a pesquisa. E mais, confirmamos neste trabalho que podemos usar os dados genômicos de vários indivíduos, comparados com o genôma humano de referência, para detectar novos HERVs. Mas isto também demonstra que algumas pessoas carregam inserções que não podemos mapear na referência.”

Para baixar o estudo (em inglês), acesse: http://www.pnas.org/content/113/16/E2326.full.pdf

Fonte

Colaboração: SENAM

DNAhumanidadeOH
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