WASHINGTON — O Presidente Obama expandiu seu uso de poderes executivos além dos limites da Terra, assinando uma ordem executiva na quinta-feira (13), a fim de preparar o governo federal para lidar com os efeitos de eventos climáticos espaciais.
O clima espacial – que inclui fenômenos como ejeções solares e perturbações geomagnéticas – podem ter grandes efeitos em tecnologias usadas no dia-a-dia, como os sistemas de posicionamento global (GPS), comunicação por satélite e aviação.
E se o clima ficar muito extremo, disse Obama, ele “tem o potencial de simultaneamente afetar e atrapalhar a saúde e a segurança por continentes inteiros”. Os ventos solares poderiam desabilitar a rede elétrica, resultando em “cascateamento de falhas” que afetariam quase todas as áreas da vida moderna – inclusive a saúde básica e as questões de segurança como o suprimento de água.
A ordem executiva veio quando Obama se preparava para viajar até Pittsburgh para uma conferência em tecnologia que foca em inteligência artificial, exploração espacial, energia limpa e medicina de precisão.
Como muitas ordens executivas, a diretiva de Obama instrui as agências do poder executivo sobre suas responsabilidades em preparar e reagir aos eventos climáticos espaciais. A Política do Gabinete de Ciência e Tecnologia da Casa Branca coordenará os esforços das agências por todo o governo, inclusive a Defesa, Comércio, Energia e NASA, os quais trabalharão juntos para melhorar suas habilidades de prever eventos climáticos espaciais e proteger a infraestrutura de seus efeitos.
Obama também ordenou a liberação de dados federais sobre eventos climáticos espaciais anteriores.
A ordem executiva de Obama também tornou publico pela primeira vez uma diretiva secreta de política pré-existente que ele assinou em 15 de julho de 2016. A Política Presidencial de Política 40 estabelece uma nova continuidade nacional de políticas que definem as “funções nacionais essenciais” do governo federal. Tais diretivas, conhecidas como PPDs, são muitas vezes formas secretas de ordens executivas no âmbito da segurança nacional.
E será que asteroides e meteoros também são considerados ‘eventos espaciais climáticos?
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Colaboração: Diana Artemis