A Europa está planejando o primeiro centro de contenção de vida alienigena

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Embora humanos não tenham feito um trabalho fantástico salvando as vidas neste planeta, eles estão planejando construir as primeiras instalações de contenção de formas de vida alienígena.  As discussões estão sendo encabeçadas pela Agência Espacial Europeia (ESA), que irá analisar as várias formas de como trazer amostras de Marte para a Terra.

O primeiro passo seria lançar a sonda orbital ExoMars, da ESA, a qual alcançará aquele planeta em outubro.  Isto será parte de uma missão conjunta de dois estágios com a agência espacial russa, a Roscosmos.  As tentativas serão para sondar se o metano em Marte pode estar indicando vida e também abrir o caminho para uma missão de retorno de amostras de Marte até 2020.

“Temos que planejar, caso existam formas de vida”, disse a Professora Sara Russell, do Museu de História Natural em Londres, Reino Unido.

Listas escuras nos declives da Cratera Garni são provavelmente formados pelo fluxo de água na superfície de Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. do Arizona via Getty Images)

Ela está coordenando o projeto de pesquisa chamado EURO-CARES, o qual irá desenvolver plantas em potencial para as Instalações Europeias de Manutenção de Amostras,  o transporte e os planos de reentrada também.

“As chances de trazermos alguns micróbios de Marte é na verdade muito pequena, mas obviamente, temos que presumir o pior e planejar para isso”, disse ela. “Há intensas precauções para vermos que nenhum micróbio será trazido de volta à Terra, pois eles irão poluir e destruir a atmosfera aqui.”

E se eles encontrarem vida em Marte, o que os cientistas estão planejando fazer?

“Esterilizaremos tudo de imediato, ou preservaremos para que possamos caracterizar e aprender sobre isso?”, perguntou a Professora Russell.

Embora demoraria pelo menos uma década para a reentrada vinda de Marte ocorrer, a Professora Russell está imaginando se “cápsulas de reentrada indestrutíveis e com bom custo-benefício” podem ser desenvolvidas.

“Temos que pensar sobre o risco do que eles chamam de pouco não-nominal – essencialmente um pouso acidentado – e ter  certeza de que a cápsula foi projetada para ser totalmente à prova de bomba, assim nada poderá escapar.”

A Thales Alenia Space UK Ltd, associada da EURO-CARES , atualmente está desenvolvendo a cápsula. Ela deverá conter um invólucro “totalmente impenetrável, com multi-camadas”.

“Temos que presumir o pior e planejar para isto”, disse a Professora Russel.

Até agora, as missões lunares da Rússia e dos EUA trouxeram de volta amostras da Lua, enquanto a nave Stardust da NASA, em 2006, obteve algumas partículas de cometa.  A sonda Hayabusa do Japão trouxe pedaços do asteroide Itokawa, em 2010.

Ainda assim, Marte é muito remoto e não foi ainda tocado, embora seja considerado um planeta habitável. Devido a evidência de água e possíveis formas de vida lá, existe alguma possibilidade que alguns traços de vida, bem como amostras de rochas, possam ser trazidas para cá.

Contudo, as normas precisam ser estabelecidas. “Se estiver trazendo este tipo de material para algum lugar, como o Reino Unido ou a Alemanha, quais seriam os protocolos para isto?” disse o Professor Nigel Mason, da Universidade Open do Reino Unido, coordenador da Infraestrutura de Pesquisa Europlanet 2020, para integrar e dar apoio às atividades científicas planetárias por toda a Europa.

Este ponto será considerado pela indústria espacial europeia e por representantes do Japão, China, Rússia e EUA.

n3m3

Fonte

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