Mais evidências de água fluindo na superfície de Marte são encontradas

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Por muito tempo tem se falado que a água já fluiu na superfície de Marte.  Evidências anteriores têm sido limitadas ao desaparecimento e reaparecimento de listras avistadas por imageamento de satélites, ou através da análise da composição química do solo marciano, a fim de encontrar moléculas associadas à presença de água.  Agora, novas descobertas podem definitivamente provar que Marte uma vez foi um planeta morno e úmido, repleto de água fluindo por sobre sua superfície, ao invés de um planalto glacial congelado.

Leitos de rio em Marte.

De acordo com um estudo recente publicado na revista Geology, astrônomos da Science & Technology Facilities Council e da Agência Espacial do Reino Unido descobriram evidências de formações extensas de leitos de rios ao longo da superfície de Marte.  O sistema de leitos de rios se estende por 17.000 quilômetros pela região de Arabia Terra, no hemisfério norte de Marte.

Os leitos de rios foram encontrados na região de Arabia Terra de Marte.

Os leitos foram encontrados após análise de imagens de alta resolução conseguidas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter da NASA.  Estes antigos leitos de rio têm em média 30 metros de profundidade e até 1 a 2 km de largura.  A pesquisa publicada alega que, devido à distribuição e orientação, estes leitos provavelmente mostram evidências de um fluxo regular de água, ao invés de um  água de derretimento das geleiras proveniente das altas altitudes.

Os leitos de rio mostram evidências de água fluindo, ao invés de corpos estagnados do derretimento de geleiras.

Numa liberação de imprensa pela Universidade College de Londres, o pesquisador chefe, Joel Davis, declarou que os dados mostram que a Arabia Terra poderia uma vez ter sido inteiramente submergida em água, antes de se tornar árida, há algum tempo no passado distante:

“Arabia terra era essencialmente uma planície massiva de água, com margens nos planaltos e planícies de Marte.  Achamos que os rios eram ativos há 3,9 – 3,7 bilhões de anos, mas gradualmente secaram antes de serem rapidamente enterrados e protegidos por bilhões de anos, potencialmente preservando quaisquer materiais biológicos que lá poderiam estar presentes.

Um dos locais ao longo da planície inundada já está sendo almejado pela missão do jipe-sonda ExoMars 2020, que está sendo planejada pela Agência Espacial Europeia.  Cientistas usarão o jipe-sonda para coletar dados geológicos mais extensos sobre a composição do solo marciano, tanto na superfície quando no subsolo profundo.

n3m3

Fonte 

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  • Marco Antonio Oliveira

    Poxa.
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