Uma civilização alienígena a somente 40 anos luz da Terra?

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Dois planetas potencialmente habitáveis, num sistema planetário próximo, foram confirmados como sendo rochosos.

Os astrônomos descobriram três planetas do tamanho da Terra, orbitando uma estrela a 40 anos luz da Terra. Agora, um novo estudo sugere que dois destes planetas provavelmente são mundos habitáveis.  Pesquisadores determinaram que as atmosferas de ambos os planetas podem ser compactas e similares àquelas da Terra, Vênus e Marte.

O novo estudo, publicado no periódico Science, revela fascinantes detalhes sobre os planetas desse sistema estelar.

Em maio de 2016, cientistas do Instituto Massachusetts de Tecnologia (MIT) e da Universidade de Liège, na Bélgica, anunciaram a descoberta de três planetas de tamanho similar ao da Terra e potencialmente habitáveis, localizados a somente 40 anos luz da Terra, orbitando uma estrela anã.

Ilustração meramente ilustrativa.

Agora, num novo artigo publicado no periódico Nature, o mesmo grupo de cientistas reportou que os dois planetas internos do sistema são rochosos, como o nosso, um fato que reforça a possibilidade de que estes mundos possam abrigar a vida.

Telescópio Hubble ajudou na pesquisa

Os cientistas chegaram à esta conclusão após terem usado o Telescópio Espacial Hubble para visualizar o sistema planetário.

Mas mesmo antes de olharem o sistema planetário com o Hubble, os pesquisadores concluíram que, baseados no tamanho e na temperatura dos três planetas, eles poderiam ser os melhores candidatos já descobertos até agora no Universo para abrigarem a vida.

Os três mundos alienígenas estão orbitando uma estrela anã marrom, super fria, com aproximadamente um oitavo do tamanho do nosso Sol. A estrela é conhecida como Trappist-1.

De acordo com os pesquisadores, e baseado nos novos estudos, os dois planetas mais internos orbitam sua estrela em 1,5 e 2,4 dias terrestres, enquanto a órbita do terceiro planeta é incerta e poderia ser entre quatro a setenta e três dias.

A descoberta dos mundos alienígenas foi possível após Michaël Gillon, da Universidade de Liège – Bélgica, e sua equipe, montarem uma pesquisa especificamente para fazer uma varredura dos 60 sistemas anões mais próximos da Terra.

Gillon disse: “Os sistemas ao redor dessas pequenas estrelas são os únicos lugares onde poderíamos detectar a vida em exoplanetas do tamanho da Terra, com a nossa atual tecnologia. Assim, é aqui que devemos começara a procurar.”

“Agora podemos dizer que estes planetas são rochosos.  A questão agora é, que tipo de atmosfera eles têm?”, disse o Dr. Julien de Wit, autor chefe do trabalho.

“Cenários plausíveis incluem algo como Vênus, onde a atmosfera é dominada por dióxido de carbono, ou uma atmosfera de nuvens densas como a da Terra, ou até mesmo algo como Marte, com uma atmosfera esgotada. O próximo passo é tentar desembaraçar todos os possíveis cenários que existem para estes planetas terrestres.”

“Uma superfície rochosa é um grande começo para um planeta habitável, mas qualquer vida nos planetas de Trappist-1 provavelmente teria mais dificuldades do que na Terra”, diz Joanna Barstow, astrofísica da University College London, que não estava envolvida com a pesquisa.

“Com mais observações utilizando o Hubble, e futuramente com o telescópio James Webb, poderemos descobrir não somente que tipo de atmosfera os planetas como Trappist-1 têm, mas também o que há dentro destas atmosferas”, disse Wit. “E isto é muito empolgante.”

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Fonte: ancient-code.com

Colaboração: Osnir Carlos Stremel Júnior

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